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domingo, 28 de setembro de 2025

Caminhos de Caravaggio

Caminhar por vales, colinas, estradas rurais e bosques de araucária, com o coração em reflexão, a fé e o horizonte marcando um destino do RS: dois santuários marianos que atravessam a devoção italiana e gaúcha. Estes são os Caminhos de Caravaggio, rota de peregrinação e turismo espiritual  da serra gaúcha que vem conquistando devotos do Brasil.

A figura de Nossa Senhora de Caravaggio tem origem em Caravaggio, Itália, remontando a uma aparição em 1432, quando, segundo a tradição católica, a Virgem apareceu a uma camponesa chamada Joaneta Varoli. Ela pediu orações, penitência e a construção de uma capela no local da aparição. 

Já no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, essa devoção ganha força com a imigração italiana, que trouxe consigo fé, símbolos e práticas religiosas. O Santuário de Caravaggio, em Farroupilha (RS), tornou-se um dos principais polos desse culto. 

O que torna os Caminhos de Caravaggio mais que um passeio turístico é esse laço espiritual e para muitos, caminhar nessas estradas é atravessar os próprios sentimentos, pedir graças, agradecer ou simplesmente olhar para dentro de si. É um estímulo ao silêncio, à comunhão com o divino, à natureza e ao próprio ritmo.

Embora a fé já fosse presente há décadas, o projeto institucional dos Caminhos de Caravaggio foi estruturado e lançado oficialmente em maio de 2019. Surgiu como resposta à união dos municípios da Serra Gaúcha — Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Caxias do Sul e Farroupilha — com o propósito de integrar riqueza natural, cultura, turismo e devoção. 

A rota da peregrinação liga o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio de Canela ao Santuário de Caravaggio de Farroupilha, cobrindo aproximadamente 200 km distribuídos em 10 trechos técnicos, previstos para serem percorridos a pé — embora muitos caminhem também de bicicleta. 

Para referência, um dos trechos, o 10º trecho, tem 22,5 km, começando na Vinícola Colombo (Farroupilha) e terminando no Santuário de Caravaggio. Distâncias de outros trechos variam: 14,3 km, 18,3 km, 20,8 km, 15,6 km, 23,1 km, 19,3 km, 24,1 km, etc. O trajeto foi planejado preferencialmente no sentido Canela → Farroupilha, mas permite também o sentido inverso (Farroupilha → Canela) e para guiar os peregrinos, o caminho é sinalizado: setas amarelas indicam o sentido Canela → Farroupilha; setas azuis para Farroupilha → Canela. 

Adicionalmente, os caminhantes podem receber um passaporte de peregrino, carimbado nos pontos de apoio (pousadas, estabelecimentos ao longo do caminho). Ao completar o percurso, recebem certificado que atesta a jornada — documento simbólico que atesta a caminhada. 

O encanto dos Caminhos de Caravaggio está justamente na mistura entre natureza, cultura, colonização e fé local. Eis os municípios pelos quais a rota passa:

Canela — ponto inicial (ou final) do percurso; conhecido por suas belezas naturais e pelo Santuário de Caravaggio. 

Gramado — famosa cidade turística da Serra Gaúcha, com infraestrutura de turismo bem desenvolvida. 

Nova Petrópolis — em sua área rural intersecta o caminho, contemplando vales, mirantes, vilarejos como Santa Lúcia do Piaí e Vila Oliva já em Caxias do Sul. 

Caxias do Sul — inclui trechos urbanos e rurais; um trecho icônico é a Ponte do Raposo, que conecta Gramado e Caxias do Sul. 

Farroupilha — o destino final da rota. Ali está o Santuário de Caravaggio que reúne peregrinos de todo o Brasil. 

Ao longo do trajeto, espera-se que o peregrino atravesse estradas rurais, rotas de interior, matas de araucária e paisagens típicas da Serra Gaúcha, com encanto especial nas encostas e nos campos. Em boa parte do caminho, não há cobertura de celular/internet; o peregrino é chamado a viver no ritmo da caminhada e da contemplação. 

Embora o percurso não tenha tempo rígido, estima-se que a caminhada leve entre 7 e 10 dias para atravessar os 200 km, case você caminhe com regularidade. Todos os trechos têm desníveis, subidas, descidas e terrenos irregulares. Alguns segmentos exigem esforço, planejamento e preparo físico. O guia oficial divide o caminho por trechos técnicos (distância, altimetria, classificação de dificuldade). Outra recomendação frequente dos organizadores é reservar hospedagem ao longo do trajeto antes de partir, dado que os pontos de parada são limitados.

Além disso, o projeto Caminhos de Caravaggio é irmão espiritual do Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), no sentido de compartilhar valores de hospitalidade, voluntariado e peregrinação, e ainda possibilita que os quilômetros percorridos possam compor parte da “Compostelana” quando conectados ao Caminho de Santiago. 

O sucesso de uma rota como essa depende muito da ação voluntária local. A Associação de Voluntários e Apoiadores dos Caminhos de Caravaggio (AVACC) articula alojamentos, hospedarias, comércio, sinalização e suporte aos peregrinos. Os organizadores deixam claro que o caminho não pertence a uma entidade específica — é um patrimônio compartilhado com autoridades municipais, comunidades religiosas e cidadãos anfitriões. O elemento humano aparece de forma constante: moradores locais que fazem acolhimento, pousadas e estabelecimentos que carimbam o passaporte, sinalizações e suporte emergencial. Quem já percorreu relata o calor humano e o espírito de fraternidade como parte central da caminhada. 

Motivos para conhecer: 

Devoção e espiritualidade: para quem busca um diálogo interior, agradecer ou pedir bênçãos.

Conexão com a natureza: trilhas rurais, bosques e silêncio do campo.

Cultura local e patrimônio: atravessar cidades, vilarejos e redescobrir a história italiana, religiosa e gaúcha.

Turismo lento: desacelerar, observar, conversar com moradores e saborear o regional.

Desafio pessoal: completar os 200 km é um feito físico e mental marcante.

Integração de cidades: conhecer lugares menos turísticos como Santa Lúcia do Piaí, Vila Oliva e capelas escondidas que o trajeto revela. 

Como planejar a peregrinação:

Escolha seu sentido — Canela → Farroupilha ou Farroupilha → Canela, conforme disponibilidade e preferência.

Obtenha o guia oficial com mapas, altimetrias, trechos e orientações. 

Passaporte de peregrino — retire no Santuário ou centros credenciados e vá carimbando nos pontos de parada. 

Reservar hospedagens com antecedência — pousadas locais serão as principais opções. 

Preparo físico mínimo — ritmo moderado, resistência a subidas e terrenos irregulares.

Equipamentos leves e confortáveis — mochila adequada, calçados de trilha, roupas para variação climática.

Respeito ao entorno — cultura local, moradores, natureza e silêncio.

Os Caminhos de Caravaggio são muito mais que um percurso geográfico: são uma ponte entre a fé e o mundo, entre cidades da Serra Gaúcha e corações que buscam sentido. Caminhando por Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Caxias do Sul até chegar a Farroupilha, o peregrino é convidado a abrir-se para os elementos da terra, da espiritualidade e da hospitalidade local.

Se você nunca ouviu falar desse caminho, deixo um apelo: sinta vontade. Deixe que a curiosidade te mova a conhecer essa rota de fé, suor e beleza. Calce as botas, leve o coração leve e permita que cada quilômetro revele algo novo — de Deus, do mundo e de você mesmo.

Fonte: caminhosdecaravaggio.org

sábado, 24 de maio de 2025

Cidades do RS indicadas a prêmio da ONU

 Desde 2021, a Organização das Nações Unidas para o Turismo (ONU Turismo) realiza a premiação das “Melhores Vilas Turísticas” do mundo. Sendo esta uma oportunidade significativa para promover destinos turísticos nacionais e lugares que tem grandes potenciais, mas, estão fora da badalação dos lugares tradicionais. Em 2025, oito vilas brasileiras foram selecionadas para participar da competição, onde as vencedoras serão anunciadas em novembro na Assembleia Geral da ONU Turismo, na Arábia Saudita.

As vilas escolhidas são: Antônio Prado e Linha Bonita, no Rio Grande do Sul; Leoberto Leal e Piraí, em Santa Catarina; Cocanha, em São Paulo; Conceição de Ibitipoca, Delfinópolis e Grão Mogol, em Minas Gerais. Dessas oito, apenas duas avançarão para a etapa final, onde a vencedora receberá o selo de boas práticas da organização. Além de prestígio e reconhecimento, essa premiação trás projeção internacional para a vila vencedora.

Antônio Prado (RS)

Fundada em 1886 como a última colônia oficial da imigração italiana no Rio Grande do Sul, Antônio Prado está situada na Serra Gaúcha, com clima temperado e paisagem marcada por vales, rios, matas e áreas produtivas. Seu centro histórico abriga o mais autêntico conjunto arquitetônico da imigração italiana no Brasil, com 48 edificações tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), integradas a um rico patrimônio imaterial, atraindo turistas interessados em história e cultura. As políticas culturais promovem a valorização de saberes tradicionais, como o artesanato, com apoio institucional à comercialização e à formação de novos artesãos, fortalecendo a transmissão de conhecimentos intergeracionais.

A cidade conta com uma infraestrutura completa de serviços para atender o visitante. e oferece experiências que celebram a gastronomia e a tradição, como a Fenamassa e a Noite Italiana, além do tursimo religioso e artesanato.

Foto: Divulgação/Setur

Linha Bonita (RS) – Localizada no alto das montanhas da Serra Gaúcha, no município de Gramado, com estradas sinuosas, é cercada pela beleza da Mata Atlântica. Foi fundada por imigrantes italianos que buscaram no Brasil uma oportunidade para superar a fome e a pobreza que dominavam a Europa. Ali, as famílias receberam pequenos lotes ao longo de uma estrada principal – a Linha –, onde, precisaram construir, com forte espírito comunitário, as condições de sobrevivência que transformariam o futuro daquele lugar. Seus descendentes permanecem cultivando o amor pela Linha Bonita, onde cultura, ruralidade, histórias e memórias se mantêm vivas e, desde 1980, são compartilhadas com turistas por meio de roteiros que oferecem uma imersão profunda nas raízes de Gramado.

Foto: Renan Sandi, site Setur

Agora vamos aguardar o resultado e torcer

Fonte: Ministério do Turismo e Secretaria do Turismo do RS

terça-feira, 7 de novembro de 2023

São João Del Rei

Outra cidade do contexto histórico de Minas Gerais que é passagem obrigatória para quem vai a Tiradentes, porém, a cidade é maior e tem um ar de metrópole com mais movimento é um comércio não tão focado no turismo. Passamos na estátua em homenagem a Tancredo Neves, Ponte do Rosário, Ponte da Cadeia e na igreja Nossa Senhora do Rosário. Tiramos fotos externas na Igreja São Francisco de Assis e na Basílica Nossa Senhora do Pilar e do Carmo.












domingo, 29 de outubro de 2023

Congonhas - Santuário do Senhor Bom Jesus

Seguimos mostrando Minas Gerais, agora é a vez do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinho na cidade de Congonhas onde estão os doze profetas de Aleijadinho. Lugar magnífico cheio de história, as esculturas de perto te dão uma sensação muito estranha por estar a frente daqueles tesouros da história artística do Brasil, na escola sempre falavam do Aleijadinho e principalmente dos doze profetas e estavam ali na nossa frente. Fiquei sem palavras. A arquitetura da Basílica também é outra coisa maravilhosa e ainda seu entorno colabora para complementar o ar histórico do conjunto.

No entorno há lojas que utilizam as construções históricas e também o Beco dos Canudos que conserva traços originais. Temos também as capelas que mostram cenas de Cristo com esculturas lindas.

Não conhecemos a cidade, o deslocamento foi direto ao Santuário e mesmo assim valeu muito a pena como todos os lugares que passamos em Minas Gerais.

Abaixo seguem algumas fotos do local






















segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Tour em Minas Gerais

 Buenas entreverados, neste final de setembro fizemos um tour em Minas Gerais fazendo um pedaço da área histórica e a capital BH.

Fizemos uma visita no museu do Inhotim no primeiro dia passando o dia inteiro por lá, saímos pela manhã e o trecho é bem demorado. O museu se localiza em Brumadinho possui obras e galerias espalhadas por uma grande extensão de terra formando um parque.

Depois partimos para a parte histórica, passando por Congonhas no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinho onde se as estátuas dos doze profetas de Aleijadinho e indo a Ouro Preto onde visitamos o Museu da Inconfidência.

No terceiro dia de tour foi a vez de visitar o melhor lugar na minha opinião, Tiradentes. Depois da caminhada em Tiradentes demos uma passada rápida em São João Del Rey.

Na sequência ficamos em BH, onde a visita no Mercado Central e na praça da Liberdade não pode faltar, juntamente com a Feira Hippie no domingo de manhã. A tarde foi a vez da Pampulha, que devido aos atrasos chegamos depois das 17h no Mineirão e já estava encerrada a visitação.

Na segunda voltamos ao Mineirão mas não conseguimos acesso somente reabriria na quarta.

No último dia, terça de manhã foi a vez do Mirante do Mangabeira e a praça do Papa, lugares lindos 

Logo postaremos a sequência dos passeios acompanhados das fotos e contaremos os detalhes de cada lugar, as expectativas e as decepções. Teve também alguns erros no planejamento das visitas e o cansaço que dominou a turma