Dicionário Gaudério

Buenas a todos os visitantes, esta páginas são para quem não conhece muito nosso jeito de falar, então, irei inserir palavras do cotidiano do gaúcho que na maioria das vezes é só nós Gaúchos de fato que entendemos, te prepara vivente;

Depois de ler confira as demais atrações do nosso blog AQUI

A
Abichornado: adj. Aborrecido, triste, desanimado.
Abrir cancha: Abrir espaço para alguém passar.
A cabresto: Conduzido pelo cabresto, submetido.
Achego: Amparo, encosto, proteção.
Açoiteira: Parte do relho ou rebenque, constituída de tira ou tiras de couro, trançadas ou justapostas, com a qual se castiga o animal de montaria ou de tração.
Acolherar: Unir dois animais por meio de uma pequena guasca amarrada ao pescoço. Unir, juntar, com relação a pessoas.
Afeitar: Cortar a barba.
Agregado: Pessoa pobre que se estabelece em terras alheias, com autorização do respectivo dono, sem pagar arrendamento, mas com determinadas obrigações, como cuidar dos rebanhos, ajudar nas lidas de campo e executar outros trabalhos.
Água-Benta: Cachaça, destinada a ser bebida ocultamente.
Água-de-cheiro: Perfume, extrato.
Ajojo: Tira de couro fina que une dos bois pelas guampas.
A laço e espora: Com muita dificuldade, com muito esforço, vencendo grandes obstáculos.
A la cria: Ao Deus-dará, à aventura. Foi-se a la cria, significa foi-se embora, foi-se ao Deus-dará, caiu no mundo.
Aramado: Cerca feita de arame para manter o gado nas invernadas ou potreiros.
A la pucha: Exprime admiração, espanto.
À meia guampa: Meio embriagado, levemente ébrio.
Anca: Quarto traseiro dos quadrúpedes. Garupa do cavalo. O traseiro do vacum.
Anta: Pessoa interesseira.
Apear: Descer do cavalo.
Aporreado: Cavalo mal domado, indomável, que não se deixa amansar. Aplica-se, também ao homem rebelde.
Arapuca: Armadilha para pegar passarinhos. Trapaça.
Arrastar a asa: Paquerar.
Arreios: Conjunto de peças com que se arreia um cavalo para montar.
Azucrinado: Encomodado.
Abocanhar : apoderar-se indevidamente de alguma coisa
Abrir os panos: Ir-se embora; fugir; abrir nos paus, abrir-se.
Acalcanhado: Gasto, acabado, envelhecido, etc. "Coitado, está meio acalcanhado, mas, bonzão, ainda."
Amanonciado: Do v. amanonciar - cavalo amanonciado, é o que é manso, sem que entretanto tenha sido montado.
Amanonciador: pessoa destra em amansar ou amanonciar animais cavalares.
Amanonciar: deixar manso por meio de passes de mão; acariciar.
Anoque: espécie de aparelho destinado à fabricação da decoada. Consiste em um couro quadrado preso lateralmente a quatro varas mais curtas que os lados respectivos, e assentada sobre quatro forquilhas, de sorte a formar uma concavidade onde se deita o líquido. (Coruja.) Etim. É vocábulo português, e designa nos cortumes a vala ou tanque onde se maceram os couros para se pelarem ou descabelare. (Moraes. ) Em outras partes do brasil chamam a isso banguê.
Achego: Amparo, encosto, proteção.
Aguada: Lugar utilizado pelos animais para beberem água.
Apojo: O leite mais gordo extraído da vaca após a segunda apojadura. Este é mais rico em gordura e de melhor sabor.
Apotrar-se: Adquirir jeito de potro. Por extensão aplica-se às pessoas, com o significado de portar-se mal, tornar-se xucro, zangado, grosseiro.

B

Badana: Pele macia e lavrada que se coloca, na encilha do cavalo de montaria, por cima dos pelegos ou do coxonilho, se houver.
Bagual: Cavalo manso que se tornou selvagem. Reprodutor, animal não castrado.
Bah: Abreviação de barbaridade. Expressão usada para demonstrar surpresa, indignação.
Baixeiro: Espécie de lã, integrante dos arreios, que põe no lombo do cavalo, por baixo da carona.
Bebedouro. Chamam-se campos de boas aguadas os que possuem bastante água, apropriada para os animais beberem.
Bater as botas: Morrer.
Bicheira: Ferida nos animais, contendo vermes depositados pelas moscas varejeiras. Para sua cura, além de medicação, são largamente utilizadas as simpatias e benzeduras.
Bidê: Mesinha de cabeceira (aportuguesado do francês bidet).
Biriva: Nome dado aos habitantes de Cima da Serra, descendentes de bandeirantes, ou aos tropeiros paulistas, os quais geralmente andavam em mulas e tinham um sotaque especial diferente do da fronteira ou da região baixa do Estado.
Beriva, beriba, biriba.
Bóia: Comida
Bolicho: Casa de negócios de pequeno sortimento e de pouca importância. Bodega.
Bolicheiro: Dono de bolicho.
Bombeia: Olha, olhar, avistar.
Braça-de-Sesmaria: Media antiga, de superfície, usada no Rio Grande do Sul. A braça-de-sesmaria mede 2,20 m por 6.600 mou seja 14.520 metros quadrados.
Brocha: É feito de couro cru torcido e é usado para prender os bois aos canzis.
Bruaca: Mulher feia. Utensílio que é colocado um de cada lado na cangáia no lombo do cavalo ou na mula para transportar alimentos, prática muito utilizada na época que não havia estradas e nem veículos para fazer o transporte.
Buenacha: Boa.
Baiano: maturrango; o que monta mal e não sabe executar os diversos trabalhos das fazendas de gado. Significa também todo e qualquer indivíduo filho do Norte, excetuando-se geralmente os de Santa Catarina e S. Paulo. Soldado de infantaria, embora seja rio-grandense.
Bombacha: calça mui larga, em toda a perna, menos no tornozelo onde tem um botão, e que é muito usada pelos campeiros.
Bota: O calçado próprio para montar o cavalo (em port. Compreende também botim, botina de homem e senhora).
Bugio: Pelego curtido e pintado, em geral forrado de pano. Animal da Serra.

C
CABRESTO: Peça de couro que é apresilhada ao buçal para segurar o cavalo ou o muar. Cachaço
CACHO: A cola, o rabo do cavalo.
CAGAÇO: Grande susto, medo.
CAJU: Confronto entre os times do Caxias e do Juventude (Caxias do Sul).
CAMBICHO: Apego, paixão, inclinação irresistível por uma mulher.
Campear - Procurar
CAMPO DE LEI: Campo de ótima qualidade.
CANGA: É feito de madeira que é colocado no pescoço de dois bois carreiros para puxar carreta ou arado.
CANZIL: É feito de madeira, que é colocado na canga para prender no pescoço dos bois carreiros.
CAPÃO: Diz-se ao animal mal capado. Indivíduo fraco, covarde, vil. Pequeno mato isolado no meio do campo.
CAPATAZ: Administrador de uma estância ou de uma charqueada. Pessoa que nas lides pastoris é incumbida de chefiar o pessoal.
CARBOTEIRO(A): Alguém difícil, que não dá bola.
Carneiro - Ovelha macho que não foi castrado
CARREIRA: Corrida de cavalos, em cancha reta. Quando participam da carreira mais de dois parelheiros, esta toma o nome de penca ou califórnia.
CAUDILHO: Chefe militar. Manda-chuva.
CAVALO DE LEI: Animal muito veloz, capaz de percorrer duas quadras (264m) em 16 segundos ou menos.
CHALANA: Embarcação ou Lancha grande e chata.
CHAMBÃO: Otário.
CHARLA: Conversa.
CHASQUE: Recado, mensagem.
CHIMANGO: Alcunha dada no Rio Grande do Sul aos partidários do governo na Revolução de 1929.
CHINA: Descendente ou mulher de índio, ou pessoa de sexo feminino que apresenta alguns dos traços característicos étnicos das mulheres indígenas. Cabloca, mulher morena. Mulher de vida fácil. Esposa.
CHINOCA: Mulher.
CINCHA: Peça dos arreios que serve para firmar o lombilho ou o serigote sobre o lombo do animal.
COLHUDO: Cavalo inteiro, não castrado. Pastor. No sentido figurado, diz-se do sujeito valente, que enfrenta o perigo, que agüenta o repuxo.
CREDO: Exclamação de espanto.
CUIUDO: O mesmo que colhudo.
CUPINCHA: Companheiro, amigo.
CUSCO: Cão pequeno, cão de raça ordinária. O mesmo que guaipeca, guaipé.
Catre - Corpo, pode ser tanto do animal como de pessoa.
China - Mulher, prenda, as vezes usado para indicar mulher de vida fácil
Coice - patada de animal, chute
Comparsa - Esquilar, tosar a ovelha
Cordeiro - Filhote de ovelha

D
DAGA: Adaga, facão.
DAÍ TCHÊ: Oi.
DE VEREDA: Imediatamente, de momento, de uma vez.
DOBRAR O COTOVELO: Beber, levar o copo à boca.
DOMA: Ato de domar. Ato de amansar um animal xucro.
DOMADOR: Amansador de potros. Peão que monta animais xucros.
DURO DE BOCA: Diz-se do animal que não obedece à ação das rédeas.
DURO DE PELEAR: Difícil de fazer, trabalhoso.

E
EMBRETADO: Encerrado no brete, metido em apertos, apuros ou dificuldades. Enrascado, emaranhado.
ENTREVERO: Mistura, desordem, confusão de pessoas, animais ou objetos.
ERVA-CAÚNA: Variedade de erva mate de má qualidade, amarga.
ERVA-LAVADA: Erva já sem fortidão por ter servido para muitos mates.
ESTAR COM O DIABO NO CORPO: Estar furioso. Estar insuportável.
ESTAR COM O PÉ NO ESTRIBO: Estar prestes a sair.
ESTRELA-BOIEIRA: Estrela d´Alva.
ESTRIBO: Peça presa ao loro, de cada lado da sela, e na qual o cavaleiro firma o pé. Estropiado
Entrevero - Mistura de alguma coisa, confusão de gente
Estância - fração de campo muito grande, com uma casa grande também.

F
FACADA: Pedido de dinheiro feito por indivíduo vadio, incapaz de trabalhar, que não pretende restituí-lo.
FACHO: O ar livre. Usado na expressão sair do facho.
FATIOTA: Terno; Conjunto de roupas do homem
FAZER A VIAGEM DO CORVO: Sair e demorar muito a regressar.
FIAMBRE: Alimento para viagem, geralmente carne fria, assada ou cozida.
FLETE: Cavalo bom e de bela aparência, encilhado com luxo e elegância.
FUNDA: Estilingue, bodoque.
Fandango - Baile gaúcho
Fatiota - Roupa mais ajeitada, roupa de sair
Flete - cavalo da encilha

G
GADARIA: Porção de gado, grande quantidade de gado, o gado existente em uma estância ou em uma invernada.
GADO CHIMARRÃO: Gado alçado, xucro, sem costeio.
GALPÃO: Construção existente nas estâncias, destinadas ao abrigo de homens e de animais. O galpão característico do Rio Grande do Sul é uma construção rústica, de regular tamanho, em geral de madeira bruta e parte de terra batida, onde o fogo de chão está sempre aceso. Serve de abrigo e aconchego à peonada da estância e a qualquer tropeiro ou gaudério que dele necessite.
GATO: Bebedeira, porre, embriaguez.
GAUDÉRIO: Pessoa que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros, andando de casa em casa. Parasita. Amigo de viver à custa alheia.
GRAXAIM: Guaraxaim, sorro, zorro. Pequeno animal semelhante ao cão, que gosta de roer cordas, principalmente de couro cru e engraxadas ou ensebadas, e de comer aves domésticas. Sai geralmente à noite. É muito comum em toda a campanha. Gringo
GRENAL: Confronto entre os times do Grêmio e Internacional (POA).
GUAIACA: Cinto largo de couro macio, às vezes de couro de lontra ou de camurça, ordinariamente enfeitado com bordados ou com moedas de prata ou de ouro, que serve para o porte de armas e para guardar dinheiro e pequenos objetos.
GUAIPECA: Cão pequeno, cusco, cachorrinho de pernas tortas, cãozinho ordinário, vira-lata, sem raça definida. Pequeno, de minguada estatura. Aplica-se também às pessoas, com sentido depreciativo.
GUAPO: Forte, vigoroso, valente, bravo.
GUASCA: Tira, corda de couro cru, isto é, não curtido; Homem rústico, forte, guapo, valente.
GUASQUEAÇO: Pancada, golpe dado com guasca. Relhaço, relhada, chicotada, chibatada, correada, açoite.
GURI: Criança, menino, piazinho, serviçal para trabalhos leves nas estâncias.
Guacho - Animal órfão criado em casa

H
HÁ CACHORRO NA CANCHA: Significa que há alguma coisa atrapalhando a execução de determinado plano.
HARAGANEAR: Andar solto o animal por muito tempo, sem prestar serviço algum.

I
IGUARIA: Culinária.
INVERNADA: Grande extensão de campo cercado. Nas estâncias, geralmente, há diversas invernadas

J
JUIZ: Pessoa que julga a chegada dos parelheiros, nas carreiras, em cada laço. O mesmo que julgador.
JURURU: Cabisbaixo, tristonho, abatido.

L
LÁBIA: Habilidade de conversa.
LAMBE ESPORAS: Indivíduo bajulador; leva e traz.
LASQUEADO: Trouxa.
LÉGUA: Medida itinerária equivalente a 3.000 braças ou 6.600 metros. O mesmo que légua de sesmaria.

M
MACANUDO: Designa alguém bonito ou algo legal.
MALEVA: Bandido, malfeitor, desalmado. Cavalo infiel, que por qualquer coisa corcoveia.
MALUDO: Cavalo inteiro, garanhão. Diz-se do animal com grandes testículos. Mangueira
MANOTAÇO: Pancada que o cavalo dá com uma das patas dianteiras, ou com ambas. Bofetada, pancada com a mão dada por pessoa.
MARICA: Gay, boiola, abichornado
MACANUDO: Designa alguém bonito ou algo legal.
MALEVA: Bandido, malfeitor, desalmado. Cavalo infiel, que por qualquer coisa corcoveia.
MALUDO: Cavalo inteiro, garanhão. Diz-se do animal com grandes testículos. Mangueira
MANOTAÇO: Pancada que o cavalo dá com uma das patas dianteiras, ou com ambas. Bofetada, pancada com a mão dada por pessoa.
MARICA: Gay, boiola, abichornado
Macanudo - grande, bom, ajeitado
Manei - instrumento de colocar nas patas do cavalo, para não ir longe
Melena - Cabelo
Munaia - Grande - se diz quando se expressa referente a algo

N
NEGRINHO: Designação carinhoso que se dá a crianças ou a pessoas que se tem afeição - também como chama-se brigadeiro
NUM UPA: Num abrir e fechar de olhos, de golpe, rapidamente

O
OIGALÊ: Exprime admiração, espanto, alegria.
ORELHANO: Animal sem marca, nem sinal.

P
PAISANO: Do mesmo país. Amigo, camarada.
PALANQUE: Esteio grosso e forte cravado no chão, com mais de dois metros de altura e trinta centímetros aproximadamente de diâmetro, localizado na mangueira ou curral, no qual se atam os animais, para doma, para cura de bicheiras ou outros serviços. Papudo
PASSAR UM PITO: Repreender, descompor.
PATRÃO: Designação dada ao presidente de Centro de Tradições Gaúchas (CTG). Patrão-Velho
PELEA: Peleja, pugilato, contenda, briga, rusga, disputa, combate.
PELEAR: Brigar, lutar, combater, pelejar, teimar, disputar.
PETIÇO: Cavalo pequeno, curto, baixo.
PIÁ: Menino, guri, caboclinho.
PIQUETE: Pequeno potreiro, ao lado da casa, onde se põe ao pasto os animais utilizados diariamente.
PONCHO: Espécie de capa de pano de lã, de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, por onde se enfia a cabeça. É feito geralmente de pano azul, com forro de baeta vermelha. É o agasalho tradicional do gaúcho do campo. Na cama de pelegos, serve de coberta. A cavalo, resguarda o cavaleiro da chuva e do frio. Pô Tchê
POTRILHO: Animal cavalar durante o período de amamentação, isto é, desde que nasce até dois anos de idade. Potranco, potreco, potranquinho.
Pila - Dinheiro
Pilcha - Indumentaria completa usada pelo Gaúcho (bombacha, bota, cinto ou faixa ou hasta, chapéu, lenço, camisa.
Potranco - filhote de égua recém nascido
Potro - filhote jovem de égua
Prenda - Mulher, geralmente se refere a companheira, mas estende-se a todas mulheres que frequentam CTG, moças, crianças e idosas.

Q
QUE TAL?: Tudo bem?
QUEIXO-DURO: Cavalo que não obedece facilmente a ação das rédeas.
QUERO-MANA: Denominação de antigo bailado campestre, espécie de fandango. Canto popular executado ao som de viola.
Quera - gaúcho bravo, honrado

R
REBENQUE: Chicote curto, com o cabo retocado, com uma palma de couro na extremidade. Pequeno relho.
REGALO: Presente, brinde.
RELHO: Chicote com cabo de madeira e açoiteira de tranças semelhantes a de laço, com um pedaço de guasca na ponta.
REPONTAR: Tocar o gado por diante de um lugar para outro.
REPONTE: Ato de tocar por diante o gado de um lugar para o outro.

S
SAIR FEDENDO: Fugir à disparada.
SANGA: Pequeno curso d'água menor que um regato ou arroio.
SELIN: Sela própria para uso da mulher.
SESMARIA: Antiga medida agrária correspondente a três léguas quadradas, ou seja a 13.068 hectares. São 3000 por 9000 braças, ou 6.600 por 19.800 metros, ou ainda, 130.680.000 metros quadrados.
SOGA: Corda feita de couro, ou de fibra vegetal, ou ainda de crina de animal, utilizada para prender o cavalo à estaca ou ao pau-de-arrasto, quando é posto a pastar. Corda de couro torcido ou trançado, que liga entre si as pedras das boleadeiras. O termo é usado também em sentido figurado.
Solito - sozinho
SURUNGO: Arrasta pé, baile de baixa classe, caroço.

T
TACO: Diz-se ao indivíduo capaz, hábil, corajoso, guapo.
TAIPA: Represa de leivas, nas lavouras de arroz. Cerca de pedra, na região serrana. Taita
TALA: Nervura do centro da folha do jerivá. Chibata improvisada com a tala do jerivá ou com qualquer vara flexível.
TALAGAÇO: Pancada com tala. Chicotaço, ou um gole muito grande.
TALHO: Ferimento.
TAPERA: Casa de campo, rancho, qualquer habitação abandonada, quase sempre em ruínas, com algumas paredes de pé e algum arvoredo velho. Diz-se da morada deserta, inabitada, triste.
TCHÊ: Meu, principalmente referindo-se a relações de parentesco.
TIRADOR: Espécie de avental de couro macio, ou pelego, que os laçadores usam pendente da cintura, do lado esquerdo, para proteger e o corpo do atrito do laço. Mesmo quando não está fazendo serviços em que utilize o laço, o homem da fronteira usa, freqüentemente, como parte da vestimenta, o seu tirador, que por vezes é de luxo, enfeitado com franjas, bolsos e coldre para revólver.
TOSA: Tosquia, toso, esquila.
TRAMPOSO: Intrometido, trapaceiro, velhaco.
TRANCO: Passo largo, firme e seguro, do cavalo ou do homem.
TRONQUEIRA: Cada um dos grossos esteios colocados nas porteiras, os quais são providos de buracos em que são passadas as varas que as fecham.
TROPEIRO: Condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros. Pessoa que se ocupa em comprar e vender tropas de gado, de éguas ou de mulas. Peão que ajuda a conduzir a tropa, que tem por profissão ajudar a conduzir tropas. O trabalho do tropeiro é um dos mais ásperos, pois além das dificuldades normais da lida com o gado, é feito ao relento, dia e noite, com chuva, com neve, com minuano, com soalheiras inclementes, exigindo sempre dedicação integral de quem o realiza. Trova

U
UMA-DE-PÉ: Uma briga, conflito, luta.
USTED: Você. Usado só na fronteira.

V
VACARIA: Grande número de vacas. Grande extensão de campo que os jesuítas reservavam para criação de gado bovino.
VARAR: Atravessar, cruzar.
VAREIO: Susto, sova, surra, repreensão.
VAZA: Vez, oportunidade.
VIL: Covarde, desanimado, fraco.
VIVENTE: Pessoa, criatura, indivíduo.

X
XEPA: Comida.
XERENGA: Faca velha, ordinária.
XIRU: O mesmo que chiru.
XUCRO: Diz-se ao animal ainda não domado, bravio, arrisco.

Z
ZARRO: Incômodo, difícil de fazer, chato.
ZUNIR: Ir-se apressadamente.

Bueno como meu tempo é mais curto que coice de porco, hoje paro por aqui