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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Bioma Pampa

Saiba um pouco mais sobre o BIOMA PAMPA

Também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).

No Brasil, o Pampa está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também territórios da Argentina e Uruguai.
Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.

Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.

Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”, entretanto, esta denominação corresponde somente a um dos tipos de campo, encontrado mais ao sul do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.

Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e os incêndios não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.

A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares.

Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação.

O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão. À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região.
A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.

Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.

O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas.
A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.

Os campos no Rio Grande do Sul ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado.
O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

Fonte: Site do Instituto Brasileiro de Florestas

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O Gaúcho Uruguaio

Buenas gauchada, como sabemos há um esforço de entidades para que o gaúcho tenha um perfil e que este perfil seja brasileiro e sabemos que não é verdade, que o gaúcho é uma formação étnica do pampa e transcrevo abaixo um texto da Red Acadêmica Uruguaya, a universidade de la república.
O texto traz a visão dos uruguaios em relação ao gaúcho e cita a fusão das etnias da região do pampa.

O GAÚCHO

O gaúcho é um homem-ginete das Pradarias, não corresponde a um único tipo étnico, é o resultado da miscigenação da região do Rio da Prata, a sua origem está ligada às condições políticas, históricas e econômicas exclusivas de seu ambiente. Pertence igualmente à áreas pastoris da Argentina, sul do Brasil e Uruguai, a área geográfica do gaúcho coincide com uma região natural. Pode-se afirmar com segurança que seu tipo original nasceu na Banda Oriental durante o século XVIII.
A palavra gaúcho vem da palavra quíchua "huachu", que significa órfão ou vagabundo. Os colonizadores espanhóis começaram a longo prazo, a chamá-los de "gaúchos" vagabundos "gauchos". No sul do Brasil usualmente chamado de "Gauderio" ou "gaúcho".

Origem

A praça Montevideo é uma construção exclusivamente militar, projetado para proteger a fazenda contra os avanços dos Portugueses instalados no porto de Colonia. Cercada por muros e fossos, à sombra da artilharia pesada, um regime de quartel governa a vida dos poucos colonos trazidos pela autoridade. A primeira do governo de Buenos Aires foi proibir o comércio de tudo. Isto convém seus interesses. Assim, a nova praça está condenada a uma vida de guarnição, e Buenos Aires continua usufruindo a riqueza pecuária.
O Cabildo de Montevideo, desde o início, em conflito com a arrogância das autoridades militares, em uma carta ao rei, pinta em duas frases o estado social e econômico da praça "a medida que não temos o comércio, ou onde vender os nossos frutos, desfrutar da tranquilidade e interesse desta guarnição presidio nos deixa para eles sobre o bolo que é destinado para o seu apoio, que é feita entre os vizinhos. "
Enquanto isso o contrabando é abundante em todo o país. As partidas de Português e indígenas, para viajar livremente ao país deserto, o pastoreio de gado, couros de pesca e vendê-los em Colônia, nas costas ou fronteiras.
Alguns descendentes de espanhóis e crioulos, se aventuraram no interior implantando estâncias, mas não indo muito longe de Montevidéu. Contrabando é a vida normal da campanha, a forma de comércio que a proibição espanhola le obriga, e para conter e punir a  autoridade de Montevidéu incursiona-se ao interior e estabelece guarnições militares.
Muitos milicianos espanhóis desertam para se juntar aos contrabandistas. Então, eles vão mesclando Espanhol, Português e indígena. Nestas condições, começa a se formar a população rural do Uruguai. A riqueza de gado coloca o país em condições que a natureza oferece o produto em abundância; apenas chegar e agarrá-lo. O trabalho é inútil e o homem vive ocioso e livre, como os ricos da vida civilizada.
A abundância de gado e a ausência de toda a propriedade permite que o morador do Uruguai, no século XVIII, possa viver sem trabalhar. O cavalo dá mobilidade rápida, couro dá mensagem, botas, freios, chapéus, garrafa, cama e habitação. Ele bolea ou laça, carnea uma vaca, leva a melhor peça que é assado na grelha e o resto é deixado abandonado no campo ...
Esta abundância faz com que o fazendeiro hospitaleiro, na cozinha da estância há sempre uma vaca pendurada para que coma quem quiser.
A campanha para o colono é a liberdade, riqueza e aventura como a cidade é a monotonia ea necessidade. Assim é grande o número de espanhóis que abandonam a cidade e se entregam à vida livre.
Mas ao contrário do ócio tropical ... abundância e liberdade nesta região gera hábitos viris, ásperos e sóbrios. Tem que domar cavalos xucros, laçar e bolear o gado, tem que lidar com a faca, precisa aguçar os sentidos e se fazer vaqueano, tem que ser mais esperto e brigar contra a polícia. Pecuária torna o habitante do campo, nativo ou colono, corajoso, lutador ágil forte.
A expulsão dos jesuítas das Missões Orientais, ocorrido em meados do século XVIII, e o êxodo em massa de índios ao sul do país. Aparece a nova população dispersa nos campos e logo muda sua natureza: de mansos agricultores sob a tutela dos Jesuítas, tornam-se corajosos e equestre misturando com Espanhol e Português e tapes ...
Esta mistura de indígenas, Espanhol e Português, na existência livre e brava do território, surge o tipo nacional do gaúcho.

Características

O gaúcho oriental tem características físicas e psicológicas dos pais, em parceria com o ambiente em que nasceu e formou-se. Geralmente é fraco, pálido, de barba, mas há cabelo calvo e reto; e há olhos azuis e pálido, que cobrem toda a gama de miscigenação que vão desde o índio cru ao conquistador Ibero-alemão.
A vida equestre, o consumo de carne, o mau tempo, ventos do Oceano e do Pampa, o cria com corpo magro, forte, ágil e habilidoso. Alguns sustentam cabelo de índio, outros colocar sobre seu cabelo o chapéu, tem o bronze por andar sem camisa, outros são cobertos com camisas ou ponchos; todos usam a bota garrão de potro e Chiripá.
O deserto e as solidão torná-lo mal-humorado e silencioso.
Liberdade e abundância o deixaram orgulhoso, hospitaleiro e leal. A hostilidade permanente à polícia espanhola, e luta com as feras indomáveis, deram coragem, ousadia, e o desprezo pela sua vida e a dos outros ... É costume de morrer sem dor e matar sem remorsos.
Do conquistador recebeu o cavalo e guitarra; do índio, o poncho, o chapéu, o mate e as boleadeiras.
Sua língua é uma mistura de castelhano arcaico do século XVI, com elementos indígenas, que são adicionados mais tarde o Português e africanas; as voltas da linguagem são próprios e é normalmente expressa por imagens. O ditado é a sua maneira típica de resposta.
Seu modo de vida exige uma qualidade primária: coragem. O valor e faz sua adoração suprema e mais vergonha que concebe é ser maula. Desde que não há nenhuma lei em vigor ou juizes, justiça seja feita por sua própria mão ...
Na campanha oriental o gaúcho é geralmente reservado e respeitoso; somente quando bebe algumas bebidas  procura briga. Mas o jogo e as mulheres muitas vezes dão origem a disputas e rivalidades e estas são as causas mais frequentes para duelos...
Outra qualidade que o gaúcho admira muito e dá prestígio é a poesia. Todos gaúcho toca guitarra e canta uma canção; mas payador, cantor espirituoso ou inspirado que anda de pago em pago, com seu violão e se aventura na espada, fazendo rir e chorar as almas ásperas, que ele passa longas horas improvisando coplas ao som de bordoneios no meio de um círculo de atentos espectadores, um aristocrata, festejado por homens, requeridos por mulheres, que são os melhores. Tal é o gaúcho quando ele aparece em cena ...

Fonte (texto original): http://www.rau.edu.uy/uruguay/cultura/gaucho.htm

domingo, 4 de janeiro de 2015

Uma breve charla - Andanças pelo Rio Grande - Parte 01

Buenas vivente, estamos aqui charlando novamente neste singelo espaço da internet para trazer a experiência de viajar pelo Rio Grande e Santa Catarina, apesar de uma viagem direta até Pinheiro Machado, a grande e eterna Cacimbinhas, terra da Comparsa, onde já mostrei na seção Retratos do Rio Grande (AQUI), passamos por vários e bonitos lugares durante o roteiro.
Somente em viagem assim, com calma e de férias para poder apreciar a paisagem que vai se transformando ao longo do trajeto.
Começamos a viagem pela serra onde descemos a RS 122 com suas curvas perigosas e uma paisagem de vales e montanhas tomados de mata fechada nativa, até entrarmos na região metropolitana onde o concreto toma conta da paisagem, mudando um pouco quando percorremos a Rodovia do Parque BR-448, onde o acesso a ela se dá logo após o Zoológico em Sapucaia do Sul e termina bem em frente a Arena do Grêmio (fotos aqui).
Após seguir pela BR 290 atravessamos a Ponte do Guaíba e em Eldorado do Sul entramos rumo a Uruguaiana onde muda novamente a paisagem, retas longas e planícies no norte do pampa gaúcho (confira o Bioma Pampa), atravessando por várias cidades até chegar na BR 153, em direção a Bagé e Aceguá.
No trajeto da BR-290 passamos por várias cidades que ficam as margens da BR 290, um trecho de retas com aproximadamente 200 km, passando por Eldorado do Sul, Arroio dos Ratos, Butiá, Minas do Leão e Pântano Grande, posteriormente adentramos na BR 153 em direção a Bagé.
Foto: Rodrigo Silva - BR 290 próximo a Pântano Grande


Foto: Rodrigo Silva - BR 153 logo após sair da BR 290
Já na BR 153 foram percorrido cerca de 140 km até o entroncamento com a BR 293, vale lembrar que se deve entrar neste trecho com combustivel para essa quilometragem, já que não encontramos posto de combustivel daí para frente, e eu tive que abastecer em Hulha Negra, já na BR 293.

Foto: Rodrigo Silva - Entrada de Hulha Negra
Como vemos na foto acima, é uma entrada bonita, porém, infelizmente a cidade segue um padrão de muitas cidades da zona sul, passa a aparencia de abandonada, voltando a Hulha Negra quase 20 anos depois, parece que não mudou muita coisa.
Após o abastecimento seguimos rumo a Cacimbinhas, onde apartir dali se deram outras 3 viagens, que trarei em breve.

Um grande quebra costelas a todos.

Continua em:
Uma breve charla - Andanças pelo Rio Grande - Parte 01

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Bioma Pampa

Saiba um pouco mais sobre o BIOMA PAMPA

E conheça nosso novo blog, que trará a verdadeira cultura do gaúcho pampeano em http://culturagauchadopampa.blogspot.com

Também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).
No Brasil, o Pampa está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também territórios da Argentina e Uruguai.
Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.

Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.

Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”, entretanto, esta denominação corresponde somente a um dos tipos de campo, encontrado mais ao sul do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.
Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e os incêndios não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.
A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares.
Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação.
O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão.
À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região.
A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.
Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação.
Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.

O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas.
A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.

Os campos no Rio Grande do Sul ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado.
O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

Fonte: Site do Instituto Brasileiro de Florestas