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domingo, 23 de fevereiro de 2025

O RS e as demais culturas regionais do Brasil

Buenas gauchada, estamos aqui mais uma vez debatendo a cultura gaúcha além da fronteiras do estado. Hoje, dia 23/02/25 o Baitaca participou do programa do cantor sertanejo Daniel que é um ícone do gênero e reconhecido em qualquer cultura regional. 

A questão é: para chegar aos demais rincões e ser reconhecido, devemos reconhecer e respeitar as culturas regionais dos outros estados e dar mais valor ao que é diferente da nossa. O Daniel é um exemplo de valorização regional, mostra as raízes dele e ainda traz mais convidados para uma conversa regional sobre suas origens e tradições de onde nasceram.

Com a presença do Baitaca, certamente o programa do Daniel ganhou um pouco mais de atenção no RS, talvez levando uma audiência que normalmente não assistiria. O que particularmente acredito que deveria acontecer é o envolvimento da nossa cultura com as demais culturas e buscar ainda mais o intercâmbio de culturas, pois, o próprio Baitaca não conhecia a música do Daniel que é um dos maiores sucessos do sertanejo e como gratidão por estar ali levando nossa cultura as demais querências, o correto é por respeito e agradecimento seria acompanhar o anfitrião nas "modas" sertanejas.

Nossa cultura é rica, mas não é única no mundo, nosso país (Rio Grande do Sul) é lindo mas não é o único e não devemos nos ilhar em um mundo de ignorância achando que estamos sozinhos neste mundo globalizado que cada vez mais nossos conterrâneos têm um acesso universal ao mundo exterior. 

Se não evoluirmos e respeitar as pessoas diferentes da gente, nossa cultura cultura acabará se perdendo para os estrangeirismos e para que isso não aconteça só depende da gente, abrir nossa cultura aceitando a evolução sem se apegar a essa falsa tradição raiz que é imposta por mentes retrógradas que por maldade ou ignorância não aceitam coisas que fogem ao que não os convém. Isso vale para tudo, ditam regras sobre nossa música, nossa roupa e até no que podemos ou não falar como se o seu umbigo fosse uma verdade universal. 

Não queremos regras que me impeçam de usar uma bombacha larga demais ou estreita, não quero me seja imposto que eu tenha que falar dE e não di, não quero que imponham o que devo ouvir se é ou não tradição e música raiz  é sabem por que? Vem que eu te explico.

A bombacha, nem gaúcha é e entrou pelo Uruguai, porque uma gaúcho dentro de uma sala de uma entidade qualquer quer normalizar seu uso? Assim como o mundo, a América, o Brasil, o Rio Grande do Sul tem sua diversidade cultural devido aos imigrantes que colonizaram o estado e participam da evolução cultural, então o sotaque regional é riqueza e cada um fala do jeito de sua região e sua gente, não me venham impor regras. Na música é a mesma coisa, por que vamos condenar as vaneiras novas e bandas que deram uma nova roupagem por que não seguem o convencional dos grupos de baile já consagrados, temos espaço para todos e devemos ter orgulho da gurizada que leva a vaneira para outros rincões mesmo sem o uso da bombacha e também temos conterrâneos que ousam críticas as bandinhas, que transformaram uma tradicional reunião das comunidades alemãs em um ritmo musical regional único e nosso, o bailão. 

Como que levando em consideração tudo isso, ainda não somos capazes de romper a redoma de ignorância e se irmanar com outros povos, já que a nossa tradição é formada por imigrantes,  indígenas e forasteiros que nos fizeram único,  fortes e capazes de alcançar públicos e regiões que desconhecem nosso potencial cultural do estado e é este o motivo que estamos aqui para divulgar a nossa cultura, mas, acima de tudo apontar onde estamos errando para que sejamos fortes, aguerridos e bravos. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O Gaúcho tem mesmo orgulho de seu estado? Será?

Sempre nas férias buscamos descansar e fazer uma viagem se propondo a conhecer novos lugares e culturas, comigo não é diferente. O foco aqui no blog é cultura gaúcha, mas, à cada viagem procuro fazer uma imersão na cultura regional do lugar e depois de Minas Gerais, onde mostramos as semelhanças culturais em outro post, agora foi a vez de conhecer a Paraíba. 

Em Minas já tínhamos visto um enorme orgulho das suas raízes, inclusive a capital Belo Horizonte conta com um mercado central dedicado exclusivamente a cultura regional de Minas, focado em queijo, cachaça e outras regionalidades. 

Na Paraíba não é diferente, espaços dedicados ao artesanato regional e mercado público de frutas típicas.

Sabemos que são lugares bastante visitados e exclusivamente turísticos, interior de Minas e praias, porém, o orgulho da cultura regional desses lugares está estampada no cotidiano das pessoas que vivem ali.

Em Minas, inclusive na capital, onde olhar tu vê as menções a Tiradentes e a exploração do ouro pelos portugueses nos primórdios da exploração, colonização e roubo das riquezas naturais das terras da Minas Gerais.

Na Paraíba, Lampião e Maria Bonita são personagens constante, a arte em couro está por todo lugar, as roupas estampam a bandeira do estado. Já em Olinda, Pernambuco, o frevo pulsa na cidade, as cores tradicionais do carnaval estão por toda parte e os bonecos de Olinda são figuras constantes nas feiras e lojinhas.

Aqui, os gaúchos de Facebook, raiz que se dizem da pura cepa ficam defendendo símbolos alheios ao Rio Grande, as prefeituras montam comércios para ambulantes venderem bugiganga e não criam espaços regionais para valorização da cultura regional, o povo briga por políticos de fora daqui e os políticos daqui usam sua influência para defenderem ideologias de outras querências. Quem se diz regionalista, enche a boca para defender Lulas e Bolsonaros e ninguém defende nossa cultura que definha a margem de estrangeirismos.

Quando alguém posta algo de bandas de bailão sempre vem um pseudo puritano dizer que não é tradição e pelo contrário, é o puro suco de regionalismo dos bailes do interior o de um ritmo se idealizou dentro do estado e a cada dia está mais popular.  Muitos acham que nossa cultura é só bota e bombacha e não é, é o sotaque de Porto Alegre, do noroeste e da campanha, é falar dE no norte e nas bandas de Bagé e ali no lado falar Di sem perder a essência de ser do RS e tudo isso acaba em mi-mi-mi.

Em outros estados, lugares são destinados para as culturas regionais, governos incentivam símbolos regionais e o povo produz, defende e divulga seus símbolos. Como nos estados citados acima que tem seus símbolos, desconheço material com ampla divulgação de nossos personagens, camisetas com General Netto e Bento Gonçalves, exaltação aos lanceiros negros e demais personagens de nossa história. 

Falo isso baseado na experiência da Serra, onde Caxias do Sul oferece pouco ou quase nada de cultura gaúcha fora da semana Farroupilha e algumas feiras esporádicas com temática italiana em seu interior. Alguns passeios e rotas que visam o mercado financeiro sem o principal produto estar em evidência, o Rio Grande do Sul.

Baseado nisso tudo,  conseguimos hoje afirmar que o RS ainda valoriza sua cultura? Temos o Pampa, a Serra, as Missões e demais regiões, elas são amplamente divulgadas?

Como ainda desconheço alguns municípios daqui do RS, gostaria que nossos leitores deixem nos comentários locais que vendem artigos regionais, ambientais temáticos e espaços dedicados para a cultura do estado do Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

2025: Um Novo Ciclo para o Povo Gaúcho e Nossa Cultura

O ano de 2024 trouxe desafios que marcaram profundamente o Rio Grande do Sul. Enchentes devastadoras, perdas humanas em acidentes e outros eventos impactaram nossas vidas, mas a força e a resiliência do gaúcho seguem inabaláveis. Com a chegada de 2025, renovamos a esperança de dias melhores, mais prósperos e tranquilos para todos. Um ano que será cheio de eventos tradicionalistas que certamente necessitarão do apoio da nossa população em sua integralidade. 

Começamos hoje dia 03/01, na cidade de Capitão,onde, inicia-se oficialmente a temporada de rodeios, com cerca de 3.500 eventos esperados ao longo do ano. Esta modalidade não é apenas uma celebração cultural, mas também um motor econômico poderoso, movimentando mais de 2 bilhões de reais por ano no estado. É a força do pampa, unindo tradição e desenvolvimento.

Temos também os festivais nativistas  que são a alma do povo Gaúcho e entre os 28 festivais nativistas confirmados para 2025, destacam-se eventos como o Acampamento da Canção, que inaugura o calendário nativista e a . Esses festivais são verdadeiras vitrines da nossa música, poesia e dança, levando a essência do Rio Grande do Sul para todos os cantos do Brasil.

A música nativista terá sua expressão máxima em festivais como a Califórnia da Canção Nativa que encerra a cena musical tradicional gaúcha e o Festival da Música Crioula, enquanto a poesia encontra palco no Sesmaria da Poesia Gaúcha e no Bivaque da Poesia Crioula. Esses eventos são o coração da cultura gaúcha e nos conectam às nossas raízes de forma única.

Além dos festivais, 2025 será marcado por grandes eventos tradicionalistas organizados pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). O ENART, o Juvenart, o Sarau de Prendas e a FECARS são alguns dos momentos mais aguardados, celebrando o talento e a paixão pelo tradicionalismo em diversas modalidades artísticas e campeiras.

E não podemos esquecer a Semana Farroupilha, nosso maior símbolo de orgulho e identidade, que reúne milhares de gaúchos em desfiles, cavalgadas e celebrações por todo o estado.

Neste novo ano, temos o compromisso de levar a cultura gaúcha para além das fronteiras do Rio Grande. Usaremos a Internet para mostrar ao mundo nossa música, dança, poesia e a força das tradições que carregamos com tanto orgulho.

O verdadeiro gaúcho não apenas preserva suas raízes; ele as compartilha com o mundo. Que venha 2025, com todos os seus desafios e conquistas, mantendo sempre viva a chama crioula!

Entrevero Xucro: o xucrismo do Rio Grande na Internet.