Sempre nas férias buscamos descansar e fazer uma viagem se propondo a conhecer novos lugares e culturas, comigo não é diferente. O foco aqui no blog é cultura gaúcha, mas, à cada viagem procuro fazer uma imersão na cultura regional do lugar e depois de Minas Gerais, onde mostramos as semelhanças culturais em outro post, agora foi a vez de conhecer a Paraíba.
Em Minas já tínhamos visto um enorme orgulho das suas raízes, inclusive a capital Belo Horizonte conta com um mercado central dedicado exclusivamente a cultura regional de Minas, focado em queijo, cachaça e outras regionalidades.
Na Paraíba não é diferente, espaços dedicados ao artesanato regional e mercado público de frutas típicas.
Sabemos que são lugares bastante visitados e exclusivamente turísticos, interior de Minas e praias, porém, o orgulho da cultura regional desses lugares está estampada no cotidiano das pessoas que vivem ali.
Em Minas, inclusive na capital, onde olhar tu vê as menções a Tiradentes e a exploração do ouro pelos portugueses nos primórdios da exploração, colonização e roubo das riquezas naturais das terras da Minas Gerais.
Na Paraíba, Lampião e Maria Bonita são personagens constante, a arte em couro está por todo lugar, as roupas estampam a bandeira do estado. Já em Olinda, Pernambuco, o frevo pulsa na cidade, as cores tradicionais do carnaval estão por toda parte e os bonecos de Olinda são figuras constantes nas feiras e lojinhas.
Aqui, os gaúchos de Facebook, raiz que se dizem da pura cepa ficam defendendo símbolos alheios ao Rio Grande, as prefeituras montam comércios para ambulantes venderem bugiganga e não criam espaços regionais para valorização da cultura regional, o povo briga por políticos de fora daqui e os políticos daqui usam sua influência para defenderem ideologias de outras querências. Quem se diz regionalista, enche a boca para defender Lulas e Bolsonaros e ninguém defende nossa cultura que definha a margem de estrangeirismos.
Quando alguém posta algo de bandas de bailão sempre vem um pseudo puritano dizer que não é tradição e pelo contrário, é o puro suco de regionalismo dos bailes do interior o de um ritmo se idealizou dentro do estado e a cada dia está mais popular. Muitos acham que nossa cultura é só bota e bombacha e não é, é o sotaque de Porto Alegre, do noroeste e da campanha, é falar dE no norte e nas bandas de Bagé e ali no lado falar Di sem perder a essência de ser do RS e tudo isso acaba em mi-mi-mi.
Em outros estados, lugares são destinados para as culturas regionais, governos incentivam símbolos regionais e o povo produz, defende e divulga seus símbolos. Como nos estados citados acima que tem seus símbolos, desconheço material com ampla divulgação de nossos personagens, camisetas com General Netto e Bento Gonçalves, exaltação aos lanceiros negros e demais personagens de nossa história.
Falo isso baseado na experiência da Serra, onde Caxias do Sul oferece pouco ou quase nada de cultura gaúcha fora da semana Farroupilha e algumas feiras esporádicas com temática italiana em seu interior. Alguns passeios e rotas que visam o mercado financeiro sem o principal produto estar em evidência, o Rio Grande do Sul.
Baseado nisso tudo, conseguimos hoje afirmar que o RS ainda valoriza sua cultura? Temos o Pampa, a Serra, as Missões e demais regiões, elas são amplamente divulgadas?
Como ainda desconheço alguns municípios daqui do RS, gostaria que nossos leitores deixem nos comentários locais que vendem artigos regionais, ambientais temáticos e espaços dedicados para a cultura do estado do Rio Grande do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário