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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Helloween esteve entre nós, e o RS está?

Em várias leituras que faço, dentre notícias, artigos, redes sociais e até vídeos, me chamou a atenção um uma publicação do Giovani Grizotti no Repórter Farroupilha, sobre uma prendinha fantasiada de Dia das Bruxas e o mesmo questionou se o objetivo foi fantasiar com o vestido de prenda. Podemos interpretar de várias, inclusive que o vestido seria parte integrante da fantasia não por ser vestido, mas, por ser uma prenda de outra dimensão, uma prenda finada.

Mas, tudo isso me gerou uma reflexão e um questionamento. Será? Por que? Até devemos saber a resposta.

Primeiro: Será? Será que essa data estadounidense que já se consolidou por aqui está maior na sociedade que nossa semana farroupilha? Falando não das festividades e sim no dia dia, já que está extremamente normal as lojas, escolas, demais estabelecimentos e a TV lembrar tal data e em setembro a temática gaúcha não está tão evidente no dia dia.

Segundo: Por que? Por que estamos chegando neste ponto, onde uma cultura estrangeira invade um estado com uma cultura rica e ganha tanta evidência? Que chega ao ponto de questionarmos a proporção que está tomando.

Comentei que temos a resposta, mas, não digo respostas e sim argumentos que possam justificar (não justifica nada nossa cultura ser trocada).

Podemos seguir várias linhas de pensamento, uma delas que até pode ser coerente é a globalização e o avanço de novas tecnologias que deixa facilmente entrar culturas alheias a nossa e principalmente de fora da América Latina. Porém, do mesmo jeito que vem cultura poderia ir cultura e com certeza não temos bairros, cidades, estados ou país (Estados Unidos que é o citado) comemorando os festejos farroupilha ou uma mateada celebrando a cultura gaúcha, no máximo que temos são gaúchos que celebram datas e até fundaram CTG's.

Outra linha de pensamento que sigo é o excessivo regramento utilizado por entidades que se julgam proprietárias da cultura gaúcha e pregam o brasileirismo cultural do Gaúcho, sendo que nossa origem é pampeana. Isso normaliza a aceitação de culturas de outros estados como se fosse nossa também e inconscientemente se misturam no dia-dia do Gaúcho por quererem padronizar o brasileiro.

Nessa mesma linha seguimos também com a postura dos seguidores de uma cultura que não deve evoluir, que tudo tem que ser raiz e do tempo antigo, sendo que devemos acolher todas as formas de defesas culturais gaúcha, seja um mate no parque, um bah em qualquer ambiente, mas, o pessoal que se diz entendido critica por criticar sem avaliar o que pode contribuir para que cada vez mais nosso povo se passa para as bandas estrangeiras. Acreditamos que essa postura afasta qualquer pessoa e principalmente os jovens das entidades e abre espaço para o tal de pop internacional e outras canções estrangeiras, pois, a atitude destas pessoas se agrava e chegam a beirar preconceito e segregação. O mais engraçado, que reclamam que não é raiz em rede social, com um celular na mão, mas, nos tempos raiz isso não existia.

Talvez hoje, para mudar isso, devemos nos despir de todos os preconceitos e unir-se em torno da causa gaúcha, sem lacrar, sem regrar apenas cultivar e apoiar. Primeiramente não devemos criticar o diferente, se tem uma banda tocando vaneira sem pilcha e tu não gosta, não critique, apenas não ouça. Se não se acha confortável andar de pilcha, não vais ser menos gaúcho por isso. O nutella e o raiz faz parte do humor, que usamos para diferenciar o moderno e o antigo.

Essa enxurrada de cultura de fora, podemos colocar na conta de muitos sem eira nem beira que por ter acesso a um celular e poder criticar qualquer coisa, acaba extrapolando a normalidade e rotulando nós gaúchos que realmente nos preocupamos com os valores e a cultura gaúcha. Antes de pregar qualquer coisa precisamos estudar para não passar vergonha, visto que a maioria que prega o gaúchão raiz, vira um bicho raivoso quando adentra no campo político, brigam por figuras opostas, chegam a ficar de mal com pessoas próximas e esquecem que ambos não são gaúchos, não estão nem aí para os nossos valores.

Sim, estou falando de política aqui, me dirigindo diretamente a Lula e Bolsonaro, que são motivo de brigas aqui na província, mas, já pararam para pensar quantas vezes defenderam nossa cultura? Nenhuma, um usa o campo como palanque apenas para se promover, o outro usa os estigmas do centro do país para pregar ideologias. As duas ideologias são prejudiciais aos gaúchos, as duas querem nos normalizar como brasileiros e deixarmos de sermos gaúchos, pois, ser gaúcho não interessa a nenhum dos lado, ser gaúcho é ser bravo e não baixar a cabeça, ser gaúcho é sem independente sem bajular ninguém, ser gaúcho é se erguer nas adversidades e nessas horas ninguém está por nós, apenas por eles.

Vamos para de aceitar patriota brasileiro, vermelhos de foice, trumpismo e chinesismo, vamos começar a ser GAÚCHOS sem lamber botas de ninguém, surgimos do pampa, somos latinos, não somos melhores que os outros estados que também sofrerm esse sufocamento cultural e já estão virando curral de políticos onde irão defecar toda a gana de poder que eles tem. Sofremos culturalmente sim, como Minas sofre, o Nordeste e o Norte sofrem, são poucos que querem dominar tudo e se nos apequenar e baixar a cabeça, nossa cultura se finda.

Comemore sim o Helloween em outubro, comemore festejos juninos em junho e julho, mas comemore a cultura gaúcha o ano inteiro, ouve tua milonga, consuma tradicionalismo não apenas em setembro, veja no Youtube e nas plataformas de músicas, peça na sua rádio preferida e principalmente, ensine seus filhos, não a andar pilchado e sim nossos feitos, nossa origem e nossa história.