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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Semana Farroupilha: história e tradições

Conheça a história e as celebrações que mantêm viva a cultura do Rio Grande do Sul. Por que comemoramos a Semana Farroupilha Todo setembro o Rio Grande do Sul veste a pilcha pega a sua bandeira e o chimarrão: é a Semana Farroupilha, período em que gaúchos e gaúchas relembram a Revolução Farroupilha (ou Guerra dos Farrapos), movimento que começou em 20 de setembro de 1835 e que é referência central para a identidade regional. Além de celebrar o resgate histórico de sua cultura. A semana reúne atos cívicos, desfiles, bailes, provas campeiras, rodas de mate e muitas comidas típicas — uma verdadeira reafirmação de história, memória e orgulho gaúcho. 

A Revolução Farroupilha foi um conflito de caráter republicano e regional que enfrentou o poder imperial entre 1835 e 1845, com epicentro na província então chamada São Pedro do Rio Grande do Sul. Lideranças militares e civis locais (como Bento Gonçalves, Antônio de Souza Neto, o Barão de Caxias em contextos diversos, e outros personagens) marcaram o período — heróis, derrotas e negociações que virarão mito e narrativa fundadora do Estado. Essa memória é rememorada a cada 20 de setembro, o chamado Dia do Gaúcho. 

Embora a lembrança dos farroupilhas seja do século XIX, a oficialização da Semana Farroupilha como comemoração estadual ocorreu no século XX. A legislação que instituiu a Semana como evento a ser celebrado anualmente (na prática entre 14 e 20 de setembro) foi a Lei nº 4.850, de 11 de dezembro de 1964, com atualizações posteriores. A partir dessa oficialização, o Estado pa

ssou a incentivar a organização das festividades em escolas, prefeituras, CTGs e órgãos públicos. 

Não há um único “idealizador” mas, reconhecemos os jovens que juntamente com Paixão Cortes e Barbosa Lessa retiraram uma centelha da Chama da Pátria para demonstrar o resgate das nossas tradições e a partir daí a Semana Farroupilha é fruto de um processo coletivo e institucional. Movimentos tradicionalistas (como o Movimento Tradicionalista Gaúcho — MTG e seus Centros de Tradições Gaúchas, os CTGs), municípios, escolas e o próprio governo do estado foram responsáveis por transformar lembranças isoladas numa semana de festejos integrados. Desde meados do século XX, a ação dos CTGs e das entidades culturais difundiu a celebração para todo o território gaúcho, institucionalizando ritos, trajes, danças e provas campeiras que hoje associamos ao que é “ser gaúcho”.

A expansão veio por etapas: comemorações locais nas comunidades rurais e urbanas; incorporação de atividades escolares e cívicas; apoio governamental e, por fim, a massificação via mídia e grandes eventos nas capitais e parques.

Hoje há: Programação oficial do governo do Estado (inclui Desfile Tradicional em Porto Alegre e atos cívicos). 

Festas e rodeios em parques e praças (ex.: Parques de Exposições, praças centrais).

Atuação intensa dos CTGs, que organizam bailes, invernadas artísticas, provas de laço e piquetes.

Feiras de culinária e praças de alimentação com comidas típicas (carreteiro, churrasco, charque, chimarrão). 

Essa rede ampla de atores transformou uma data histórica em uma semana de vocação cultural, turística e econômica.

A Semana Farroupilha é comemorada, por norma legal, entre 14 e 20 de setembro, culminando no Dia do Gaúcho (20 de setembro), data que marca o início da Revolução Farroupilha em 1835. Durante a semana ocorrem atividades em escolas, CTGs, prefeituras e espaços públicos, como acender da Chama Crioula, transmissão de símbolos e a realização de desfiles. Ainda existem outras datas a serem lembradas, proclamação da República Rio-Grandense e Batalha dos Porongos. 

Existem dois elementos centrais das festividades recentes são a Chama Crioula e as Rondas Crioulas: Chama Crioula é o símbolo que circula entre municípios e CTGs antes do dia 20, representando a chama da memória farroupilha e das tradições gaúchas, e que é utilizada em atos cívicos e acampamentos. Enquanto a Ronda Crioula é o conjunto de programações — que pode incluir apresentações culturais, cavalgadas, gDoações de fogos cerimoniais e formações de tropa — organizado por CTGs e departamentos tradicionalistas. Essas atividades reforçam a presença dos piquetes e da cavalgada como manifestações vivas da tradição. As rondas e festas locais costumam durar vários dias, concentrando oficinas, shows, bailes e competições. 

Temos também o Desfile Tradicional de 20 de Setembro realizado em Porto Alegre e em várias cidades do interior e este é o ápice do calendário oficial. Nele desfilam autoridades, regimentos, escolas, invernadas artísticas, cavalarianos, piquetes e entidades tradicionalistas — sempre com revista de tropa e encenações temáticas que remetem à Revolução Farroupilha e à vida campeira. O formato mistura o cívico-militar (homenagem aos heróis farroupilhas), o folclórico e o comunitário, transformando a avenida num grande palco de afirmação cultural. 

Se você nunca viveu uma Semana Farroupilha, aqui vai um roteiro-resumo do que esperar:

1. Abertura com hasteamento de bandeiras e acendimento da Chama Crioula.

2. Desfiles cívico-militares e tradicionais (20/09) — escolas, CTGs, invernadas. 

3. Rondas Crioulas e cavalgadas — churrascos, bailes e acampamentos. 

4. Bailes e invernadas artísticas — apresentação de dança tradicionalista (prendas e peões).

5. Provas campeiras — laço, rédea, gineteadas em alguns locais.

6. Gastronomia e feiras — carreteiro, churrasco, charque, doces e erva-mate ao redor de rodas de chimarrão. 

A indumentária (bombachas, lenço, pilcha, botas, chimarrão) e a música (vanerão, milonga, chamamé, entre outros) permeiam cada ato. A transmissão entre gerações se dá nas invernadas artísticas e nas famílias que mantêm as tradições no seu cotidiano que é um processo diário, ritualizado a cada setembro.

Como toda celebração histórica massiva, a Semana Farroupilha também é objeto de estudos e discussões sobre memória, mito e identidade. Pesquisadores chamam atenção para a forma como certos episódios são mitificados, para as omissões históricas e para a necessidade de pluralizar a narrativa — algo que não diminui o valor cultural do evento. 

A Identidade cultural ajuda a manter viva a memória local e as práticas do campo e reúne famílias e comunidades em torno de tradições partilhadas. Isso aquece a economia lolocal, o turismo, gastronomia e comércio que recebem impulso com os festejos.

Tu não és daqui, seguem dicas para quem quer participar (visitante ou turista)

Respeite os ritos locais: veja o calendário do CTG ou prefeitura e participe com curiosidade e respeito.

Pilcha opcional: muitos visitantes se encantam e usam uma pilcha básica — mas não é obrigatório.

Prove a comida: carreteiro e churrasco são essenciais. Traga disposição para mate e prosa.

Vá a um baile ou invernada: é ali que se sente o pulso cultural da festa.

Confira programações oficiais nos sites da Secretaria de Cultura do RS ou dos órgãos municipais antes de ir. 

A Semana Farroupilha é a prova de que memória e festa caminham juntas: o passado (a Revolução Farroupilha) é lembrado, recontado e refeito a cada setembro por milhares de mãos, vozes e facões que preservam a cultura do Rio Grande do Sul. Mais do que turismo ou espetáculo, é um período de reafirmação identitária — e um convite para quem nunca esteve: venha com respeito, prove o chimarrão e escute as histórias ao redor do fogo.

domingo, 24 de março de 2024

O Verdadeiro Gaúcho. A origem - Capitulo 02

Seguimos nossa saga de trazer a público o verdadeiro gaúcho, esclarecer as distorções que fazem a grande maioria da população acreditar que o Gaúcho é apenas o povo do Rio Grande do Sul e muitos ainda usam isso como base para argumentos vazios e preconceituosos contra povos de outras regiões do mundo, tanto do Brasil (nordestino), na América do Sul (argentino) e em vários cantos do planeta.

Mas, estamos aqui para mostrar que ser gaúcho não representa este discurso odioso que os nascido no Rio Grande do Sul proliferam com voracidade em rede social menosprezando lugares e povos.

O Gaúcho não é superior a ninguém, muito menos o Sul Rio-grandense. O fato de alguns habitantes terem descendências europeias alemãs e italianas não os classifica dono de um estado que é multirracial. O RS é formado em sua origem por espanhóis e por não ser colonizado por portugueses como o restante do Brasil de certa forma sempre foi deixado de lado e isolado do restante de sua colonização e com isso acabou vindo daí o sentimento de orgulho e o bairrismo do Gaúcho, tornando-se diferente do resto do País.

A Origem da palavra

Primeiramente devemos saber a origem da palavra GAÚCHO, nunca saberemos ao certo a verdadeira origem da palavra, pois, quando os colonizadores atuais chegaram por estas bandas, o Gaúcho já estava por aí bem consolidado. Segundo portais especializados, uma das teorias mais aceita é que o termo tenha origem no quéchua (família de línguas originária dos Andes centrais) "huachu" que significa órfão ou “filho de mãe indígena com um forasteiro”, mestiço, designaria os filhos de índia com branco português ou espanhol, registrados nos livros de batismo dos curas missioneiros, simplesmente como filho de fulano com uma china das Missões.

Outra teoria é de que os colonizadores espanhóis, agricultores das ilhas Canárias que povoaram Montevidéu, ao chegarem na região chamavam os habitantes locais de guanches ou guanchos, depois adulteraram o termo, passando a se referir aos órfãos como "guachos" e aos vagabundos como "gaúchos"

Há ainda a hipótese de que os crioulos e mestiços começaram a converter o termo "chaucho" para gaúcho, palavra introduzida pelos espanhóis como versão do vocábulo "chaouch" palavra que em árabe significa pastor de animais. No sul do Brasil os termos mais comuns são "gaudério" ou "gaúcho"

Conclusões sobre a Origem do Gaúcho

Todas as leituras sérias de historiados e instituições conhecidas no Brasil, Uruguai e Argentina tem o consenso de que a origem do Gaúcho como raça é em sua maioria homens Espanhóis e poucos Portugueses que tiveram filhos com mulheres indígenas durantes a colonização espanhola e a invasão e destruição das reduções jesuíticas no RS e Argentina.

Primeiramente, formada em sua maioria pela população indígena, Charruas e Minuanos onde alguns seus hábitos se perpetuam até hoje, o chimarrão por exemplo. A população originária vivia em toda a extensão do Rio Grande do Sul e com as reduções missioneiras e a catequização dos Guaranis houve uma miscigenação de hábitos dos jesuítas com os guaranis. Com o desenvolvimento das missões, a inserção do gado franqueiro e o desenvolvimento da agricultura.

Porém, com a invasão e destruição das reduções pelos portugueses, os povos originários que lá viviam passaram a viver novamente com hábitos nômades e o gado que era criado confinado passou a viver solto pelas planícies dos pampas e a se reproduzir de forma desordenada.

Com essa reprodução em massa, os charruas que viviam de caça de pequenos animais e já dominavam a arte das boleadeiras passaram a caçar o gado nas vacarias do pampa e dominar a montaria a cavalo tornando o povo especialista em caça e luta no lombo do cavalo. Com isso os Gaúchos começaram a procurar este gado para caçar também. Não criavam apenas caçavam o gado e como não existiam fronteiras cruzavam de um lado para o outro, sendo considerados marginais perante a estrutura existente na época. Eram como se fossem bandidos perigosos que não tinham lugar em uma sociedade.

Com certo tempo, após a fundação da cidade de Rio Grande e a divisão do território do Rio Grande do Sul entre abastados do governo português fez necessária a mão de obra para as estâncias que acabaram de serem recebidas. Com isso começou a caça à população originária e aos mestiços gaúchos que vagavam pelo pago pampeano fazendo-os trabalhar nas estâncias e retirando seus cavalos fazendo com que virassem peão, aquele que anda a pé.

Num primeiro momento foi chamado de Guasca (pelo o seu trabalho com o couro cru), depois Changueador (caça ao gado), em outro tempo chamado de Gaudério (índio vago) e por último chamado de Gaúcho, sendo uma denominação dada às pessoas do bioma denominado Pampa, que é uma planície que se estende pela Argentina, Uruguai e no Brasil alcança o estado do Rio Grande do Sul.

Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos. Porém em 1845 após Revolução Farroupilha, a palavra "gaúcho" perde a conceito ofensivo e passa a significar homem de bem, digno, bravo, e principalmente patriota.

Hoje em todo Brasil, Gaúcho é usado como sinônimo de sul-riograndense, mas o seu significado ultrapassa as fronteiras do estado do Rio Grande do Sul:, denominando também todas as pessoas que cultuam as tradições do folclore gaúcho por esse Brasil a fora. Mas, esta visão é equivocada, lembre-se Gaúcho é o mestiço de sangue espanhol com africano ou indigena e não a pessoa nascida no Rio Grande do sul.

Confira aqui o Episódio 1


sábado, 2 de março de 2024

O verdadeiro Gaúcho. Introdução - Capitulo 01

Como já postado aqui no blog, fizemos um apanhado resumido sobre o gaúcho. Clique aqui e confira.

Diante do exposto, resolvemos explicar em uma espécie de web série em texto detalhando o por que de não concordar com a generalização da palavra Gaúcho e seus significados que estão sendo gravemente distorcidos por pessoas que por usarem bombachas e serem filiadas a instituições que se dizem defensores que uma cultura que não está sendo preservada e sim inventada. A partir de hoje tu irás conhecer o verdadeiro GAÚCHO.

Com base nos estatutos de tais instituições as pessoas se julgam no direito de criticar, atacar e se julgar acima de qualquer outro semelhante por seguir este regramento das vestimentas que por muitas vezes se confundem com fantasia devido as regras sem nenhum fundamento que distorcem os estudos de Paixão Cortes um dos precursores da preservação de tradições do Rio Grande do Sul. Este regramento somado a um discurso fora da realidade de que nossa cultura não é estrangeira e sim brasileira, faz com que seja criado uma massa de manobra cultural para atacar cidadão que não comungam dos mesmos costumes diários dos "tradicionais" e respeitam muito as raízes das tradições gaúchas.

As instituições que regram e apoiam a segregação de classes através da exigência exacerbada nas vestimentas de apresentações e trajes de festas, cito segregação por que a exigência que é imposta faz-se com que se sobressaia mais o glamour do que a tradição e acaba afastando dos bailes tradicionais aquela população que realmente é a consumidora e perpetuadora dos costumes do dia dia, escutando diariamente o programa de final da rádio local que toca a música gaúcha, a população que por mais simples que seja não abre mão do chimarrão e ainda cultiva aquele sotaque puro sem querer rebuscar o palavreado ou forçar um "gauchês" para validar suas atitudes.

O intuito desta sequencia de publicações, que ainda não está definida a frequência, servirá para que no mínimo alguém reflita sobre os caminhos que a cultura do povo pampeano está tomando. Este caminho que vejo hoje é o fim, foi a cultura pampeana está sendo tomada de assalto e usada como uma cultura gaúcha brasileira e isto é claro que não é, pois, temos o gaúcho sul-rio-grandense, gaúcho uruguaio e o gaúcho argentino e sabiamente estes últimos estão longe de serem brasileiros.

Isso aqui jamais será um ataque a nada e nem ninguém, apenas a exposição de fato que muitos desconhecem e serão embasados em estudos e vivências com pessoas de outros países que comungam costumes parecidos.

Vamos buscar evidenciar as origens do gaúcho e definir seu território, mostrar que o gaúcho não deve se envolver com posicionamentos políticos já que o nosso pampa não tem fronteiras e as fronteiras são limites criados politicamente que separaram povos que poderiam hoje estar formando uma nação.

Sempre tive posições bem extremistas em relação a cultura gaúcha e sempre fui a favor da separação e dissolução regional da República do Brasil por acreditar que devemos ser regionais e unidos e que poderíamos formar um conglomerado de pequenas nações (os estados) se ajudando mutuamente a prosperar como um todo. Mas, aprendi com a experiência e as vivencias que o estado do RS sofreu nos últimos anos e vi que a nossa população está abrasileirada e não está preparada para viver como povo GAÚCHO e sim como brasileiros Sul-Rio-Grandenses.

Não tenho posição politica definida, mas, creio que os posicionamentos políticos do nosso povo não está condizente com o ideal do verdadeiro povo gaúcho e não podem mais bradar que é Gaúcho. Hoje é praticamente impossível sentar com qualquer cidadão do RS para conversar sobre economia ou política que o indivíduo não vai defender ou o lado da "esquerda" que é representada pelo Lula ou pela "direita" representada pelo Bolsonaro. Minha visão é que ambos discursos vão ao contrário de tudo que é a nossa tradição, ao contrário de tudo que é do nosso regionalismo, o voto tem que ser dado e balizado de acordo com os interesses individuais de cada parcela da população e não balizado em ideologias que afrontam o regionalismo de sul a norte do Brasil.

Atualmente vejo ambos os lados misturando as raízes com política e isso não da certo, só ver a idade dos partidos políticos e a idade da aparição dos primeiros costumes que trazemos até hoje. A primeira ideia que temos que ter é: vamos dividir costumes de política. Nada de sou raiz e por isso voto no fulano ou sou liberal e voto no beltrano. O correto é dizer que: voto em quem eu quero e tu voto em quem quiser, agora senta aqui do meu lado e toma um mate.

Hoje a ideologia política está cegando as pessoas e as culturas advindas de outros estado e continentes estão se sobressaindo, que é o caso do pop, funk, rap e suas variantes. O povo que se diz defensor da cultura está tão radical e opressor que está afastando a gurizada que está se desenvolvendo e são atacados por seu jeito de se vestir e isso causa um temor em seguir para aquelas bandas. A população do RS está se tornando tão segregacionista que vi o pessoal criando polêmica e não aceitando que grupos tradicionais de músicas gaúchas toquem em seus bailes a tradicional e bem sulista música de bailão a popular bandinha, ou seja, o indivíduo que se diz gaúcho se voltando contra um tradição que é nascida aqui no RS e está se popularizando pelo resto do país e depois vem a reclamação que a nossa música não é tocada lá em cima.

 A partir de hoje esta sequência de artigos é para tentar mostrar para a grande parcela da população que não estamos no rumo certo se queremos valorizar, cultivar e mostrar a nossa tradição para o resto do Brasil e que devemos evoluir muito socialmente e buscar conhecer de verdade as nossas origem abrindo mão da doutrina de regras e manuais de instituições culturais ou partidária e nós vamos começar a mostrar aqui os fatos de como é e como deveria ser. Vamos mostrar a verdadeira face do gaúcho que anda totalmente distorcida.

Leu o primeiro episódio? Clica aqui e segue tua leitura.

sábado, 9 de dezembro de 2023

O Gaúcho

 Hoje vivemos em mundo cheio de pré conceitos e preconceitos onde vários grupos de pessoas que tenham certas características acabam por serem taxados pejorativamente ou excluídos de alguma forma. Muitas vezes o racismo é sim a origem deste preconceito e não devemos fugir disso, mas, o desconhecimento cultural, histórico ou a má fé faz com que estereótipos se espalhem por todo o mundo.

Dado este exposto, nos últimos anos estamos vendo uma crescente nos comentários sobre o povo gaúcho, que é racista, preconceituoso e "otras cositas más". Mas, estão se esquecendo que estão se referindo a brasileiros nascidos no Rio Grande do Sul como gaúchos e se estudarmos a fundo, esquecendo os livros didáticos da escola, vamos ver que a pessoa nascida no Rio Grande do Sul deveria ser corretamente chamada de Sul-rio-grandense ou as variantes deste gentílico. Já que a expressão gaúcho somente em 1845 após Revolução Farroupilha, perde o conceito ofensivo e passa a significar homem de bem, digno, bravo, e principalmente patriota.

Antes disso, teve várias variantes dos homens que viviam nas planícies do pampa latino americano, conforme vários historiadores já pesquisaram, temos várias hipóteses para a origem da palavra gaúcho. Dentre todas, uma das mais aceitas são de Augusto Meyer, tendo origem na palavra "huachu" que significa órfão, designaria os filhos de índia com branco português ou espanhol, "registrados nos livros de batismo dos curas missioneiros, simplesmente como filho de fulano com uma china das Missões". A segunda hipótese, indica que os colonizadores espanhóis, agricultores das ilhas Canárias que povoaram Montevidéu, ao chegarem na região chamavam os habitantes locais de guanches ou guanchos, depois mudaram o termo, passando a se referir aos órfãos como "guachos" e aos vagabundos como "gaúchos".

Nessa primeira análise, vemos que em nenhum momento o Brasil entra na história, já que é uma colonização portuguesa e nessa época os campos citados pertenciam a Espanha, sendo o povo que habitava no pampa em sua maioria eram indígenas.

Também, podemos afirmar conforme estudos que os gaúchos tem sua origem nos charruas que viviam de contrabando e roubo nas fronteiras do RS, Uruguai e Argentina, e seuu primeiro registro foi em Santa Fé em 1617 e historicamente um poder central vem tentando surrupiar para a cultura brasileira o jeito de viver do gaúcho e devido o fato do MTG (movimento tradicionalista gaúcho) tentar esconder que a cultura do gaúcho vem da cultura indígena, que precisou se forjar forte por viver em uma terra de ninguém a mercê das intemperes e lutar bravamente contra a invasão portuguesa e espanhola então estamos aqui para trazer ao restante da população brasileira a verdade origem do gaúcho.

O abrasileiramento que o MTG prega e a romantização de nossa cultura é extremamente prejudicial para o gaúcho de fato, o que tem seus costume trazidos pelos índios, como o chimarrão, chiripá e até mesmo o churrasco no fogo de chão. O português colonizador do Brasil só conseguir marcar território cultural em cidades como Porto Alegre e Pelotas, e não tem como apagar as influências castelhanas do povo pampeano no dialeto e expressões gaúchas, já que o espanhol foi o colonizador do pampa.

Trato todo esse relato histórico bem resumido para mostrar as injustiças que estão sendo cometidas ao rotularem o povo gaúcho como racista e preconceituoso, visto que nós gaúchos de fato e de origem, não temos nenhuma ligação com a origem europeia (com exceção Portugal e Espanha pela invasão do pampa) do povo sul-rio-grandense, mesmo, sendo de nascimento.

Ao povo do sudeste, norte e nordeste, como defensores da verdadeira cultura gaúcha, a cultura do pampa, pedimos que ao expressarem sua repulsão ao povo sulista, evitem usar o termo "GAÚCHO" e sim sul-rio-grandense, pois, um povo que tem suas origens em pobre largados em uma terra sem ninguém, ladrões de gado, caçadores de gado, índios e contrabandista não pode receber o rótulo de racista. Nosso histórico aqui no blog é sempre lutar pela identidade regional seja de onde for, por que antes de sermos do mundo termo que ser regional.

Convido a todos e todas a fazerem uma imersão na cultura gaúcho fora da capital, longe do MTG, nas regiões não colonizadas por alemães, italianos, poloneses e outras. Convido a fazerem visitas na região da campanha e missões e ver que a cultura gaúcha é mais do que aparece na tv ou que um indivíduo com traje típico fala. Para entender bem a origem indígena do gaúcho o artigo neste link mostra bem de fato como foi. Também temos um post que foi publicado no Uruguai, acesse aqui.

Fica aqui o agradecimento e o pedido para aceitar o que é verdade, não adianta atacar que será apenas validado o que aqui foi escrito, que todos busquem informações sobre suas origens e vão ver que estão sendo enganados.

Conheça o livro Martin Fierro que fala deste gaúcho verdadeiro do pampa sulamericano