SÁBADO(07/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
12h- Cerimônia de Abertura
17h- Desiderio Souza
19h50- SomdoSul
15h- Chula: Projeto Gurizada Campeira
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
21h50- Grupo Tagarrado
Em janeiro fizemos um artigo sobre o fenômeno das músicas do chamado estilo bailão, as populares "bandinhas" que voltaram em 2023 com fôlego renovado e e brigando forte pelo seu espaço no sul do Brasil. Na época consideramos apenas os estados do RS e SC por ser mais popular em qualquer local, inclusive nas capitais, o que dificilmente acontece no PR pela proximidade com o centro do país.
Agora que já se passaram mais de sete meses de 2024, vamos analisar o comportamento musical do sul novamente através da plataforma Connect Mix analisando apenas o top 15 e mostrando a Região SUL, RS e SC dividindo em rádios comerciais e comunitárias.
BANDEIRA DO RIO GRANDE DO SUL
A bandeira do Rio Grande do Sul, tem sua origem ligada à Revolução Farroupilha de 1835. Segundo diversas fontes literárias, o símbolo teria surgido durante a Guerra dos Farrapos, mas sem o brasão de armas que hoje a caracteriza sendo o primeiro dos símbolos criados pelo Estado republicano gaúcho no decreto de criação da Bandeira da República, de 12 de novembro de 1836, a qual, naquele momento, era chamada de “Escudo d’armas”:
"O escudo d’armas do Estado Rio-Grandense será de ora em diante de forma de um quadrado dividido pelas três cores (nacionais), assim dispostas: - A parte superior junto à haste verde, e formada por um triangulo isósceles, cuja hipotenusa será paralela à diagonal do quadrado; - O centro escarlate, formado por um hexágono, determinado pela hipotenusa do primeiro triangulo, e a de outro igual e simetricamente disposto, cor de ouro, que forma a parte inferior.”.
Bandeira da República Rio-Grandense |
A autoria da bandeira é motivo de debate entre historiadores. Alguns creditam sua criação a Bernardo Pires, enquanto outros defendem que o responsável seria José Mariano de Mattos. Além disso, a bandeira apresenta elementos com clara inspiração maçônica, como as duas colunas que ladeiam o losango invertido no brasão, similares às presentes em templos maçônicos.
O símbolo foi oficialmente adotado como a bandeira do Estado nos primeiros anos da República, sendo promulgado pela Constituição Estadual em 14 de julho de 1891. Curiosamente, desde então, nenhuma legislação posterior foi criada para regulamentar seu uso ou descrever seus detalhes de forma oficial.
Bandeira Oficial do estado |
Durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1946, o então presidente Getúlio Vargas suspendeu o uso de todos os símbolos estaduais e municipais, incluindo bandeiras e brasões. A bandeira do Rio Grande do Sul só voltaria a ser oficialmente restabelecida em 5 de janeiro de 1966, através da lei nº 5.213, juntamente com o brasão das armas e o hino dos estado.
As cores
O significado das cores da bandeira do Rio Grande do Sul é tema de diversas interpretações, sem um consenso claro entre historiadores. Uma das versões mais aceitas e apresentada no site oficial, sugere que a faixa verde representa a vegetação dos pampas, a cor vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo gaúcho, enquanto o amarelo faz referência às riquezas naturais do território.
No entanto, há outras explicações que apontam para diferentes simbolismos. Algumas fontes defendem que as cores expressam o "auriverde" do Brasil, separado pelo vermelho da guerra. Outras teorias mencionam que o vermelho estaria ligado ao ideal republicano. Popularmente em nossos grupos independentes da literatura tradicional brasileira, consideramos que o significado é o sangue dividindo o império do Brasil.
O decreto do governo republicano do Rio Grande do Sul especificava as cores da bandeira—verde, vermelho e amarelo—e seu formato quadrado. Essas cores não eram estranhas ao imaginário da província, situada em uma posição de transição entre o universo luso-brasileiro, representado pelo verde e amarelo, e o mundo hispano-americano do Prata, onde o vermelho simbolizava o federalismo argentino.
A disposição das cores na bandeira rio-grandense também remete a um design familiar na época. Elas eram similares às da bandeira marítima da província de São Pedro, usada durante o Império. Naquele período, cada província tinha sua própria bandeira marítima, apesar de a Bandeira do Império ser o símbolo oficial de todas. Essas bandeiras eram utilizadas nos navios para identificar a província de origem, e a da província de São Pedro do Rio Grande do Sul era composta por faixas diagonais em branco e azul.
Bandeira da Província |
O brasão
Mesmo ainda desconhecida sua origem, grande parte dos historiadores afirmam que o Padre Hildebrando foi o autor do desenho, mas que foi o Major Bernardo Pires que teria dado os retoques finais (onde aplicou inúmeros elementos maçônicos a obra), ambos considerados grandes farroupilhas, que prestaram ótimos serviços à causa!
No primeiro desenho, não existia nenhuma escrita. Os dizeres “Liberdade, Igualdade e Humanidade”, “República Rio-Grandense” e “20 de Setembro de 1835” foram oficializados apenas em 1891. Porém, o lema “Liberdade, Igualdade e Humanidade” foi usado desde 1839, quando os farrapos ocuparam Santa Catarina e proclamaram a República Juliana. Lembrando que este lema, também possui origem maçônica. A Revolução Francesa teve como lema: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Essa ampla utilização de simbolismos maçônicos se dá pois a elite gaúcha militar, em sua grande maioria, era maçônica.
Brasão antigo imagem da internet |
O Brasão, foi oficializado em definitivo pela lei estadual nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966, pelo então Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Ildo Meneguetti.
O Brasão contém um escudo oval de prata com um quadrilátero com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio vermelho, entre ramos de fumo e erva-mate de sua cor, cruzando sobre o punho do sabre; um losango verde com duas estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas nos ângulos superiores e inferiores ladeado por duas colunas jônicas compostas com capitel e três anéis no terço inferior de fuste liso, de ouro, encimadas por uma bala de canhão antigo, de preto, assentes sobre um campo ondulado, de verde em ponta.
Ao redor deste escudo, uma bordadura azul, contendo a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE e a data 20 DE SETEMBRO DE 1835, de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro; o escudo está sobreposto a: quatro bandeiras tricolores (verde, vermelho e amarelo) entrecruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis invertidas de ouro.
As duas bandeiras dos extremos estão decoradas com uma fita vermelha com bordas de ouro, atadas junto à ponta; no centro uma lança da cavalaria, de vermelho, rematada por uma flor de lis, de ouro, entre: quatro fuzis armados de baionetas de ouro e, na base do conjunto os troféus de armas, dois tubos-canhão de negro, entrecruzados, semi-cobertos pelas bandeiras; um listel de prata com a legenda LIBERDADE, IGUALDADE, HUMANIDADE, de negro.”
Brasão oficial. |
Existem algumas modificações do original, como por exemplo, os dois ramos inicialmente eram de louro e erva-mate (e não fumo), pois o louro simbolizava a vitória, e que também ao invés das estrelas de cinco pontas, o que formava a bandeira eram amores-perfeitos, pois simbolizavam a firmeza e a doçura dos republicanos, será que existia doçura?.
Agora o significado de tudo isso. O quadrilátero de prata simboliza a Loja, a Maçonaria local. Já sabre de ouro dentro do quadrilátero, é a Maçonaria local em AÇÃO e o barrete frígio (gorro vermelho), que fica bem ao centro do brasão na ponta da espada, indica que o objetivo dessa ação é a República.
Os ramos simbolizam que os ideais nunca devem morrer e as duas estrelas, uma inferior e uma superior, indicam um símbolo maçônico universal, indicando que a maçonaria do mundo inteiro apoiam os ideias republicanos Rio-Grandenses.
E por fim, tudo colocado entre duas colunas, indicando que toda obra planejada deverá obedecer aos postulados da maçonaria.
Lenço Farroupilha |
Um resumão do que significa a nossa bandeira tricolor pampeana do Rio Grande do Sul.
Conforme alguns estudos de historiadores no assunto, acredita-se que a música vem desde os habitantes seminômades da pampa, principalmente a payada.
Em um livro de João Cezimbra Jaques em 1883, há um registro de um major da Guerra do Paraguai que em meados de 1800 as danças vindas da Europa começaram a dominar as classes altas do ambiente rural deixando de lado o antigo Fandango açoriano. No mesmo livro ele menciona polkas, schottisches, mazurkas e havaneras que perduram até hoje como xote e vaneira.
Apesar dos registros, músicos não eram citados. Sabe-se que a gaita entro no RS pelas fronteiras de Uruguai e Argentina após a guerra dos Paraguai e ganhou força com a chegada dos imigrantes italianos invadindo as danças acoimasse caracterizando os bailes gauchescos.
Porém, os primeiros registros de gravações brasileiras de música gaúcha se dá em torno de 1911, após, Theodoro Hartlieb e Savério Leonetti montam duas gravadoras, a Casa Hartlieb e a Casa A Eléctrica. Com isso, há registros de várias gravações no ano de 1913 e mesmo que não possa se comprovar, os xotes Pisou-me no Poncho e Está de tirar lixiguana gravadas por Lúcio de Souza no acordeom e várias músicas ao som de gaita de Moysés Mandadori na mesma época.
Esta fase durou pouco e com os músicos ainda desconhecidos, já que nos anos 20 a música gauchesca pouco teve relevância e a mudança só ocorreu com o surgimento das rádios Gaúcha e Farroupilha que abriram espaço para a música regional, com programas do gênero regional e com destaque para o programa campereadas, onde, em 1939 surge o acordeonista catarinense Pedro Raymundo que organizou o Quarteto dos Tauras e quatro anos mais tarde foi contratado pela rádio Nacional do RJ e estourou o xote Adeus Mariana.
A partir daí, abrem-se os caminhos para os cantores regionais, já que Pedro Raymundo fez sucesso em nível nacional usando os trajes típicos do gaúcho, com uso de botas, bombacha, lenço, chapéu de aba larga e guaiaca. Nesse embalo surgiram a Dupla Campeira é o Conjunto Farroupilha no início dos anos 50 e em 1955 Honeyde e Adelar Bertussi surgiram com o estilo Serrano.
No final dos anos 50 a música gauchesca volta a ser minimizada e perder espaço até o surgimento em 1959 de Vítor Mateus Teixeira, o Teixeirinha e acabou se tornando um dos maiores sucessos da música gaúcha até os dias de hoje. Nos anos 60 Gildo de Freitas e José Mendes. A partir dos anos 70 a popularidade dos músicos começou gerar críticas vindas dos tradicionalistas que acusaram os músicos mais popular de estigmas a grossura distorcendo a cultura gaúcha.
Com essa rivalidade de gêneros nasce o festival Califórnia da Canção com o objetivo de renovar a música gaúcha e reciclar o cancioneiro gaúcho e daí surge o nativismo. Desde então a música gaúcha começa com suas divisões, conhecidas por subdivisões, tendo a música tradicionalista gerida pelo MTG, a regionalista ligada a cultura popular influenciada pela indústria cultural e a nativista considerada jovem e renovadora.
A partir dos anos 70 o nativismo transforma-se em um movimento intelectual influenciado por música urbana e seus participantes com passagens pelo universo acadêmico. Mesmo com grande popularidade o nativismo não ofuscou o regionalismo e nem ficou independente do tradicionalismo como movimento cultural. Com a era dos festivais a cultura gaúcha ficou supervalorizada e surgiram vários artistas no início dos anos 80.
Nesse mesmo período a indústria fonográfica perde o interesse pelo gênero gaúcho, porém, o mercado local já é auto-sustentável e desde então há a consolidação do mercado local da música gaúcha.
Nos anos 80 ainda há a consolidação dos grupos de fandangos e bailes, como os Monarcas, Os Serranos, Grupo Rodeio entre outros. Nos aos 90 surgem o movimento dos grupos musicas que tentaram mudar a roupagem da música gáucha, os TCHÊS, eles cativara os público jovem e tentaram uma guinada na para centro do país com o movimento Tchê Music, buscando apelo comercial, abandonara a pilcha no início dos anos 2000 e depois do grande sucesso dos anos 90, quase deixaram de existir, pois, ao abandonar a pilcha, perderam a identidade e a união com produtores do centro do país que não entenderam o que era realmente a música gaúcha fez com que o Tchê Music não entrasse no centro do país e fosse deixado de lado no sul. Todos voltaram a cantar seus sucesso dos anos 90 para que pudessem ressurgir no mundo da música gaúcha novamente.
Aqui é um resumo da história da nossa música regional, grande parte das informação equi mencionadas foram retiradas de um trabalho da Revista Contemporâneos que vale a pena conferir na íntegra clicando AQUI.
Buenas a todos que nos acompanham, como devem saber nosso blog começou focado somente na cultura gaúcha e depois fomos expandindo nossos horizontes para outros regionais, e baseado nisso não podemos deixar de trazer aqui a semana farroupilha, já está acabando o período da data máxima do gaúcho e a pandemia afetou todos em cheio, não vemos a movimentação da gauchada pilchada na rua, não sentimos o cheiro do churrasco ao passar pelas concentrações dos festejos, faltam os cavalos na rua e as programações de bailantas. Hoje as entidades focaram em lives e estão transmitindo os shows pela internet, inclusive o MTG organizou um estúdio para essa era virtual com uma vasta programação que inclusive pode ser retransmitida. Ela é transmitida nos canais no Youtube do MTG e da FCG e na página do MTG no Facebook e compartilhado nas plataformas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A programação para os dias que restam você vê abaixo nos links.
A 25ª RT (região tradicionalista) também está fazendo sua festa virtual com a transmissão de shows wm sua sede aqui em Caxias do Sul. Confira no facebook da entidade maiores informações.
Há também a febre do momento, o drive in, que várias entidades se movimentaram e trouxeram os artistas de nossa terra para abrilhantar a internet com nossa cultura.
Hoje não sabemos o que mais será afetado, o que sabemos é que os rumos não foram os ideais e chegamos nesse ponto, e daqui para a frente temos que repensar nossa forma de viver e lidar com os imprevistos e acima de tudo valorizar o que é de nossa região. Como estamos isolados e viagens longas não são aconselháveis, vamos conhecer as belezas da região, se tu não gosta muito da sua cultura local, seja ela gaúcha, nordestina, sertaneja, observe de outra maneira e passe a valorizar a região, se tu gosta de sair da tua região para conhecer lugares, aproveite este limão que o coroa vírus nos deu e faça a tua limonada, saia de carro no interior do teu município e conheça os cantos lindos e escondidos que ele tem.
E é com o assunto da maior manifestação cultural do povo gaúcho que volto e pedir a valorização da cultura regional, pode deixar aqui os comentários o link de seu artista favorito fazendo a live, do ctg num galpão virtual, ou qualquer outra manifestação cultural regional.
Só uma coisa, comentários criticado a cultura dos outros serão removidos, divulgue a sua e não critique a dos outros, e sem modinhas também, é regional, sem estrangerismo e modernismo.
Perfil do CTG Aldeia do Anjos |