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sábado, 7 de setembro de 2024

Acampamento Farroupilha de Porto Alegre

Começa hoje o Acampamento Farroupilha de Porto Alegre. Confira toda a programação abaixo:

SÁBADO(07/09)

PALCO JAYME CAETANO BRAUN

12h- Cerimônia de Abertura
16h30- Os Pajadores
17h50- Paullo Costa
19h50- Ernesto Fagundes
21h50- Lincon Ramos
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Raízes doSul
14h50- Trova: José Estivalet e Vitor Hugo
15h50- Declamação Andrea Loe
16h- Marcelinho Nunes
17h- Zizi Machado

DOMINGO(08/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Cristiano Quevedo
19h50- Luiza Barbosa
21h50- Sina Fandangueira
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Tiarayu
14h50- Trova: Amaranto Arena e Tetê Carvalho
15h50- Declamação Rui Matias
16h- Maykell Paiva
17h- Desiderio Souza

SEGUNDA-FEIRA(09/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN 
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
17h50- Mauro Moraes
19h50- Daniel Torrez
21h50- Grupo Os Mateadores
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Victor Schimmelpfenig e Vinícius Schimmelpfenig
16h- Manoel Souza
17h- Moisés Oliveira e Grupo Vozes do Campo

TERÇA-FEIRA(10/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN 
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
 17h50- Raul Quiroga
19h50- César Oliveira & Rogério Melo
21h50- João Luiz Corrêa & Grupo Campeirismo
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Adrian Latroni e Arthur Latroni
16h- Jayme Caetano Braun- Um Século de Arte
17h- João Paulo Deckert

QUARTA-FEIRA(11/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
 17h50- Jorge Guedes & Família
19h50- Tchê Guri
21h50- Machado e Marcelo do Tchê
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Gurizada Campeira
16h- Felipe D’Avila
17h- Grupo Missões

QUINTA-FEIRA(12/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
17h50- André Teixeira
19h50- Tchê Garotos 21h50- Tchê Barbaridade
PALCO NICO FAGUNDES
11h- Festival Prosa e Poesia- Eliminatória
15h- Chula: Jean Marques da Rocha e Tiago Ferrari 16h- Tiago Quadros
17h- Felipe D’Avila

SEXTA-FEIRA(13/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
17h50- Flávio Hanssen
19h50- Tatiéli Bueno
21h50- Kelly Colares & Banda
PALCO NICO FAGUNDES
11h- Festival Prosa e Poesia- Eliminatória
14h- CTG Aldeia dos Anjos
15h- Chula: Adrian Latroni e Arthur Latroni
16h- Felipe Goulart
17h- KauanaNeves

SÁBADO(14/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
16h30- Alma e Pampa
17h50- Fofa Nobre
19h50- Marinês Siqueira
21h50- Eliandro Luz & Grupo Oh de Casa
PALCO NICO FAGUNDES
10h- Coral Despertar
11h- Festival Prosa e Poesia- Final
14h- CTG Chimangos
14h50- PQT Laçadores Herdeiros da Tradição
15h- Trova: José Estivalet e Clódis Rocha
15h30- Declamação Elvio Moraes
16h- Ricardo Rosa
17h- Heduardo Carrão

DOMINGO(15/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
10h- Missa Crioula
12h- CTG Lanceiros da Zona Sul
16h30- Maria Luiza Benitez
17h50- Marcelo Caminha
19h50- SomdoSul
21h50- Gurias Gaúchas
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTGV aqueanos da Tradição
14h50- Trova: Amaranto Arena e Clódis Rocha
15h30- Declamação Pablo Santana
16h- Diego Machado

SEGUNDA-FEIRA(16/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Juliana Spanevello
19h50- JocaMartins
21h50- Rodrigo Silva & Grupo Ala-Pucha
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Victor Schimmelpfenig e Vinícius Schimmelpfenig
16h- Ricardo Comassetto 
17h- Juliano Moreno

TERÇA-FEIRA(17/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Os Chacreiros
19h50- Érlon Péricles
21h50- Grupo Alma gaudéria
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Projeto Gurizada Campeira
16h- Gustavo Brodinho
17h- Jader Leal

QUARTA-FEIRA(18/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- João de Almeida Neto
19h50- Daniel Haack & Gaúchos Lá de Fora
21h50- Grupo Querência
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Victor Schimmelpfenig e Adrian Latroni ou Projeto Gurizada Campeira
16h- Leonel Almeida
17h- The AllPargatas

QUINTA-FEIRA(19/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Fátima Gimenez
19h50- Analise Severo
21h50- Sangue Farrapo
PALCO NICO FAGUNDES
14h- 35 CTG
15h- Chula: Daniel Magnus dos Santos e Valentin Otto Magnus dos Santos
16h- Jonatan Dalmonte e Maurício Marques
17h- Charles Arce

SEXTA-FEIRA(20/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
15h- Cerimônia de Encerramento- Chama crioula 16h30- Santa Fé
17h50- Luiz Marenco
19h50- Maria Alice
21h50- Pedro Ernesto
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Coxilha Aberta
14h50- Trova: Celso Oliveira e Vitor Hugo
15h30- Declamação Silvana Andrade
16h- Darlan Ortaça
17h- Eduardo Maicá

SÁBADO(21/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
16h30- Leandro Berlesi e Buena Parceria
17h50- Pirisca Grecco
19h50- Capitão Faustino
21h50- Sandro Coelho
PALCO NICO FAGUNDES
14h- Nelcy Vargas
14h50- Festival Pôr do Sol da Canção Piá

 DOMINGO(22/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Elmer Fagundes
19h50- Eco do Minuano & Bonitinho
21h50- Grupo Tagarrado
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Porteira da Restinga
14h50- Trova: Celso Oliveira e Tetê Carvalho
15h30- Declamação Adriana Braun
16h- Cristiano Cesarino

Programação extraída do site oficial do evento 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Bioma Pampa

Saiba um pouco mais sobre o BIOMA PAMPA

Também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).

No Brasil, o Pampa está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também territórios da Argentina e Uruguai.
Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.

Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.

Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”, entretanto, esta denominação corresponde somente a um dos tipos de campo, encontrado mais ao sul do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.

Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e os incêndios não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.

A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares.

Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação.

O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão. À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região.
A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.

Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.

O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas.
A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.

Os campos no Rio Grande do Sul ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado.
O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

Fonte: Site do Instituto Brasileiro de Florestas

domingo, 18 de agosto de 2024

Acendimento Chama Crioula 2024

 Hoje, se encerra mais um evento de acendimento da chama crioula na cidade do Alegrete. Antes de falar sobre o evento vamos resumir para conhecimento o que é a Chama Crioula.

A Chama Crioula é um dos símbolos mais importantes do tradicionalismo gaúcho e está profundamente enraizada na cultura e na identidade do Rio Grande do Sul. Ela representa o espírito e a resistência do povo gaúcho, mantendo viva a memória da Revolução Farroupilha, que foi uma das maiores revoltas civis da história do Brasil, ocorrida entre 1835 e 1845.

Foi idealizada em 1947, no contexto do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que buscava resgatar e preservar as tradições e a cultura do povo do Rio Grande do Sul. A ideia surgiu durante o 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado na cidade de Santa Maria, um evento que reuniu jovens preocupados com a preservação da cultura gaúcha. Os idealizadores do movimento foram jovens estudantes de Porto Alegre, membros do grupo conhecido como "os Oito Sentinelas do Rio Grande", que incluía Paixão Côrtes, Cyro Dutra Ferreira e Glauco Saraiva, entre outros. Inspirados pelo desejo de reviver o espírito farroupilha, eles decidiram criar um símbolo que unisse os gaúchos em torno de sua história e tradições.

Primeira Chama Crioula

Em 7 de setembro de 1947, esses jovens retiraram uma centelha do fogo simbólico da Pátria, aceso em frente ao Palácio Piratini, e a levaram até o Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, onde foi acesa a primeira Chama Crioula. Esse ato marcou o início das comemorações da Semana Farroupilha, que celebra a Revolução Farroupilha e é um dos maiores eventos culturais do estado. Desde então, a Chama Crioula passou a ser distribuída a partir de um local simbólico escolhido anualmente, de onde cavaleiros percorrem diversas partes do estado, levando-a a todas as regiões do Rio Grande do Sul. Esse percurso é chamado de "Ronda Crioula", e simboliza a união dos gaúchos em torno de suas tradições.

Importância Cultural

Mais do que um simples fogo, a Chama Crioula representa a resistência, a bravura e o orgulho do povo gaúcho. Ela é um símbolo de fé, tradição e patriotismo, ligando o presente ao passado e mantendo viva a memória dos antepassados que lutaram pela liberdade e pela identidade do Rio Grande do Sul.

Hoje, a Chama Crioula é reverenciada em todos os rincões do estado, sendo acesa em milhares de Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e servindo como um elo entre os gaúchos e suas raízes culturais, seja no Rio Grande do Sul ou em qualquer parte do mundo onde haja um gaúcho que mantenha viva a sua tradição.

O evento em 2024

Chama Crioula foi acesa em Alegrete, dando início aos Festejos Farroupilhas 2024, sendo a 75ª Geração e Distribuição da Chama Crioula que ocorreu na noite desta sexta-feira (16) e marcou o início dos Festejos Farroupilhas 2024. Com o tema "Pampa Uma Pátria Sem Fronteiras", a cerimônia foi realizada em Alegrete, na Fronteira Oeste e marcou a primeira vez que a Chama Crioula foi gerada com a participação de três países simultaneamente. Anteriormente, em 2015, a cerimônia realizada na Colônia do Santíssimo Sacramento havia contado apenas com a presença do Brasil e Uruguai..

O evento se encerrou neste domingo (18), e contou com simpósios, shows musicais e churrasco, no Parque de Exposições Lauro Dornelles. 

A programação do acendimento foi precedida por um espetáculo teatral que apresentou a história de Alegrete e das fronteiras, destacando a formação da região e a integração dos povos que a constituem, incluindo representações do Brasil, Uruguai e Argentina. A Chama Crioula foi acesa por volta de 22h, e envolveu um monumento em forma de casa de pedras e a figura de um laçador, idealizado por Paixão Cortez. A chama, simbolizando a reconstrução e a esperança, foi acesa e colocada na pira central e contou com a presença do ex-BBB, natural de Alegrete, Matteus Amaral.

Participantes de Santa Catarina, Argentina e Uruguai também estiveram nos três dias do evento. A presença deles é "uma homenagem aos costumes e à história que unem os povos do Pampa", segundo a entidade. Após o acendimento, a Chama foi retirada por Adalberto Lima dos Santos, vice-presidente da Cavalgada do Rio Grande do Sul. Ele a transportou em seu candeeiro, onde posteriormente a pira foi apagada.

A distribuição da Chama ocorreu às 8h30min de sábado (17), a pira foi acesa novamente, mas desta vez a cavalo e começa a ser distribuída para as regiões tradicionalistas, abrangendo 30 e incluindo três regiões fora do Rio Grande do Sul: Paraná e Santa Catarina.. 

Após completar o ciclo de distribuição, todos os cavalarianos participaram da cavalgada até a Praça Nova e retornam à Zona leste. Ao término, os participantes retornam ao parque, encerrando a celebração com a entrega da chama às diversas regiões tradicionalistas, reforçando a união e a tradição da cultura gaúcha. A programação incluiu a Churrascada do Baita Chão Especial Pampa, ao meio-dia. Às 14h30min, ocorreu o simpósio de integração cultural 05 Gaúchos e Los Gauchos: A Vida no Pampa. À noite, um show com a cantora uruguaia Catherine Vergnes e baile do grupo Alma Gaudéria.

O encerramento do evento se deu no domingo, com uma mateada às 15h30min e apresentações artísticas às 16h.

O acendimento da Chama Crioula é organizado em parceria com o governo estadual, prefeitura de Alegrete e MTG.

terça-feira, 25 de junho de 2024

A música gaúcha

Conforme alguns estudos de historiadores no assunto, acredita-se que a música vem desde os habitantes seminômades da pampa, principalmente a payada.

Em um livro de João Cezimbra Jaques em 1883, há um registro de um major da Guerra do Paraguai que em meados de 1800 as danças vindas da Europa começaram a dominar  as classes altas do ambiente rural deixando de lado o antigo Fandango açoriano. No mesmo livro ele menciona polkas, schottisches, mazurkas e havaneras que perduram até hoje como xote e vaneira.

Apesar dos registros, músicos não eram citados. Sabe-se que a gaita entro no RS pelas fronteiras de Uruguai e Argentina após a guerra dos Paraguai e ganhou força com a chegada dos imigrantes italianos invadindo as danças acoimasse caracterizando os bailes gauchescos. 

Porém, os primeiros registros de gravações brasileiras de música gaúcha se dá em torno de 1911, após, Theodoro Hartlieb e Savério Leonetti montam duas gravadoras, a Casa Hartlieb e a Casa A Eléctrica. Com isso, há registros de várias gravações no ano de 1913 e mesmo que não possa se comprovar, os xotes Pisou-me no Poncho e Está de tirar lixiguana gravadas por Lúcio de Souza no acordeom e várias músicas ao som de gaita de Moysés Mandadori na mesma época.

Esta fase durou pouco e com os músicos ainda desconhecidos, já que nos anos 20 a música gauchesca pouco teve relevância e a mudança só ocorreu com o surgimento das rádios Gaúcha e Farroupilha que abriram espaço para a música regional, com programas do gênero regional e com destaque para o programa campereadas, onde, em 1939 surge o acordeonista catarinense Pedro Raymundo que organizou o Quarteto dos Tauras e quatro anos mais tarde foi contratado pela rádio Nacional do RJ e estourou o xote Adeus Mariana.

A partir daí, abrem-se os caminhos para os cantores regionais, já que Pedro Raymundo fez sucesso em nível nacional usando os trajes típicos do gaúcho, com uso de botas, bombacha, lenço, chapéu de aba larga e guaiaca. Nesse embalo surgiram a Dupla Campeira é o Conjunto Farroupilha no início dos anos 50 e em 1955 Honeyde e Adelar Bertussi surgiram com o estilo Serrano.

No final dos anos 50 a música gauchesca volta a ser minimizada e perder espaço até o surgimento em 1959 de Vítor Mateus Teixeira, o Teixeirinha e acabou se tornando um dos maiores sucessos da música gaúcha até os dias de hoje. Nos anos 60 Gildo de Freitas e José Mendes. A partir dos anos 70 a popularidade dos músicos começou gerar críticas vindas dos tradicionalistas que acusaram os músicos mais popular de estigmas a grossura distorcendo a cultura gaúcha.

Com essa rivalidade de gêneros nasce o festival Califórnia da Canção com o objetivo de renovar a música gaúcha e reciclar o cancioneiro gaúcho e daí surge o nativismo. Desde então a música gaúcha começa  com suas divisões, conhecidas por subdivisões, tendo a música tradicionalista gerida pelo MTG, a regionalista ligada a cultura popular influenciada pela indústria cultural e a nativista considerada jovem e renovadora.

A partir dos anos 70 o nativismo transforma-se em um movimento intelectual influenciado por música urbana e seus participantes com passagens pelo universo acadêmico. Mesmo com grande popularidade o nativismo não ofuscou o regionalismo e nem ficou independente do tradicionalismo como movimento cultural. Com a era dos festivais a cultura gaúcha ficou supervalorizada e surgiram vários artistas no início dos anos 80.

Nesse mesmo período a indústria fonográfica perde o interesse pelo gênero gaúcho, porém, o mercado local já é auto-sustentável e desde então há a consolidação do mercado local da música gaúcha.

Nos anos 80 ainda há a consolidação dos grupos de fandangos e bailes, como os Monarcas, Os Serranos, Grupo Rodeio entre outros. Nos aos 90 surgem o movimento dos grupos musicas que tentaram mudar a roupagem da música gáucha, os TCHÊS, eles cativara os público jovem e tentaram uma guinada na para centro do país com o movimento Tchê Music, buscando apelo comercial, abandonara a pilcha no início dos anos 2000 e depois do grande sucesso dos anos 90, quase deixaram de existir, pois, ao abandonar a pilcha, perderam a identidade e a união com produtores do centro do país que não entenderam o que era realmente a música gaúcha fez com que o Tchê Music não entrasse no centro do país e fosse deixado de lado no sul. Todos voltaram a cantar seus sucesso dos anos 90 para que pudessem ressurgir no mundo da música gaúcha novamente.

Aqui é um resumo da história da nossa música regional, grande parte das informação equi mencionadas foram retiradas de um trabalho da Revista Contemporâneos que vale a pena conferir na íntegra clicando AQUI.


domingo, 28 de abril de 2024

O Verdadeiro Gaúcho. A herança indígena - Capítulo 3

Na vastidão dos pampas, os primeiros a pisar esta terra foram os indígenas deixando sua marca na cultura do Rio Grande do Sul e no coração dos gaúchos. Seus costumes permeiam o dia a dia e as tradições do nosso povo, desde a lida campeira até o chimarrão sorvido num tranquilo recanto urbano.

Neste capitulo, não nos atemos às datas, mas sim à herança deixada pelos povos originários, que até os dias de hoje são tidos como essencialmente gaúchos. Entre as muitas etnias que se destacaram, destacamos, em primeiro plano, os Charruas e os Guaranis, cuja genética, dizem os estudiosos, permeia as veias do povo deste chão.

Os Charruas, desbravadores destas coxilhas, têm lugar de honra na forja da cultura gaúcha. Guerreiros por excelência, foram mestres na arte do fogo de chão, do churrasco e na doma do potro bravo. Ainda que escassas, as pesquisas sobre esta estirpe comprovam traços característicos charruas que perduram na figura do gaúcho tradicional.

Já os Guaranis, vindos dos rincões amazônicos até estas paragens meridionais, legaram-nos o dom da agricultura, o precioso mate, o boitatá que ilumina as noites de campo, o pala que nos protege do vento sul e o fumo que acompanha nossas tertúlias sob o céu estrelado. Assim, entrelaçados na teia do tempo, os povos originários continuam a pulsar em cada estampa de nosso ser gaúcho.

Nos confins destes campos, para além dos grupos indígenas já citados, ergueram-se os Jês e Minuanos. Mesmo ante a perseguição e embates com Jesuítas, lusitanos, espanhóis e bandeirantes, seus costumes enraizaram-se nas vastidões da pampa.

Os Charruas, senhores da caça, da coleta e da pesca, legaram-nos o manejo dos animais, conhecida como lida campeira e a destreza sobre o lombo do cavalo, o qual se fazia imprescindível no transporte. Das mãos destemidas destes guerreiros, as boleadeiras, artefato rudimentar usado para capturar o gado que eram lança em um espetáculo de perícia ancestral. E como é sabido, o churrasco, sagrado ritual após a caçada nas pradarias pampeanas, tornou-se testemunho vivo do legado charrua, onde o fogo de chão abrasava as carnes para o banquete dos valentes. Os Minuanos, irmãos de tradição, compartilhavam costumes similares aos Charruas, pois eram tidos como parte do mesmo grupo, os Pampianos.

Já os Guaranis, conhecidos também como tapes, arachane e carijó, formavam o contingente mais numeroso da região. Coletores habilidosos de moluscos, frutos erva-mate e raízes, cultivavam sobretudo o milho e a mandioca, mas também cultivavam feijão, abóbora, batata, fumo e algodão.

Neste mosaico étnico, suas contribuições ecoam não apenas nas colheitas, mas também nas expressões usadas no Rio Grande do Sul. Inclusive a expressão TCHÊ, que uma das versões diz ser originária do dialeto falado pelos índios guaranis, ecoa nas falas, trazendo consigo o eco ancestral de um povo orgulhoso. Tchê se origina de “che” significa eu, meu, ei. E era empregada no início de frases, como em: che coronel, che Juan, che Guevara, che capitán, etc. “Che coronel”, no espanhol, era o mesmo que dizer “mi coronel”.
Outras palavras, como "chasque", de origem quíchua, ou "xucro" inclusive está em nosso nome, de origem quíchua, "guri" de origem tupi e o nosso "mate" que é de origem quíchua também.

Afeitos à terra, à natureza e aos bichos, como outrora os ancestrais, os gaúchos forjam seus laços em roda de chimarrão e nas cavalgadas pelos campos. Da cultura indígena, herdam não só o amargo sabor do mate, mas também a cuca, o consumo do pinhão, a arte de se reunir em torno do fogo e a técnica de cozinhar sobre a folha da bananeira.

Jamais se pode ignorar a presença indígena quando se fala da essência gaúcha. Emaranhadas estão suas histórias, entrelaçados seus destinos. Assim, é nosso dever honrar e respeitar aqueles que forjaram os alicerces de nossa identidade, seja o espanhol, o indígena ou o africano.

Fonte: o texto é uma interpretação pessoal de vários textos na internet de instituições sérias com embasamento histórico


Confira os episódios anteriores:

Capítulo 1Capítulo 2

domingo, 15 de julho de 2018

Vencedores dos festivais de Junho

Buenas gauchada entreverada deste xucrismo virtual, atrasadito segue a relação dos vencedores dos festivais de junho, que por sinal foi bem tranquilo.

Lembramos que fizemos nossa consulta no Blog Ronda dos Festivais e se quiser saber notícias mais
aprofundadas, clique no link e confira:

7º Manancial Missioneiro - Bossoroca/RS

Ocorrido nos dias 28, 29 e 30 de junho, teve os seguintes vencedores.

1º Lugar: DE ROSAS, MARIAS E ANITAS
Gênero: Chacarera
Letra: Kauanny Klein
Melodia: Kauanny Klein
Interpretação: Kauanny Klein

2º Lugar: QUANDO O FRIO DA ALMA RESFRIA A GENTE
Gênero: Canção
Letra: João Antunes
Melodia: André Canterle
Interpretação: André Canterle


3º Lugar: O INTERIOR QUE HÁ EM MIM
Gênero: Milonga
Letra: Luis Rosado
Melodia: Leonardo Charrua
Interpretação: Leonardo Charrua

Destaque Intérprete: André Canterle - uando o Frio da Alma Resfria a Gente

Destaques Instrumentista: Letusa Moraes (Gaita Botoneira) – De Rosas, Marias e Anitas

Destaque Letrista/Poeta: Kauanny Klein - De Rosa Marias e Anitas

Mais Popular: De Rosas, Marias e Anitas
Letra: Kauanny Klein
Melodia: Kauanny Klein
Interpretação: Kauanny Klein

33º Carijo da Canção Gaúcha - Palmeira das Missões/RS

Um dos mais importantes festivais do Rio Grande do Sul, realizado nos dias 31/05 a 03/06 com os seguintes vencedores:

1º Lugar: O PRIMEIRO E O ÚLTIMO MATELetra: Rodrigo Bauer
Melodia: Vantuir Cáceres
Interpretação: Nilton Ferreira

2º Lugar: A VIDA EM PRETO E BRANCO
Letra: Tulio Souza
Melodia: Arison Martins
Interpretação: Arison Martins, Emerson Martins, Jean Kirchoff e Lu Schiavo

3º Lugar: O NOSSO LEGADO
Letra: Marcelo Paz Carvalho/Zé Renato Daudt
Melodia: Marcelinho Carvalho
Interpretação: Juliano Moreno

Melhor Intérprete: MIGUEL MARQUES - E Pensavas Tu (Rômulo Chaves/Régis Reis/Jean Kirchoff)

Melhor Instrumentista: GUSTAVO BRODINHO - Contrabaixo - Renascendo a Cada Dia

Melhor Arranjo Instrumental: O NOSSO LEGADO

Melhor Arranjo Vocal: A VIDA EM PRETO E BRANCO

Melhor Trabalho Poético (Letra): O PRIMEIRO E O ÚLTIMO MATE - Rodrigo Bauer

Melhor Tema Palmeira das Missões: BATALHA DA RAMADA
Autores: Claudio Reinke/Eduardo Maycá
Interpretação: Eduardo Maycá

Melhor Tema Ecológico: FORTUNA
Autores: Paulo Ozório Lemes/Robson Garcia
Interpretação: Robson Garcia

Melhor Tema Erva-Mate: NA SAFRA DA ERVA
Autores: Paulo Vicente/Fabiano Cestari
Interpretação: Fabiano Cestari

Mais Popular: VANEIRITA
Autores: Rafael Ferreira/Maicon Oliveira
Interpretação: Daniel Silva

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Prêmio Destaque dos Festivais do Blog Ronda dos Festivais

No dia 29 de março, ocorreu a entrega dos troféus aos Destaques dos Festivais 2017. Iniciativa, realizada há 17 anos pelo comunicador e administrador do site Ronda dos Festivais, Jairo Reis, onde, concede o prêmio, aos que se destacam a cada ano nos palcos dos festivais de música nativista e de poesia regional gaúcha.

Lembramos aos amigos que o blog Ronda dos Festivais é a base de nossa consulta para a cada final de mês colocarmos aqui o resumo dos vencedores dos festivais do Rio Grande do Sul, por isso é com grande satisfação que divulgamos aqui os vencedores desta nobre iniciativa.

A premiação teve na comissão avaliadora, grandes nomes dos meios radiofônico, nativista e regional gaúcho, Giovani Grizotti, Ibaldo Pedra, Jaime Ribeiro, Léo Ribeiro, Loresoni Barbosa e Odilon Ramos. 

Confira os vencedores:
Poeta com Mais Primeiros Lugares: Carlos Omar Villela Gomes

Melhor Declamadora: Liliana Cardoso

Melhor Declamador: Érico Padilha

Melhor Amadrinhador: Douglas Mendes

Declamador com Mais Premiações:Neiton Peruffo

Poeta com Mais Premiações:Carlos Omar Villela Gomes

Poesia do Ano: “O Lobo”, de Rodrigo Bauer.

Autor Com Mais Vitórias: André Teixeira

Melhor Intérprete Masculino: Lincon Ramos

Melhor Intérprete Feminina: Maria Helena Anversa

Melhor Instrumentista: Marcelinho Carvalho

Melhor Letrista: Rodrigo Bauer

Melhor Melodista: Juliano Gomes

Intérprete Com Mais Primeiros Lugares: Ita Cunha

Autor Com Mais Premiações: André Teixeira

Música do Ano: 
O Silêncio e a Campereada, de autoria de Sérgio Carvalho Pereira, André Teixeira e Ricardo Comasseto, interpretada por Luiz Marenco, na 25ª Sapecada da Canção Nativa, da cidade de Lages/SC: 

Fonte: http://rondadosfestivais.blogspot.com.br/

domingo, 25 de março de 2018

Melhores do Ano em 2017

Buenas gauchada, essa semana aconteceu um baile beneficiente no CTG Amigos da Tradição, de Santa Maria do Herval, em benefício da nova pediatria do Hospital São José, de Dois Irmãos, com os escolhidos como melhores do ano. Prêmio este concedido através de uma votação no Portal G1/rs e pelo Blog Repórter Farroupilha do Giovani Grizotti, repórter investigativo e ferrenho defensor de nossa cultura.

Conforme informado no blog Repórter Farroupilha, o baile iniciou com uma trova de Tetê Carvalho e Volnei Corrêa, e contou com a apresentação de Renato Borguetti e sua Fábrica de Gaiteiros, que fez parte do show Ópera Gaúcha, escolhido o melhor de 2017. Ainda Thomas Machado (melhor clipe), João Luiz Corrêa & Grupo Campeirismo (melhor grupo de 2017) e Os Mateadores (intérprete da melhor música do ano passado, composta por Diego Machado, Nilton Ferreira e Mário Amaral).

Confira abaixo os vencedores:

Melhor música: Flor Baguala, de Nilton Ferreira, Jairo Veloso, Mario Amaral e Diego Machado
Intérprete: Os Mateadores

Melhor música de festival: Lua linda, lua clara, de Márcio Nunes Corrêa
Intérprete: Joca Martins

Melhor cantor: Jean Kirchoff

Melhor cantora: Analise Severo

Melhor grupo de baile: João Luiz Corrêa e Grupo Campeirismo

Melhor gaiteiro/ instrumentista: Ricardo Comasseto

Melhor compositor: André Teixeira

Melhor clipe: Céu, sol, sul, Thomas Machado e Gaúcho da Fronteira.

Melhor CD: Meu tempo, meu canto, Quarteto Coração de Potro,

Melhor DVD: Desgarrados – Chico Saratt e Mário Barbara

Melhor projeto/ show: Ópera gaúcha (com Elton Saldanha, Joca Martins, Renato Borguetti, Luiz Marenco e outros)

Revelação: Giovanna Vedovi

Fonte: Blog Repórter Farroupilha

domingo, 5 de novembro de 2017

Momento da Poesia Gaúcha - Chimarrão

Buenas entreverados deste pago virtual, hoje na nossa seção de poesia do blog, trago uma poesia marcante para mim e para muito talvez, pois, esta poesia de Glaucus Saraiva vem desde muito tempo estampada em térmicas de muitos mates do rincão e muitas vezes como tema de fundo em propagandas de erva mate, e isso marcou a minha infância e hoje neste domingão de começo de novembro o blog traz a todos a poesia Chimarrão de Glaucus Saraiva.


Chimarrão

Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.

Trazes à minha lembrança, 
Neste teu sabor selvagem, 
A mística beberagem, 
Do feiticeiro charrua, 
E o perfil da lança nua, 
Encravada na coxilha,
Apontando firme a trilha, 
Por onde rolou a história, 
Empoeirada de glórias, 
De tradição farroupilha.

Em teus últimos arrancos, 
Ao ronco do teu findar, 
Ouço um potro a corcovear, 
Na imensidão deste pampa, 
E em minha mente se estampa, 
Reboando nos confins , 
A voz febril dos clarins, 
Repinicando: "Avançar"!
E então eu fico a pensar, 
Apertando o lábio, assim, 
Que o amargo está no fim, 
E a seiva forte que eu sinto, 
É o sangue de trinta e cinco, 
Que volta verde pra mim.

Glaucus Saraiva

Veja outras em:

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Momento da Poesia Gaúcha - Tradição

Buenas gauchada, mais uma da série Momento da Poesia Gaúcha, agora outra autoral que, quem sabe um dia saia em livro, mas, por enquanto vamos publicando aqui no xucrismo da internet.

Confiram e avaliem:

TRADIÇÃO

Nasci neste solo gaúcho
E tenho orgulho desta estampa
Guapo, criado no pampa
Conservador das tradições
Passando às futuras gerações
Deste Rio Grande crioulo
Guardando este tesouro
Dentro de nossos corações.

Este tesouro de tradição
Tem a alma caudilha
Desde a época farroupilha
Fincada na pampa sulina
Ergueu e defendeu sua sina
De mostrar ao mundo nossa cultura
Esbravejando a nossa bravura
Contra esta gente “malina”.

A tradição é uma chama
Que nunca vai se apagar
E a tendência é aumentar
Pois, sempre haverá um gaúcho
Que não precisa de luxo
Pra conservar os costumes
Fazendo com que se difunde
O grito do povo gaúcho.

Tradição é a nossa identidade
O churrasco e o chimarrão
No campo a lida com a criação
A arte do gaúcho campeiro
Devoto do negro do pastoreio.
Também é a festa da gauchada
A piazada na invernada
E os sonhos do velho tropeiro

Tradição é cantar nosso hino
Respeitar o pavilhão tricolor
Defender o Rio Grande com fervor
Como se fosse um soldado farrapo
Que defendeu lá no passado
Deu o sangue por sua querência
Fincando na memória sua existência
Para hoje com orgulho ser lembrado

Tradição é o nosso canto
Do puro tradicionalismo
Cantando nosso regionalismo
E o orgulho do nosso chão
São as memórias que trago no coração
Que agora passo pro piazito
Que sendo ou não sendo bonito
É o canto da gente deste torrão

Tradição é o próprio torrão sulino
No garrão desta querência
Também da prendinha a essência
Do amor por esta terra
O guri, um pequeno qüera
Que usa bota e bombacha
Às vezes até acho graça
Pois, me vejo bem como eu era

Tradição é tudo isso
E até mais um pouco
Pode me chamar de louco
Por amar tanto um pedaço de terra
E se for preciso faço guerra
Para este sentimento não acabar
E a nossa tradição continuar.
A se perpetuar na nossa terra.

Por: Rodrigo Silva

Confira mais poesias em:

sábado, 14 de janeiro de 2017

E abriu cancha para 2017

Buenas gauchada amiga destes pagos pampeanos, e se veio 2017, sabendo que os tempos são difíceis hoje em dia, e que 2016 foi um ano pesado, entramos 2017 com ares esperançosos e na certeza que iniciamos mais um ciclo de peleia em defesa de nossa cultura, vamos lutar para que 2017 venha nos encher de sabedoria para lidar com as dificuldades que certamente nos atropelaram como um touro xucro encurralado na mangueira.

Y como nós do Blog Entrevero Xucro estamos aqui neste xucrismo da internet visando exclusivamente defender e difundir nossa cultura gaúcha na essência que vem se perdendo com o passar dos anos, vamos seguir sempre tocando a mesma tecla, de que não devemos nos afrouxar para culturas externas, devemos sim respeitar as que devem ser respeitadas, como cada povo tem a sua cultura e a defende como nós eles merecem todo o nosso respeito.

O que não podemos permitir são culturas invasoras que desvirtuam jovens e crianças, fazendo com que se afastem do que é saudável e moral, não me atento somente a cultura gaúcha, pois, certamente a cultura do norte e nordeste deve estar sofrendo da mesma forma que a nossa.

Com tudo isso estamos entrando neste ano de 2017 como um sentinela caudilho em prontidão para defender nossa cultura pampeana e passar a mensagem que devemos separar o que é cultura gaúcha original do nosso pampa, aquela que é herança platina de nossos hermanos e não se achicar para culturas que querer impor como originais do gaúcho, vamos nos proteger também contra os estrangeirismos que tomam conta das mídias e que tentam se perpetuar em nossos lares fazendo com que nossos filhos se tornem refém desse tipo de coisa.

Sei que há outras coisas que adentram em nossas residencia e nas escolas, mas, esses estilos musicais que propagam baixaria e falta de respeito eu prefiro nem citar por aqui.

Gaúchos, gaúchas, demais simpatizantes dos nossos costumes regionais, vamos tomar pra si a cultura regional do nosso pampa, vamos nos irmanar com os povos de mesmo ideal, já que há culturas gaúchas no Chile, Uruguay e Argentina. Vamos defender e propagar a todos os povos que nossa cultura ainda está viva e que seus povos ainda preservam e muito bem ela.

Que todos os leitores entrem 2017 amadrinhados pela proteção divina do patrão maior da querência dos céus, e que seja um baita 2017.

Este é um desejo de todos do BLOG ENTREVERO XUCRO

domingo, 20 de novembro de 2016

Grelhas Castelhanas - Conhecendo um pouco a cultura do Pampa

Buenas gauchada amiga, como todos devem saber, sou um atuante defensor da cultura do pampa sul americano e prezo a preservação e integração da nossa cultura Riograndense com a argentina e uruguaya. (conheça um pouco do pampa).
Hoje vamos charlar um pouquito das grelhas uruguayas e argentinas onde são feitas as parrillas, um típico churrasco de nossos hermanos de cultura y como sou um apreciador de churrasco trago esse instrumento imprescindível para uma boa parrilla.

A grelha nada mais é que dois espetos em paralelo distante uma certa distancia e unidos por ferros, onde em seu interior há outros ferros em paralelo, que podem ser cantoneiras para segurar o suco e o tempero da carne. A mais simples é essa, que já serve para fazer um assado uruguayo de primeira.

Imagem da internet
Há também as mais elaboradas que exigem um pouco mais de investimento, pois são mais sofisticadas e já contam com um sistema de ajuste de altura, pois, para facilitar a lida do assado, elas ficam inclinadas, além do mais, existem modelos que trazem o compartimento para fazer o fogo, e posteriormente o arraste da brasa, pois, a parrilla é feita em brasa, mas, isso é assunto para outro reponte da internet.
Confira o modelo que engloba os mais sofisticados
Imagem da internet
Leia aqui também um pouco sobre o Gaúcho Uruguayo, uma visão do gaúcho pela ótica do povo uruguayo.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Resultado Expocanto, Canto dos Ervais e Canto Galponeiro

Confira os vencedores dos festivais de Palmeira das Missões, Passo Fundo, onde o de Passo Fundo foi sua primeira edição.

8º EXPOCANTO - Arroio Grande

Ocorrido de 28/10 a 30/10, e o resultado, ainda incompleto, é o seguinte:

1° LUGAR: VIEJITO
Letra: Evair Gomez
Melodia: Juliano Gomes
Interpretação: André Teixeira

2° LUGAR: CLARA
Letra: Felipe Bacchieri/Fabiano Bacchieri/Helvio Casalinho
Melodia: Marcio Corrêa
Interpretação: Fabiano Bacchieri

3° LUGAR: YAGUARETÉ
Letra: Guilherme Collares
Melodia: Edilberto Bérgamo
Interpretação: Edilberto Bérgamo

MELHOR TEMA CAMPEIRO: TARDEZINHA
Letra: Francisco Brasil
Melodia: Kiko Goulart
Interpretação: Kiko Goulart

MAIS POPULAR: LIDA DE BAILE
Letra: Anibal Silveira
Melodia: Anibal Silveira
Interpretação: Gregory Santos


MELHOR LETRA: Serei eu
MELHOR ARRANJO: Yaguareté
MELHOR INTÉRPRETE: EDILBERTO BÉRGAMO - Yaguareté
MELHOR INSTRUMENTISTA: Pedro Terra - Contrabaixo - Viejito
MELHOR POESIA: SEREI EU - Adriano Alves
MELHOR MELODIA: VIEJITO - Juliano Gomes


13º CANTO DOS ERVAIS - Palmeira das Missões

Festival de intérpretes infanto-juvenis, aconteceu no dia 15 de outubro, no CTG Sinuelo da Querência.
Categoria Mirim:

1° Lugar: Anna Laura Cornel
Música: O Muro

2° Lugar: Luís Arthur Souza
Música: O Espelho

3° Lugar: Murilo Vargas
Música: Veterano

Revelação: Giovanna Barbieri
Música: Vira Virou

Melhor Instrumentista: Cássio Castilhos
Instrumento: Violão

Categoria Juvenil:
1° Lugar: Nicole Carrion
Música: Grão Após Grão

2° Lugar: Kristopher Pires
Música: A Morena e o Rio

3° Lugar: Giovanna Cavalheiro
Música: O Arco e a Flecha

Revelação: Gabriel Fortes
Música: Quando o Céu Chora Saudade
Melhor Instrumentista: Eduardo Morlin
Instrumento: Violino

1º CANTO GALPONEIRO - Passo Fundo

No domingo, 09/10, aconteceu 1º Canto Galponeiro, festival que recoloca a cidade de Passo Fundo no cenário dos festivais nativistas do Rio Grande do Sul.

1° Lugar: Galponeiro
Ritmo: Chamarra
Letra: Érlon Péricles
Melodia: Érlon Péricles/Guilherme Castilhos
Interpretação: Ita Cunha

2° Lugar: A Gaitinha Botoneira
Ritmo: Vaneira
Letra: Adams Cezar
Melodia: Adams Cezar
Interpretação: Adams Cezar

3° Lugar: Pra Quem Não Escolhe Serviço
Ritmo: Chamarra
Letra: Rômulo Chaves
Melodia: Nilton Ferreira
Interpretação: Nilton Ferreira

Mais Popular: Carreiradas
Ritmo: Vaneira
Letra: José Florenal da Silva
Melodia: José Florenal da Silva
Interpretação: Clóvis Mendes e José Florenal da Silva

Melhor Intérprete: Ita Cunha - Galponeiro

Melhor Gaiteiro: Ricardo Comasseto - Orgulho de um Peão Campeiro

Melhor Instrumentista: Guilherme Castilhos - Violão – Galponeiro

Melhor Letra: Seu Outono, Quase Inverno - Leonardo Quadros

Fonte: Ronda dos Festivais

domingo, 9 de outubro de 2016

Hoje a pauta é Separatismo

Buenas gauchada, hoje o assunto é separatismo, esta pauta esteve presente no dia 1° de outubro com o Plebiscito do Movimento o Sul é o meu País, eu sou a favor de separa os estados, mas é minha opinião, e mesmo que vejo alguns compatriotas Riograndenses contra, eu sou a favor do Sul, e depois desmembrar os 3 estados, e que isso se estendesse ao restante das regiões.

Como apoiador dessas causas, transcrevo textos bem elaborados visto em páginas na internet (facebook) com o qual vale a pena refletir.

O primeiro foi uma indicação do Amigo Marco Chaves, o segundo da página Movimento República de Santa Catarina, o terceiro da página Independentismo Gaúcho e o quarto no link abaixo:


1° texto - Fala um pouco da nossa cultura não ser igual:

A cultura do poder aquisitivo, que torna viável a ficção que o homem é obrigado a viver, é que efetivamente dá as regras.
A verdadeira cultura que desenvolvíamos como parte integrante do viver da vida, agora nos é escolhida.
Perdemos a espontaneidade e seguimos o pré-estabelecido para socialmente sermos aceitos. Como explicar o sertanejo em centros urbanos muito distantes dos rurais?
O Velho Rio Grande não é exceção. A urbanização e a globalização trocaram o canto do gaúcho. Culturalmente globalizadas, as crianças daqui pulam fogueira. Conduzidas por educandários, que, por interesses ou total ignorância, esqueceram de como o homem se forma e cria raízes, podendo ser identificado geograficamente. Não apenas as escolas cultuam erroneamente assim como os empresários, que como com as crianças nas escolas, impõe condições de ridicularizar a sua mão de obra, os forçando a vestirem-se de perfeitos idiotas, em todas as épocas em que o apelo comercial supera, o respeito e o conhecimento de onde viemos.
Não sabem as autoridades que a cultura brota dos sentidos, das necessidades e sentimentos, quando se faz parte de um mundo isento de ideologia.
No meu Velho Rio Grande as culturas alienígenas encontraram terreno fértil, com características singulares o autêntico Gaúcho é um ser em extinção. Dominado pelo poder econômico e por uma imprensa vil, subjetiva e subalterna, transforma e subjuga essa espécie de homem, com a limitação de seus horizontes e do seu modo de vida.
Montado no sentimento de saudade, parafraseando meu amigo Eron Vaz Mattos, ainda , De Rédeas na Mão , eu e Afonso Celso Medeiros Leal Leal, em respeito aos ouvintes do Clube Rural, um ano após o seu encerramento, depois de 16 anos nas madrugadas da Frontera escrevemos a quatro mãos este texto, e anexamos a reportagem realizada pelo amigo Mariano Augusto com o saudoso Don Átila Sá Siqueira, falando sobre temas que de uma forma ou outra reponta o que vivemos de caos cultural e de falta do efetivo reconhecimento de quem somos,evidentemente com a devida liberação do arquivo de áudio da Rádio Difusora de Bagé a qual agradecemos ao amigo João Vicente Gallo.
Não deveríamos conhecer o Mickey antes das ruinas de São Miguel.
Não confundam "união de pessoas" com "união de Estados". Unir as pessoas é um conceito que não tem nada a ver com fazer parte da mesma unidade administrativa. Um exemplo é o nosso verão catarinense. Quando recebemos argentinos, uruguayos e paraguayos na temporada, já estamos vivendo em uma comunidade unida de pessoas. O fato de possuirmos, cada um, suas próprias leis e suas repectivas unidades administrativas não significa que somos desunidos, significa que nos respeitamos nas nossas diferenças, e sabemos que culturas diferentes precisam de administrações e legislações diferentes.

2° Texto

O Brasil é uma insanidade. São 200 milhões de pessoas espalhadas por um território equivalente a toda Europa ocidental, Europa oriental, e um pouco do oriente médio, tentando admistrar, com as mesmas leis e o mesmo governo, regiões com diferenças socio-econômicas e culturais gigantescas. Isso nada mais é do que uma insanidade mental, fruto da repressão autoritária do poder central que assassinou os milhares de separatistas do século 19 e 20 que apenas lutavam por um governo menor, que expressasse melhor o estilo de vida e as necessidades daquela região. Quando você se posiciona a favor da União e contra os movimentos separatistas, você está convalidando os crimes cometidos pelo Estado brasileiro no passado.

Existem pessoas que dizem que quanto mais secessão, mais Estado temos, pois são mais unidades administrativas. Pare um pouco pra pensar e você perceberá o nível de insanidade dessa frase. É a mesma coisa que dizer que se a gente pegar uma toalha e dividir por 4, teremos mais toalha. A quantidade de toalha continua a mesma, a diferença é que 4 pessoas diferentes poderão usá-la ao mesmo tempo, um pedaço menor, claro, ao invés de ficarem todos os 4 degladiando sobre quem que vai ter a posse da toalha. Se nesse exato momento extinguíssemos a União e o Congresso Nacional, e transformássemos os governadores dos estados em presidentes e as Assembleias Legislativas em congressos nacionais, poderíamos dizer que há mais Estado? Isso não tem o mínimo de sentido. Faz muito mais sentido dizer que, agora, regiões com características sócio-econômicas e culturais completamente diferentes poderão tomar suas próprias decisões, e poderão governar com mais Estado ou menos Estado, a depender das suas respectivas necessidades.

Cuidado com a falsa lógica dos defensores da União. Eles estão tentando te enrolar, pois o objetivo deles é chegar até algum órgão da União e viver às custas do seu dinheiro. Regiões com culturas e características sócio-econômicas diferentes precisam de administrações e legislações diferentes. Defenda a independência do seu estado!

3° Texto

Sempre houve uma preocupação por parte do governo central em garantir o Rio Grande como brasileiro, excluindo-se todas as conexões culturais possíveis com a região platina (de onde provém nossa cultura).
Até hoje, é possível dizer que a maioria dos gaúchos acredita piamente que "gaúcho" é quem nasce no RS, e que a cultura gaúcha é só uma parte meio estranha da cultura brasileira.
Muitos ainda, acreditam na propaganda do MTG e seus CTG's, a qual prega que o estereótipo gaúcho surgiu com os generais e homens de guerra, conquistadores do território rio-grandense em nome da Coroa Portuguesa.
Poucos intelectuais rio-grandenses pararam para estudar a cultura do peão humilde, dos gaúchos primitivos, mescla bem sul-americana de povos ibéricos com nativos do Novo Mundo. Aquele mestiço original, oprimido em recrutamentos forçados pelas duas potências europeias interessadas em garantir acesso ao estuário do Prata.
Isso, a "historiografia oficial" não conta, porque os livros de História costumam mostrar somente o lado do vencedor. No nosso caso, a cultura do rico estancieiro, do oficial militar, agraciados pela Corte, e não a do povo rio-grandense. Por outro paradigma, a cultura regional do ponto de vista do Império Brasileiro, em detrimento da visão cultural do povo da própria República Rio-Grandense.
Daí, não é de admirar que uma pesquisa genética que demonstre a ancestralidade dominante nos gaúchos cause tanta estranheza. Pois a maioria dos gaúchos, diferentemente de todos os estados brasileiros, descende predominantemente de espanhóis por linha paterna, e de indígenas charruanas por linha materna. Isso mesmo! E temos orgulho disso! É o achismo da antropologia brasileira sendo desvelado como ideologizado pela própria ciência!
Somos doutrinados desde crianças, a crer que os gaúchos são o resultado de infindáveis guerras contra os castelhanos, sendo portanto, portugueses. A lavagem cerebral "anti-castelhana" é tamanha, que não raras opiniões em cidades da nossa fronteira consideram o uruguaio ou argentino algo como uma "raça" inferior. Depois de tanto tempo, não será fácil mudar isso.
Mas, para a suprema infelicidade desses exploradores, nem assim as profundas raízes separatistas morreram por aqui. Resgataremos nossa história esquecida! Não cairemos mais no embuste da mídia sudestina, que opõe brasileiros a argentinos em uma tentativa de lucrar no esporte, mas que acaba por nos alijar ainda mais de nossas raízes. Uruguaios e argentinos são nossos irmãos culturais. A cultura deles e a nossa se desenvolveram mais ou menos de forma independente, desde o fechamento definitivo das fronteiras - mas, ainda assim, temos mais semelhanças do que diferenças.
Resgatemos, outrossim, a história de nossos nativos esquecidos. O charrúa, o munuano, o guenoa, o guarani. Somos menos distantes deles do que pode parecer.

O independentismo é o único caminho.

sábado, 10 de setembro de 2016

Uma breve charla - Vida e Morte da nossa cultura

Uma destas semanas que passou, fazendo o reponte diário no facebook me deparei com uma postagem que me entristeceu, o cantor nativista Ita Cunha coloca uma explanação sobre um programa de música gaúcha que encerra suas atividades, e o "motivo"? A rádio alega que as músicas solicitadas pela audiência não tem apelo comercial, pois, são nativistas e meio paradas. Pra mim isso é um absurdo, pois, hoje em dia vivemos em uma batalha constante pela preservação dos costumes do RS.
E quanto ao apelo comercial, vejo os eventos nativistas que vou, há uma grande presença do público, sendo este público pilchado ou não. Isso significa que, mesmo que a pessoa não tenha o costume do uso do nosso traje tipico, ela não abre mão do seu chimarrão e de escutar um buena música nativista, sendo ela falando de campo ou de sua prenda.
Acrescento mais ainda, como experiência própria, o público desse gênero, além, de apreciador é grande consumidor de nativismo, tanto a literatura, quando a mídia musical.
Baseado nisso, vejo novamente um certo preconceito pelo nossa música da terra, pois, estamos sendo invadidos pelo "estrangeirismo" e vendo nossos jovem consumirem uma pseudo cultura do Brasil e de outros países do exterior, e a música nativista não é mais moda, é um fato consolidado, que faz parte de uma cultura que tem seu berço na região do prata, tanto uruguayo, quanto argentino.
Hoje, precisamos unir forças contra as agressões culturais que nos agridem diariamente e tentam sorrateiramente desviar nossos jovem.
Cultura não é para ser regrada e sim preservada, e o culto aos nossos costumes começou na década de cinquenta como todos sabem, porém, nos últimos anos ela vem sendo um pouco deturpada e a maioria somente lembra das tradições gaúchas setembro e isso é grave.
Além desse exemplo que o Ita Cunha citou, aqui na região serrana também já aconteceu um fato parecido, onde a rádio Oi FM de Bento Gonçalves deixou de apresentar o programa tradicionalistas das 17hs e como ouvinte reclamei, a resposta foi que faz parte da mudança na rádio.
Então meus amigos, não seja gaúcho apenas em setembro, prestigiem os músicos da nossa terra, nosso estado, de nossa região. Compre o trabalho dos músicos daqui, vamos valorizar nossa cultura e nossos costumes.
A tradição do pampa, a tradição gaúcha, a verdadeira tradição,  está morrendo e quem está tentando salvá -la está só, que são os cantores e músicos que sobem num palco defendendo a tradição Nativa, a milonga, o chamamé. Há 5 anos venho mantendo este meio de comunicação e me empenhando em divulgar nossa cultura, respeitando as demais. Não trago muitas noticias devido a correria do dia dia, mas, tento de todas as formas levar um pouquito do Rio Grande para os demais rincões, tento mostrar que a cultura e os costumes do nosso Rio Grande não é somente a bombacha e a exaltação à revolução farroupilha, é um conjunto de culturas que se somaram no tropear de séculos, os anos e anos atras os espanhóis, os portugueses, os índios e os castelhanos agregaram suas peculiaridades e se formou o GAÚCHO, o gaúcho do pampa, o Riograndense, o Uruguayo e o Argentino. Sim, estamos irmanados com os castelhanos, lá o gaúcho é respeitado mais que aqui, onde nos intitulamos gaúcho.
Precisamos rever nossa maneira de ser gaúcho para que a nossa cultura não morra, para que nossos netos no futuro nem saibam o porque eles tomam chimarrão, para que não digam: - eu tomo porque meu avô tomava.
Gaúcho e gaúchas, nascidos ou não no Rio Grande, vamos exaltar nos tradições sem menosprezar a dos outros, vamos ser gaúcho sem desrespeitar os que não são e aos que acham nosso gauchismo uma borragem, vamos mostrar o lado bom de ser gaúcho e acima de tudo mostrar o porque somos assim, de onde saiu esse nosso "jeito bem bagual", para que possamos ser compreendidos e respeitados por todos, e quem sabe aquele que não é gaúcho queira ser, aquele que era porque achava que estava na moda, seja porque acredita e respeita sua cultura e aquele que já acreditava e defendia sinta-se realizado e motivado para não deixar a nosso cultura morrer.

sábado, 13 de agosto de 2016

Momento da Poesia Gaúcha - Romance do Injustiçado



Hoje o blog traz a poesia de Aparício Silva Rillo, um dos mestres gaúchos da poesia.

Romance do Injustiçado 

Como talhado em pau-ferro, 
o carão de traços duros,
o bigodão mal cuidado
desabando sobre os lábios;
par de asas mui cansadas
de um avejão de cor negra.
Melena de muitos meses,
sobrando por sobre a gola
e o colorado de um lenço,
sangrando em riba do peito.

A bombacha de dois panos,
remangada sobre a bota. 
Os cravos da espora grande
mordendo a franja do pala,
bem atirado pra trás.
No fivelão da guaiaca,
luzindo em campo de prata,
o louro das iniciais.

Sobrando da faixa negra
que lhe abarcava a cintura,
o cabo entalhado em chifre 
da xerenga de dois palmos.
Um relho, trança de oito,
vinha arrastando a açoiteira
dependurado no pulso
pelo tento do fiel.

Pela rédea, o azulego, 
se via que flor de flete
malgrado a estampa judiada 
de pingo que muito andou.
Foi assim que há muitos anos 
bateu nas casas da estância
o celebrado bandido
chamado “Estácio Arijo”.

Bandido para a justiça,
por seu respeito se explique,
que as razões de um índio macho 
nem sempre são bem aceitas 
pelos códigos e leis.

Bandido por ter sangrado,
igual de raiva e de armas
a um cujo que desonrara 
a mais moça das irmãs.

Bandido, porque apertado 
entre as brigadas e a enchente, 
já não podendo escapar 
por debaixo da fumaça, 
matou um dos quatro praças 
que lo quiseram carnear.

Bandido, porque seguido 
por milicadas sequiosas 
de uma vingança total, 
fugiu da estrada real 
para o mais fundo dos matos,
carneando chibos alheios 
para o churrasco sem sal.

Bandido, porque enleado 
na rudez da ignorância, 
fez da fuga e da distância 
seu modo de mal viver; 
porque quis a sina ingrata, 
que nunca tivesse plata 
para pagar um bacharel.

Bandido, porque não teve, 
a exemplo de tanta gente, 
cancha livre, costas quentes, 
à sombra de um coronel.

E assim viveu como bicho, 
pelos fundões das fazendas, 
a carregar a legenda 
de perigoso e assassino, 
ximbo, bagual, teatino, 
com fama de touro alçado, 
tragando o duro guisado 
que lhe picava o destino.

N’algum bolicho de estrada 
boleava a perna cestroso,
pelos domingos de tarde.
Para um cantil de cachaça, 
meio quilo de bolacha 
mais um punhado de sal.

Olhava de olhos compridos 
para o mais das prateleiras, 
pra um bom fumo amarelinho, 
pros maços de palha buena, 
para a erva de palmeira, 
num saco sobre o balcão.
Mas vinha curto seu cobre, 
mal e mal traz precisão; 
o bolicheiro era pobre, 
e ele não era ladrão.

E a polícia no seu rastro, 
malgrado o tempo passado, 
perseguido e acuado 
por plainos e socavões, 
sempre mudando de pouso 
pra confundir os milicos, 
que em manhas sim, era rico, 
por evidentes razões.

Cansou-se um dia, afinal, 
daquela vida de bicho, 
daquele estranho cambicho 
com as más volteadas da sorte,
de não ter rumo nem norte, 
não ter descanso ou sossego. 

E assim bateu cá na estância, 
naquele entono de taita 
que manda parar a gaita 
por ter cansado do baile. 
E ao patrão, velho Boerana, 
pediu Estácio Arijo 
que mandasse algum chirú
levar ao povo um recado:
que viesse o delegado, 
que ele afinal resolvera: 
ele, o bandido; ele, o maula, 
trocar o largo dos campos
pelo encolhido das jaulas.

Nas suas noites de insônia, 
entre um pelego e as estrelas, 
conseguira convencer-se 
que, sendo justa, a justiça 
lhe entenderia as razões 
e lhe daria, a lo muito,
poucos anos de condena 
ou mesmo absolvição.

Foi então, que a meia tarde,
num fordecão atochado, 
deu na estância o delegado 
com quatro praças por quebra 
para formar o sarilho: 
quatro fuzis embalados, 
quatro dedos no gatilho.

Então ... Estácio Arijo
tomou seu último mate, 
no mesmo entono de guapo
que era seu jeito de sempre,
arrastou a espora grande 
na direção dos milicos.

- Nem mais um passo! 
gritou-lhe num gritinho de falsete, 
o delegado, um joguete 
nas mãos do chefe local.
- Levante as mãos! 
- Largue as armas! 
- Esteje preso, seu bandido, 
seu metedor de pendenga!

E o Arijo, decidido 
a entregar-se sem briga,
levou a mão à barriga 
para descartar a xerenga.

- Cuidado! Berrou um praça.
Tremeram cinco covardes; 
e na calma desta tarde 
berraram quatro fuzis, 
quatro sóis de fumo e sangue 
se lhe acenderam no peito.

Foi desabando aos pouquitos 
de frente para os milicos, 
no jeito de um velho angico 
caído junto às macegas 
que lhe envejavam o entono.

E já quase adormecendo 
para o derradeiro sono, 
quatro vezes mal ferido, 
teve ainda tino e ouvido 
para escutar um dos cinco 
que lhe gritava:
- Bandido!

Caiu ... 
olhando pro céu, 
tinto de sangue e de luz.
Dava-lhe o sol pela frente, 
como a incendiar-lhe a figura, 
a mais rica das molduras 
para enquadrar um valente !

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Blog Entrevero Xucro - 6 anos

Hoje para mim é uma data especial de primeira, o blog completa 6 anos de existência e acredito que seja a melhor fase que estamos passando.

É uma luta árdua e diária, de busca de informações, fatos, paisagens, cidades e notícias. Buscando levar o Rio Grande pela internet até os lugares onde não há o conhecimento de quem é o indivíduo gaúcho. Procuramos sempre buscar o que temos de bom e belo sem qualquer tipo de preconceito ou diferença, exponho meus ideais e deixo claro que é meu pensamento e basta.

Porém, neste dia de grande importância pra mim principalmente, venho expor meu descontentamento com a sociedade em geral, minha insatisfação com o que vem acontecendo politicamente aqui neste pedaço de chão pampeano. Minha indignação é com as posições políticas da sociedade e principalmente com meus compatriotas gaúchos que se preocupam com os acontecimentos da capital federal do Brasil e acabam esquecendo que estão sendo explorados pela política que está sugando seus cérebros onde se posicionam como coxinhas e petralhas, esquerda e direita, capitalismo é socialismo. 

O que devemos fazer então? Vão perguntar os mais revoltados dizendo que só criticar é fácil. E eu já respondo, devemos nos unir em prol do Rio Grande, não deixar morrer nossa cultura, tu que é partidário ao invés de ficar brigando em rede social, pegue este tempo e ensine seus filhos uma cultura, nossa história é vá atrás de suas raízes pampeanas. Vamos se irmanar no ideal do Rio Grande e lutar juntos pelo melhor do nosso povo, sem ficarmos separados por ideais de grupos que usurpam nossa simplicidade de interior que é a marca de nosso povo.

Neste seis anos de entrevero xucro, prego aqui mais uma vez a união do povo gaúcho e do Sul, sim, do Sul, pois, os estados vizinhos do Paraná e Santa Catarina sofrem como o Rio Grande do Sul. Fecho aqui com o agradecimento a todos que lêem, comentam, curtem e compartilham da nossa mensagem cultural da tradição do povo do pampa. Muchas gracias hermanos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O Gaúcho Uruguaio

Buenas gauchada, como sabemos há um esforço de entidades para que o gaúcho tenha um perfil e que este perfil seja brasileiro e sabemos que não é verdade, que o gaúcho é uma formação étnica do pampa e transcrevo abaixo um texto da Red Acadêmica Uruguaya, a universidade de la república.
O texto traz a visão dos uruguaios em relação ao gaúcho e cita a fusão das etnias da região do pampa.

O GAÚCHO

O gaúcho é um homem-ginete das Pradarias, não corresponde a um único tipo étnico, é o resultado da miscigenação da região do Rio da Prata, a sua origem está ligada às condições políticas, históricas e econômicas exclusivas de seu ambiente. Pertence igualmente à áreas pastoris da Argentina, sul do Brasil e Uruguai, a área geográfica do gaúcho coincide com uma região natural. Pode-se afirmar com segurança que seu tipo original nasceu na Banda Oriental durante o século XVIII.
A palavra gaúcho vem da palavra quíchua "huachu", que significa órfão ou vagabundo. Os colonizadores espanhóis começaram a longo prazo, a chamá-los de "gaúchos" vagabundos "gauchos". No sul do Brasil usualmente chamado de "Gauderio" ou "gaúcho".

Origem

A praça Montevideo é uma construção exclusivamente militar, projetado para proteger a fazenda contra os avanços dos Portugueses instalados no porto de Colonia. Cercada por muros e fossos, à sombra da artilharia pesada, um regime de quartel governa a vida dos poucos colonos trazidos pela autoridade. A primeira do governo de Buenos Aires foi proibir o comércio de tudo. Isto convém seus interesses. Assim, a nova praça está condenada a uma vida de guarnição, e Buenos Aires continua usufruindo a riqueza pecuária.
O Cabildo de Montevideo, desde o início, em conflito com a arrogância das autoridades militares, em uma carta ao rei, pinta em duas frases o estado social e econômico da praça "a medida que não temos o comércio, ou onde vender os nossos frutos, desfrutar da tranquilidade e interesse desta guarnição presidio nos deixa para eles sobre o bolo que é destinado para o seu apoio, que é feita entre os vizinhos. "
Enquanto isso o contrabando é abundante em todo o país. As partidas de Português e indígenas, para viajar livremente ao país deserto, o pastoreio de gado, couros de pesca e vendê-los em Colônia, nas costas ou fronteiras.
Alguns descendentes de espanhóis e crioulos, se aventuraram no interior implantando estâncias, mas não indo muito longe de Montevidéu. Contrabando é a vida normal da campanha, a forma de comércio que a proibição espanhola le obriga, e para conter e punir a  autoridade de Montevidéu incursiona-se ao interior e estabelece guarnições militares.
Muitos milicianos espanhóis desertam para se juntar aos contrabandistas. Então, eles vão mesclando Espanhol, Português e indígena. Nestas condições, começa a se formar a população rural do Uruguai. A riqueza de gado coloca o país em condições que a natureza oferece o produto em abundância; apenas chegar e agarrá-lo. O trabalho é inútil e o homem vive ocioso e livre, como os ricos da vida civilizada.
A abundância de gado e a ausência de toda a propriedade permite que o morador do Uruguai, no século XVIII, possa viver sem trabalhar. O cavalo dá mobilidade rápida, couro dá mensagem, botas, freios, chapéus, garrafa, cama e habitação. Ele bolea ou laça, carnea uma vaca, leva a melhor peça que é assado na grelha e o resto é deixado abandonado no campo ...
Esta abundância faz com que o fazendeiro hospitaleiro, na cozinha da estância há sempre uma vaca pendurada para que coma quem quiser.
A campanha para o colono é a liberdade, riqueza e aventura como a cidade é a monotonia ea necessidade. Assim é grande o número de espanhóis que abandonam a cidade e se entregam à vida livre.
Mas ao contrário do ócio tropical ... abundância e liberdade nesta região gera hábitos viris, ásperos e sóbrios. Tem que domar cavalos xucros, laçar e bolear o gado, tem que lidar com a faca, precisa aguçar os sentidos e se fazer vaqueano, tem que ser mais esperto e brigar contra a polícia. Pecuária torna o habitante do campo, nativo ou colono, corajoso, lutador ágil forte.
A expulsão dos jesuítas das Missões Orientais, ocorrido em meados do século XVIII, e o êxodo em massa de índios ao sul do país. Aparece a nova população dispersa nos campos e logo muda sua natureza: de mansos agricultores sob a tutela dos Jesuítas, tornam-se corajosos e equestre misturando com Espanhol e Português e tapes ...
Esta mistura de indígenas, Espanhol e Português, na existência livre e brava do território, surge o tipo nacional do gaúcho.

Características

O gaúcho oriental tem características físicas e psicológicas dos pais, em parceria com o ambiente em que nasceu e formou-se. Geralmente é fraco, pálido, de barba, mas há cabelo calvo e reto; e há olhos azuis e pálido, que cobrem toda a gama de miscigenação que vão desde o índio cru ao conquistador Ibero-alemão.
A vida equestre, o consumo de carne, o mau tempo, ventos do Oceano e do Pampa, o cria com corpo magro, forte, ágil e habilidoso. Alguns sustentam cabelo de índio, outros colocar sobre seu cabelo o chapéu, tem o bronze por andar sem camisa, outros são cobertos com camisas ou ponchos; todos usam a bota garrão de potro e Chiripá.
O deserto e as solidão torná-lo mal-humorado e silencioso.
Liberdade e abundância o deixaram orgulhoso, hospitaleiro e leal. A hostilidade permanente à polícia espanhola, e luta com as feras indomáveis, deram coragem, ousadia, e o desprezo pela sua vida e a dos outros ... É costume de morrer sem dor e matar sem remorsos.
Do conquistador recebeu o cavalo e guitarra; do índio, o poncho, o chapéu, o mate e as boleadeiras.
Sua língua é uma mistura de castelhano arcaico do século XVI, com elementos indígenas, que são adicionados mais tarde o Português e africanas; as voltas da linguagem são próprios e é normalmente expressa por imagens. O ditado é a sua maneira típica de resposta.
Seu modo de vida exige uma qualidade primária: coragem. O valor e faz sua adoração suprema e mais vergonha que concebe é ser maula. Desde que não há nenhuma lei em vigor ou juizes, justiça seja feita por sua própria mão ...
Na campanha oriental o gaúcho é geralmente reservado e respeitoso; somente quando bebe algumas bebidas  procura briga. Mas o jogo e as mulheres muitas vezes dão origem a disputas e rivalidades e estas são as causas mais frequentes para duelos...
Outra qualidade que o gaúcho admira muito e dá prestígio é a poesia. Todos gaúcho toca guitarra e canta uma canção; mas payador, cantor espirituoso ou inspirado que anda de pago em pago, com seu violão e se aventura na espada, fazendo rir e chorar as almas ásperas, que ele passa longas horas improvisando coplas ao som de bordoneios no meio de um círculo de atentos espectadores, um aristocrata, festejado por homens, requeridos por mulheres, que são os melhores. Tal é o gaúcho quando ele aparece em cena ...

Fonte (texto original): http://www.rau.edu.uy/uruguay/cultura/gaucho.htm

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Imagens do Meu Rio Grande do Sul Antigo - Mais que um livro, uma grande idéia.

Buenas gauchada, como sempre estamos aqui neste campo vasto da internet sempre atrás de pessoas que divulgam, defendem e tem grandes iniciativas pela cultura do nosso estado. Já mostramos desenhos gaúchos, músicos e grupos, poetas e agora estamos divulgando um livro que é uma iniciativa extraordinária, IMAGENS DO MEU RIO GRANDE DO SUl ANTIGO E SEUS VIZINHOS volumes 1 e 2, do autor Bruno Martins Farias, (conheça a página aqui), onde traz fotos e relatos do Rio Grande de antigamente, mostrando um grande acervo de fotos. O volume 02 está sendo lançado, e ambos trazem o RS e seus arredores em fotos, lindas imagens. O autor estará presente na feira do livro de Porto Alegre.

Saiba mais sobre os livros através do relato do próprio autor que transcrevo abaixo.





"Seguindo a mesma linha do volume 1, chegou o segundo volume do livro “IMAGENS DO MEU RIO GRANDE DO SUL ANTIGO E SEUS VIZINHOS” onde o autor Bruno Martins Farias traz uma coletânea de mais de 700 ilustrações que mostram um pouco do que há pra se ver e se conhecer no nosso lindo e diverso território gaúcho. E, é claro, um pouco do nosso passado guerreiro que tanto marcou o jeito de ser de quem é daqui.

Porém ao contrário do volume 1 (dedicado principalmente à vida e à lida no campo) o volume 2 é focado mais nas construções, nos monumentos e nos lugares históricos do nosso estado e região. E nas belezas naturais de diversas cidades do Rio Grande do Sul e dos vizinhos Uruguai, Argentina, Paraná e Santa Catarina, que também ajudaram a influenciar a nossa cultura.

Também são mostradas no livro algumas das guerras que mais marcaram a memória do povo do estado e da região: a Revolução Farroupilha, a Guerra do Paraguai e as revoluções de 1893 e de 1923. E algumas das principais fortificações da região como as fortalezas de Rio Pardo, de Caçapava do Sul e de Bagé. Entre diversas outras existentes nos países e estados limítrofes como os Fortes Santa Tereza e São Miguel no Uruguai, os fortes de Florianópolis e as fortificações e cidadelas fortificadas de Buenos Aires, Montevidéu e Colônia de Sacramento.

MAIS IMAGENS, MAIS CONTEÚDO E MAIS CORES

Assim como no primeiro volume, este não traz somente imagens antigas, mas também muitas fotos recentes de lugares históricos interessantes e bonitos da nossa região. São aproximadamente 100 cidades, lugares e fatos relacionados à história do Rio Grande do Sul e também do Uruguai, da Argentina, do Paraguai, do Paraná e de Santa Catarina. E, é claro, alguns dos principais personagens ligados a eles, representados em fotos, pinturas, desenhos e monumentos.

A publicação conta com centenas de pinturas, fotos, plantas, litografias e desenhos de diversos autores de variadas épocas, de entre os anos 1536 e 2015. E principalmente fotos recentes, sendo que aproximadamente 80% das páginas do VOLUME 2 são coloridas.

São mostrados locais não só das capitais Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Montevidéu e Buenos Aires, mas sobretudo dos municípios do interior que costumam passar desapercebidos pela maioria das pessoas, ou então ficar isolados nas páginas de seus próprios livros de história, longe do grande público e dos moradores de outras cidades do estado e da região. E que, quando aparecem em publicações impressas, raramente são mostrados em imagens coloridas.

A maioria das fotos foram tiradas pelo próprio autor durante suas viagens pelo Rio Grande do Sul e arredores. E também por seus diversos colaboradores, como Valery Pugatsch, Roque Oliveira, Wilson Rosa da Fonseca, Ubirajara Buddin Cruz, Eliana Lúcio, Teresa Lenzi e tantos outros que emprestaram suas visões de dferentes lugares do estado e região para compôr este rico acervo de imagens.

SOBRE O VOLUME 1

Conheça também o VOLUME 1 do livro: mais de 450 imagens relacionadas à história e à cultura gaúcha. Registros visuais de cenas comuns no Rio Grande do Sul, e na Argentina, Uruguai, Santa Catarina e Paraná. Pinturas antigas retratando o sul entre os séculos 18 e 20; o gaúcho em fotos antigas; costumes; estâncias e casas de campanha; gado; mangueiras; tropeiros; e frigoríficos e charqueadas antigas. Imagens de época e fotos antigas e recentes, de diversos artistas e fotógrafos. Entre elas, diversas pinturas do padre jesuíta Florian Paucke, mostrando diversos aspectos da natureza e dos costumes dos povos nativos da região naquela época, bem como da vida e da lida nas reduções.

COMO COMPRAR

Os volumes 1 e 2 do livro “IMAGENS DO MEU RIO GRANDE DO SUL ANTIGO E SEUS VIZINHOS” está à venda em diversas cidades do RS e região, e também pode ser enviados por correio com dedicatória do autor pra qualquer lugar do Brasil. Assim como no primeiro volume, o volume 2 pode ser adquirido por R$ 39,90 a unidade. Pedidos podem ser feitos pela página do livro no Facebook www.facebook.com/imagensdoRS ou no email imagensdoRS@gmaill.com.

Ou SAIBA ONDE COMPRAR em mais de 50 cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina no mapa dos pontos de venda: www.tinyurl.com/mapapontosdevenda

TEMAS E LOCAIS MOSTRADOS NO VOLUME 2:

GUERRAS: Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai e revoluções de 1893/1923.

FORTIFICAÇÕES: Colônia de Sacramento, Forte de Buenos Aires, Cidadela de Montevideu, Forte dos Dragões em Montevidéu, Quartel de David Canabarro em Santana do Livramento, trincheiras dos farrapos em Tarumã-Viamão, forte de Rio Pardo, forte Santa Tecla e San Miguel (Uruguai), fortaleza de Caçapava do Sul, fortificações de Rio Grande e de Florianópolis (fortes de Anhatomirim, Ratones, São José da Ponta Grossa, Sant´Anna)

CIDADES e suas principais paisagens e prédios históricos: Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande, Uruguaiana, Santa Maria, Passo Fundo, Bagé, Gramado, Canela, Santo Ângelo, Novo Hamburgo, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Rio Pardo, Caçapava do Sul, Camaquã, Viamão, Canguçu, São Francisco de Paula, Pinheiro Machado, Quaraí, Santa Vitória do Palmar, Itaqui, Jaguarão, Arroio Grande, Piratini, Capão do Leão, Cristal, Triunfo, Mostardas, São José do Norte, Santo Antônio da Patrulha, São Borja, Bento Gonçalves, Lavras do Sul, Herval, Arroio do Padre, São Sepé, Santana da Boa Vista, Encruzilhada do Sul, São Leopoldo, Três Coroas, Chuí, Pedro Osório, Cerrito(RS); Curitiba(PR), Laguna, Florianópolis, São Joaquim (SC); Montevidéu (Uruguai), Buenos Aires e Missiones (Argentina)

OUTROS LOCAIS: Salto do Yucumã, Cataratas do Iguaçu, Parque da Guarita em Torres/RS, Aparados da Serra, alguns dos principais rios do estado e região, Castelo de Pedras Altas/RS, Saladero de los Piratas (Uruguai), Posta del Chuy (Uruguai), ruínas jesuíticas."

Ficha técnica:
Tiragem: 1000 exemplares Dimensões: 28 X 21 cm Número de páginas: 96 pág. (80 color e 16 em p&b)
Distribuição: Lojas em mais de 50 cidades do RS e região ou p/ entrega via correios Preço: R$ 39,90 (unid.)
Acervo: Mais de 750 imagens antigas e recentes Lançamento: 12/09/2015 Produzido em Pelotas/RS
Gráfica: Pallotti, Santa Maria/RS Autor: Bruno Martins Farias
Para conhecer um pouco do acervo acesse: www.facebook.com/imagensdoRS