domingo, 9 de outubro de 2016

Hoje a pauta é Separatismo

Buenas gauchada, hoje o assunto é separatismo, esta pauta esteve presente no dia 1° de outubro com o Plebiscito do Movimento o Sul é o meu País, eu sou a favor de separa os estados, mas é minha opinião, e mesmo que vejo alguns compatriotas Riograndenses contra, eu sou a favor do Sul, e depois desmembrar os 3 estados, e que isso se estendesse ao restante das regiões.

Como apoiador dessas causas, transcrevo textos bem elaborados visto em páginas na internet (facebook) com o qual vale a pena refletir.

O primeiro foi uma indicação do Amigo Marco Chaves, o segundo da página Movimento República de Santa Catarina, o terceiro da página Independentismo Gaúcho e o quarto no link abaixo:


1° texto - Fala um pouco da nossa cultura não ser igual:

A cultura do poder aquisitivo, que torna viável a ficção que o homem é obrigado a viver, é que efetivamente dá as regras.
A verdadeira cultura que desenvolvíamos como parte integrante do viver da vida, agora nos é escolhida.
Perdemos a espontaneidade e seguimos o pré-estabelecido para socialmente sermos aceitos. Como explicar o sertanejo em centros urbanos muito distantes dos rurais?
O Velho Rio Grande não é exceção. A urbanização e a globalização trocaram o canto do gaúcho. Culturalmente globalizadas, as crianças daqui pulam fogueira. Conduzidas por educandários, que, por interesses ou total ignorância, esqueceram de como o homem se forma e cria raízes, podendo ser identificado geograficamente. Não apenas as escolas cultuam erroneamente assim como os empresários, que como com as crianças nas escolas, impõe condições de ridicularizar a sua mão de obra, os forçando a vestirem-se de perfeitos idiotas, em todas as épocas em que o apelo comercial supera, o respeito e o conhecimento de onde viemos.
Não sabem as autoridades que a cultura brota dos sentidos, das necessidades e sentimentos, quando se faz parte de um mundo isento de ideologia.
No meu Velho Rio Grande as culturas alienígenas encontraram terreno fértil, com características singulares o autêntico Gaúcho é um ser em extinção. Dominado pelo poder econômico e por uma imprensa vil, subjetiva e subalterna, transforma e subjuga essa espécie de homem, com a limitação de seus horizontes e do seu modo de vida.
Montado no sentimento de saudade, parafraseando meu amigo Eron Vaz Mattos, ainda , De Rédeas na Mão , eu e Afonso Celso Medeiros Leal Leal, em respeito aos ouvintes do Clube Rural, um ano após o seu encerramento, depois de 16 anos nas madrugadas da Frontera escrevemos a quatro mãos este texto, e anexamos a reportagem realizada pelo amigo Mariano Augusto com o saudoso Don Átila Sá Siqueira, falando sobre temas que de uma forma ou outra reponta o que vivemos de caos cultural e de falta do efetivo reconhecimento de quem somos,evidentemente com a devida liberação do arquivo de áudio da Rádio Difusora de Bagé a qual agradecemos ao amigo João Vicente Gallo.
Não deveríamos conhecer o Mickey antes das ruinas de São Miguel.
Não confundam "união de pessoas" com "união de Estados". Unir as pessoas é um conceito que não tem nada a ver com fazer parte da mesma unidade administrativa. Um exemplo é o nosso verão catarinense. Quando recebemos argentinos, uruguayos e paraguayos na temporada, já estamos vivendo em uma comunidade unida de pessoas. O fato de possuirmos, cada um, suas próprias leis e suas repectivas unidades administrativas não significa que somos desunidos, significa que nos respeitamos nas nossas diferenças, e sabemos que culturas diferentes precisam de administrações e legislações diferentes.

2° Texto

O Brasil é uma insanidade. São 200 milhões de pessoas espalhadas por um território equivalente a toda Europa ocidental, Europa oriental, e um pouco do oriente médio, tentando admistrar, com as mesmas leis e o mesmo governo, regiões com diferenças socio-econômicas e culturais gigantescas. Isso nada mais é do que uma insanidade mental, fruto da repressão autoritária do poder central que assassinou os milhares de separatistas do século 19 e 20 que apenas lutavam por um governo menor, que expressasse melhor o estilo de vida e as necessidades daquela região. Quando você se posiciona a favor da União e contra os movimentos separatistas, você está convalidando os crimes cometidos pelo Estado brasileiro no passado.

Existem pessoas que dizem que quanto mais secessão, mais Estado temos, pois são mais unidades administrativas. Pare um pouco pra pensar e você perceberá o nível de insanidade dessa frase. É a mesma coisa que dizer que se a gente pegar uma toalha e dividir por 4, teremos mais toalha. A quantidade de toalha continua a mesma, a diferença é que 4 pessoas diferentes poderão usá-la ao mesmo tempo, um pedaço menor, claro, ao invés de ficarem todos os 4 degladiando sobre quem que vai ter a posse da toalha. Se nesse exato momento extinguíssemos a União e o Congresso Nacional, e transformássemos os governadores dos estados em presidentes e as Assembleias Legislativas em congressos nacionais, poderíamos dizer que há mais Estado? Isso não tem o mínimo de sentido. Faz muito mais sentido dizer que, agora, regiões com características sócio-econômicas e culturais completamente diferentes poderão tomar suas próprias decisões, e poderão governar com mais Estado ou menos Estado, a depender das suas respectivas necessidades.

Cuidado com a falsa lógica dos defensores da União. Eles estão tentando te enrolar, pois o objetivo deles é chegar até algum órgão da União e viver às custas do seu dinheiro. Regiões com culturas e características sócio-econômicas diferentes precisam de administrações e legislações diferentes. Defenda a independência do seu estado!

3° Texto

Sempre houve uma preocupação por parte do governo central em garantir o Rio Grande como brasileiro, excluindo-se todas as conexões culturais possíveis com a região platina (de onde provém nossa cultura).
Até hoje, é possível dizer que a maioria dos gaúchos acredita piamente que "gaúcho" é quem nasce no RS, e que a cultura gaúcha é só uma parte meio estranha da cultura brasileira.
Muitos ainda, acreditam na propaganda do MTG e seus CTG's, a qual prega que o estereótipo gaúcho surgiu com os generais e homens de guerra, conquistadores do território rio-grandense em nome da Coroa Portuguesa.
Poucos intelectuais rio-grandenses pararam para estudar a cultura do peão humilde, dos gaúchos primitivos, mescla bem sul-americana de povos ibéricos com nativos do Novo Mundo. Aquele mestiço original, oprimido em recrutamentos forçados pelas duas potências europeias interessadas em garantir acesso ao estuário do Prata.
Isso, a "historiografia oficial" não conta, porque os livros de História costumam mostrar somente o lado do vencedor. No nosso caso, a cultura do rico estancieiro, do oficial militar, agraciados pela Corte, e não a do povo rio-grandense. Por outro paradigma, a cultura regional do ponto de vista do Império Brasileiro, em detrimento da visão cultural do povo da própria República Rio-Grandense.
Daí, não é de admirar que uma pesquisa genética que demonstre a ancestralidade dominante nos gaúchos cause tanta estranheza. Pois a maioria dos gaúchos, diferentemente de todos os estados brasileiros, descende predominantemente de espanhóis por linha paterna, e de indígenas charruanas por linha materna. Isso mesmo! E temos orgulho disso! É o achismo da antropologia brasileira sendo desvelado como ideologizado pela própria ciência!
Somos doutrinados desde crianças, a crer que os gaúchos são o resultado de infindáveis guerras contra os castelhanos, sendo portanto, portugueses. A lavagem cerebral "anti-castelhana" é tamanha, que não raras opiniões em cidades da nossa fronteira consideram o uruguaio ou argentino algo como uma "raça" inferior. Depois de tanto tempo, não será fácil mudar isso.
Mas, para a suprema infelicidade desses exploradores, nem assim as profundas raízes separatistas morreram por aqui. Resgataremos nossa história esquecida! Não cairemos mais no embuste da mídia sudestina, que opõe brasileiros a argentinos em uma tentativa de lucrar no esporte, mas que acaba por nos alijar ainda mais de nossas raízes. Uruguaios e argentinos são nossos irmãos culturais. A cultura deles e a nossa se desenvolveram mais ou menos de forma independente, desde o fechamento definitivo das fronteiras - mas, ainda assim, temos mais semelhanças do que diferenças.
Resgatemos, outrossim, a história de nossos nativos esquecidos. O charrúa, o munuano, o guenoa, o guarani. Somos menos distantes deles do que pode parecer.

O independentismo é o único caminho.

sábado, 8 de outubro de 2016

Resultados dos Festivais de Setembro

24
24ª Guyanuba da Canção de Sapucaia

1° Lugar: Ronda Noturna
Letra: Antônio Carlos das Neves
Música: Mauro Antônio Kuett Marques
Interprete: Vinicius Santos

2° Lugar: Nas Veias do Padreador
Letra: Rodrigo Bauer
Música: Carlos Madruga
Interprete: Flávio Hanssen

3° Lugar: Há um Guri que se Perdeu
Letra: Lauri Lopes
Música: Tiago Machado
Interprete: Tiago Machado

Música Mais Popular: Velório de Campanha
Letra: Fernanda Gonçalves e Eduardo Pinheiro
Música: Nelson Rosa
Interprete: Eduardo Pinheiro

Melhor Música Regional: Ronda Noturna

Melhor Intérprete: Vinicius Santos - Ronda Noturna

Melhor Intérprete Regional: Vinicius Santos - Ronda Noturna

8° Canto Farroupilha de Alegrete

Vencedores Cantinho Farroupilha 2016

MIRIM
1º LUGAR – Gabriel Corrêa Castro, com “Milonga Abaixo de Mau Tempo(Quarai)

INFANTIL
1º LUGAR - Anna Laura Cornel, com “O Muro” (São Gabriel)

JUVENIL
1º LUGAR - Juarn Winz, com “Geadas” (Santana do Livramento)

AUTORAL
1º LUGAR - João Pedro Alves Teixeira, com “Canção Para Minha Infância” (Alegrete)

2º LUGAR - Felipe Adornes Aguiar, com “Vivendo e Aprendendo” (Uruguaiana)

TROFÉU DESTAQUE - Pedro e Guilherme Fernandes, com “Paleteada” (Santana do Livramento)

VENCEDORES DO 8º CANTO FARROUPILHA:

1° Lugar: Arrocinador
Letra: Adriano Silva Alves
Música:  Juliano Gomes
Intérprete: Pirisca Greco.

2° Lugar: Peregrino e Cruzador
Letra: Rafael Machado
Música e Intérprete: André Teixeira

3° Lugar: Uma milonga e mais nada
Letra: Felipe Corso
Música: Cristian Camargo.

Melhor melodia – Arrocinador
Letra: Adriano Silva Alves
Música:  Juliano Gomes
Intérprete: Pirisca Greco.

Melhor poesia – Peregrino e Cruzador
Letra: Rafael Machado
Música e Intérprete: André Teixeira

Música mais popular: Torcendo a chave do arame
Letra: Glademir Teixeira Nunes
Música e Intérprete: Gerson Brandolt

Melhor Intérprete – Marcelo Oliveira

Melhor instrumentista – Ricardo Comaceto


9º Canto Missioneiro da Música Nativa de Santo Ângelo

1° LUGAR: Prícipios
Letra: Flaubiano Lima / Jaime Brum Carlos
Melodia: Jean Kirchoff / Régis Reis
Interpretação: Jean Kirchoff

2° LUGAR: Conselho
Letra; Zeca Alves
Melodia: Alex Har
Interpretação: Juliana Spanevello

3° LUGAR: Campeiro das Missões
Letra: José Estivalet
Melodia: Zulmar Benitez
Interpretação: Cristiano Fantinel e Jorge Freitas

MAIS POPULAR: Timbres de Alma Índia
Letra: Mano Fontoura
Melodia: Mano Fontoura
Interpretação: Mano Fontoura, Patrício Maicá e Antônio Fontoura

MELHOR INTÉRPRETE: Juliana Spanevello
Música: Conselho


MELHOR INSTRUMENTISTA: Douglas Mendes (violino)
(O Amor Quando se Achega/Estrelas Parceiras/Conselho)

MELHOR LETRA: Prícipios
Autores: Flaubiano Lima/Jaime Brum Carlos

MELHOR MELODIA: Conselho
Autor: Alex Har

TEMA MISSÕES: Meu Canto, Meu Sustento
Letra: Nenito Sarturi
Melodia: Halber Lopes
Interpretação: Nenito Sarturi

ETAPA LOCAL:

1° LUGAR: Timbres de Alma Índia
Letra: Mano Fontoura
Melodia: Mano Fontoura
Interpretação: Mano Fontoura, Patrício Maicá e Antônio Fontoura

2° LUGAR: Resgate
Letra: José Mauro Ribeiro Nardes/Mario Amaral
Melodia: Mario Amaral
Interpretação: Eduardo Maycá

3°LUGAR: Quando Mateio com a Saudade
Letra: Claudio Vargas
Melodia: Cláudio Vargas
Interpretação: Cláudio Vargas

6º Festival Campo a Fora de Santiago

1° LUGAR: LA D’ONDE VIVO
Ritmo: Milonga
Letra: Gederson Fernandes
Melodia: Joaquim Brasil/Halber Lopes
Interpretação: Joaquim Brasil

2° LUGAR: PALANQUE
Ritmo: Rasguido
Letra: Mario Lucas
Melodia: Diego Camargo
Interpretação: Anderson Marques

3° LUGAR: CAMPO A FORA
Ritmo: Milonga
Letra: Rodrigo Bauer
Melodia: Otávio Machado/João Gustavo Nunes
Interpretação: Anderson Gotardo e Dionathan Farias

Melhor Instrumentista: Joaquim Velho - Lá D’Onde Vivo

Melhor Intérprete: Erika Martins- Sou Mulher.

Melhor Melodia: Lá D’Onde Vivo - Joaquim Brasil/Halber Lopes.

Melhor Letra: Palanque - Mario Lucas

Mais Popular: Campo a Fora
Letra: Rodrigo BauerMelodia: Otávio Machado/João Gustavo Nunes.
Interpretação: Anderson Gotardo e Dionathan Farias



23ª Estância da Canção Gaúcha de São Gabriel

23ª Estância da Canção Gaúcha

1° Lugar: Nos Braços da Madrugada
Letra: Edilberto Teixeira (in memoriam)
Melodia: André Teixeira
Interpretação: André Teixeira

2° Lugar: Encanto
Letra: Volmir Coelho
Melodia: Volmir Coelho.
Interpretação: Volmir Coelho

3° Lugar: Alçado
Letra: Matheus Neves da Fontoura/Hugo Pedroso
Melodia: Robledo Martins.
Interpretação: Cristiano Fantinel e Alex Haar

Melhor Intérprete: Cristiano Fantinel - Décima do Arrependido

Melhor Instrumentista: Mauro Silva – Gaita Botoneira - Atalhos

Melhor Melodia: Assim Será - chamarra - Fabrício Harden.

Melhor Poesia: Encanto - Volmir Coelho

Melhor Tema Campeiro: Virando Lonca
Letra: Rodrigo Bauer
Melodia: Matheus Alves
Interpretação: Ângelo Franco

Melhor Conjunto Instrumental: Alçado

Violão Solo: Halber Lopes

Violão Solo: Marcelinho Carvalho

Violão Base: Rafael Veiga

Guitarron: Geovani Silveira

Mais Popular: Galopeando
Letra: Lisandro Amaral
Melodia: Edilberto Bérgamo.
Interpretação: André Teixeira e Guilherme Collares

Revelação: Marcelo Bassualda - Encanto
Melhor Indumentária: André Teixeira

Troféu Incentivo Cultural: Alex Silveira
Troféu Amadrinhador: Marina Arce

Estancinha
1° Lugar Piá: Amanda Miranda Lauxen
1° Lugar Mirim: Anna Laura Cornel

2º Mar em Canto de Rio Grande

1° Lugar: Rincão das Águas
Autor: Cristofer Pereira de Pinho
Interpretação: Jader Leal

2° Lugar: Ondas Salgadas da Dor
Autores: Ricardo Cordeiro/Luana Fernandes
Interpretação:
3° Lugar: A Última Canoa
Autores: Carlos Hahn/Adriano Sperandir
Interpretação: Adriana Sperandir

Melhor Intérprete: Bruno Acosta - Estrela do Mar

Melhor Letra: Cardume de Lixo - Carlos Eichner Rodrigues

Melhor Instrumentista: Angelo Schenke

Melhor Arranjo: A Última Canoa]

Fonte: rondadosfestivais.blogspot.com
           www.ctgfarroupilha.com.br

sábado, 24 de setembro de 2016

Resultado dos festivais de Agosto - Ronco do Bugio, Moenda, Canto Nativo, Vigília

Buenas gauchada, vem com um pouquito de atraso os resultados do mês de agosto dos festivais ocorridos pelo Rio Grande:

25º RONCO DO BUGIO - São Francisco de Paula

1° Lugar OS TROPEIROS DE SÃO CHICO
Letra: Anildo de Souza Araújo/Milton César Hoff/Jones Andrei Vieira
Melodia: Jones Andrei Vieira
Interpretação: Daniel Silva

2° Lugar: NO RONCAR DE UM BUGIO
Letra: Paulo Ricardo Costa
Melodia: Halber Lopes/Jarbas Nadal
Interpretação: Cristiano Fantinel

3° Lugar: BOCA DE CORREDOR
Letra: Jairo Fonseca
Melodia: Jardel Borba
Interpretação: Jardel Borba e Grupo Brasil de Bombachas

MAIS POPULAR: BOCA DE CORREDOR

MELHOR INTÉRPRETE: CRISTIANO FANTINEL - No Roncar de Um Bugio

MELHOR INSTRUMENTISTA: BETO CAETANO - Um Bugio Bem Gaúcho


RONCO DO BUGIOZINHO:

1° Lugar: MATHEUS REIS MACHADO
Música: No Galpão Serrano

2° Lugar: MANUELA BASSUALDO DUARTE
Música: Sonoridade Serrana

30ª MOENDA DA CANÇÃO - Santo Antônio da Patrulha

1° Lugar: FOLHA EM BRANCO
Letra: Martin Cesar
Melodia: Zebeto Correa
Interpretação: Zebeto Correa

2° Lugar: CÁ NA CIDADE
Letra: Piero Ereno
Melodia: Piero Ereno
Interpretação: Jean Kirchoff

Melhor Música na Opinião do Público: BUSCA
Letra: heleno Cardeal
Melodia: Diogo Barcelos
Interpretação: Marcia Freitas

Melhor Intérprete: Marcia Freitas

Melhor Instrumentista: Diogo Barcelos

Melhor Letra: Folha em Branco

Melhor Melodia: Folha em Branco

Melhor Arranjo: Muito Além (Maxoel Freitas/Duca Duarte)

6ª Moenda Instrumental:

1° Lugar: SONO LEVE
Autores: Arthur Bonilla (in Memorian)/Samuca do Acordeon
Interpretação: Samuca do Acordeon e Pedrinho Figueiredo

Melhor Instrumentista: Pedrinho Figueiredo

Melhor Arranjo: Aquífero (Christian Sperandir)

9º CANTO NATIVO - Santo Augusto


1° Lugar: Os Da Mesma Família
Autores: Romulo Chaves/ Robledo Martins/ Emerson e Arison Martins
Interpretação: Cristiano Fantinel e Trio Peregrinos

2° Lugar: Reminiscências
Autores: João Carlos Koning/Luiz Carlos Campo
Interpretação: José Ricardo Nerling

3° Lugar: Perdão Querência
Autores: Francisco Goulart/Sergio Pereira/Maximliano Tchê Tuco
Interpretação: Maximiliano Tchê Tuco

Melhor Interprete: José Ricardo Nerling - Reminiscências

Melhor Instrumentista: Henrique - Vento Minuano

Melhor Arranjo: Da Minha Alma de Campo

Melhor Letra: Os Da Mesma Família – Rômulo Chaves

Melhor Grupo Instrumental: Vento Minuano

Música Mais Popular: Passarinheira
Autores: Binho Pires/Erlon Péricles

Musica Destaque Regional: O Que Contigo Aprendi (João Perussato)Musica Destaque: A Estrada (Cristiano Sonntag/Maximiliano TchêTuco)


25ª VIGÍLIA do CANTO GAÚCHO- Cachoeira do Sul

LINHA RIO-GRANDENSE
1° Lugar: ESPERAS EM SOLIDÃO
Letra: Carlos Machado
Melodia: Carlos Machado
Interpretação: Nando Soares

2° Lugar: NAS LINHAS DO MEU VERSO
Letra: Rafael Chiapetta
Melodia: Andrigo Xavier
Interpretação: Gustavo Teixeira


LINHA CAMPEIRA
1° Lugar: ERA LINDO
Letra: Jaime Brum Carlos/Ezequiel da Rosa
Melodia: Felipe Raduns
Interpretação: Clenio Bibiano da Rosa

2° Lugar: CRIADOR
Letra: Marciano Reis
Melodia: Marciano Reis Filho
Interpretação: Robson Garcia

Melhor Intérprete: CRISTIANO FANTINEL - Léguas Por Diante

Melhor Instrumentista: GLAUCO RIBEIRO - Entre o Céu e o Chão

Melhor Poesia: O POTRO E O LOUCO - Cleiton dos Santos/Macelo Paz Carvalho

Melhor Melodia: ERA LINDO - Felipe Radunz/Ezequiel da Rosa/Jaime Brum Carlos

Mais Popular: SOU TAMBÉM DESTE MUNDOAutores: Denis Silva/Hugo Pedroso/Clênio Bibiano
Interpretação: Eunice Bendler


Fonte: http://rondadosfestivais.blogspot.com.br/

domingo, 11 de setembro de 2016

11 de Setembro - Proclamação da República

Pois é, indiada, 11 de setembro, enquanto o Brasil e o mundo lembra uma tragédia, que é lógico que não devemos ficar indiferentes, nós gaúchos de alma e coração lembramos a data mais importante de nossa nação, em 11 de setembro de 1836, foi proclamada a República Riograndense, pelo nosso saudoso e heróico Gen. Netto. Infelizmente nossa República perdurou por poucos anos, mas, serviu para manter aceso o sentimento de liberdade do povo Gaúcho, e hoje, nesta data tão importante, devemos parar e pensar se está correta viver nessa tirania imposta pelo brasil, um país que se diz tão democrático e trata seus "filhos" de uma maneira exclusivamente explorativa, sugando nossas riquezas e retornando migalhas.

Que sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra, e que essas façanhas começam hoje, nesta data, vamos lá gauchada, vamos unir forças e nos libertar.

Abaixo transcrevo o discurso do Gen. Neto para sua tropa, no 11 de setembro de 1836, um dia após uma importante vitória no Campo dos Menezes, no Seival, localidade do município de Candiota, onde é proclamada a  república Riograndense.

"Bravos companheiros da 1ª Brigada de Cavalaria!
Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre os escravos da Corte do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais de nossa província, faz derramar sem piedade o sangue de nossos compatriotas, para deste modo fazê-la presa de suas vistas ambiciosas.
Miseráveis! Todas as vezes que seus vis satélites se têm apresentado diante das forças livres, têm sucumbido, sem que este fatal desengano os faça desistir de seus planos infernais.
São sem número as injustiças feitas pelo Governo. Seu despotismo é o mais atroz. E sofreremos calados tanta infâmia?
Não, nossos companheiros, os rio-grandenses, estão dispostos, como nós, a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirânico, arbitrário e cruel, como o atual. Em todos os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república, liberdade ou morte.
Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis escravos do poder absoluto.
Camaradas! Nós que compomos a 1ª Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império, e forma um estado livre e independente, com o título de República Rio-grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará competentemente.
Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!
Campo dos Menezes, 11 de setembro de 1836 – Antônio de Sousa Neto, coronel-comandante da 1ª brigada."

Fonte: Imagens da internet

sábado, 10 de setembro de 2016

Uma breve charla - Vida e Morte da nossa cultura

Uma destas semanas que passou, fazendo o reponte diário no facebook me deparei com uma postagem que me entristeceu, o cantor nativista Ita Cunha coloca uma explanação sobre um programa de música gaúcha que encerra suas atividades, e o "motivo"? A rádio alega que as músicas solicitadas pela audiência não tem apelo comercial, pois, são nativistas e meio paradas. Pra mim isso é um absurdo, pois, hoje em dia vivemos em uma batalha constante pela preservação dos costumes do RS.
E quanto ao apelo comercial, vejo os eventos nativistas que vou, há uma grande presença do público, sendo este público pilchado ou não. Isso significa que, mesmo que a pessoa não tenha o costume do uso do nosso traje tipico, ela não abre mão do seu chimarrão e de escutar um buena música nativista, sendo ela falando de campo ou de sua prenda.
Acrescento mais ainda, como experiência própria, o público desse gênero, além, de apreciador é grande consumidor de nativismo, tanto a literatura, quando a mídia musical.
Baseado nisso, vejo novamente um certo preconceito pelo nossa música da terra, pois, estamos sendo invadidos pelo "estrangeirismo" e vendo nossos jovem consumirem uma pseudo cultura do Brasil e de outros países do exterior, e a música nativista não é mais moda, é um fato consolidado, que faz parte de uma cultura que tem seu berço na região do prata, tanto uruguayo, quanto argentino.
Hoje, precisamos unir forças contra as agressões culturais que nos agridem diariamente e tentam sorrateiramente desviar nossos jovem.
Cultura não é para ser regrada e sim preservada, e o culto aos nossos costumes começou na década de cinquenta como todos sabem, porém, nos últimos anos ela vem sendo um pouco deturpada e a maioria somente lembra das tradições gaúchas setembro e isso é grave.
Além desse exemplo que o Ita Cunha citou, aqui na região serrana também já aconteceu um fato parecido, onde a rádio Oi FM de Bento Gonçalves deixou de apresentar o programa tradicionalistas das 17hs e como ouvinte reclamei, a resposta foi que faz parte da mudança na rádio.
Então meus amigos, não seja gaúcho apenas em setembro, prestigiem os músicos da nossa terra, nosso estado, de nossa região. Compre o trabalho dos músicos daqui, vamos valorizar nossa cultura e nossos costumes.
A tradição do pampa, a tradição gaúcha, a verdadeira tradição,  está morrendo e quem está tentando salvá -la está só, que são os cantores e músicos que sobem num palco defendendo a tradição Nativa, a milonga, o chamamé. Há 5 anos venho mantendo este meio de comunicação e me empenhando em divulgar nossa cultura, respeitando as demais. Não trago muitas noticias devido a correria do dia dia, mas, tento de todas as formas levar um pouquito do Rio Grande para os demais rincões, tento mostrar que a cultura e os costumes do nosso Rio Grande não é somente a bombacha e a exaltação à revolução farroupilha, é um conjunto de culturas que se somaram no tropear de séculos, os anos e anos atras os espanhóis, os portugueses, os índios e os castelhanos agregaram suas peculiaridades e se formou o GAÚCHO, o gaúcho do pampa, o Riograndense, o Uruguayo e o Argentino. Sim, estamos irmanados com os castelhanos, lá o gaúcho é respeitado mais que aqui, onde nos intitulamos gaúcho.
Precisamos rever nossa maneira de ser gaúcho para que a nossa cultura não morra, para que nossos netos no futuro nem saibam o porque eles tomam chimarrão, para que não digam: - eu tomo porque meu avô tomava.
Gaúcho e gaúchas, nascidos ou não no Rio Grande, vamos exaltar nos tradições sem menosprezar a dos outros, vamos ser gaúcho sem desrespeitar os que não são e aos que acham nosso gauchismo uma borragem, vamos mostrar o lado bom de ser gaúcho e acima de tudo mostrar o porque somos assim, de onde saiu esse nosso "jeito bem bagual", para que possamos ser compreendidos e respeitados por todos, e quem sabe aquele que não é gaúcho queira ser, aquele que era porque achava que estava na moda, seja porque acredita e respeita sua cultura e aquele que já acreditava e defendia sinta-se realizado e motivado para não deixar a nosso cultura morrer.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Semana Farroupilha de Caxias do Sul

Buenas gauchada, como estamos em setembro, segue a programação artística da semana farroupilha de Caxias do Sul.

Programação artística

15 de setembro, quinta-feira
19:00 - Espetáculo com Luidhi Moro Müller
20:00 - Espetáculo com Maiquinho do Acordeão e Grupo Tropiada

16 de setembro, sexta-feira
19:00 - Espetáculo com Paulinho Silva e Tchamanhã
20:00 - Espetáculo com Maral Gurgel
21:00 - Espetáculo com Herança Gauderia com particupação especial Adelar Bertussi

17 de setembro, sábado
09:00 - Festival Serrano – mirim e juvenil
11:00 - Abertura oficial da Semana Farroupilha
13:30 - Comunidade S.O.S. Música
19:00 - Mostra Biriva
21:00 - Espetáculo com Robson Boeira
23:00 - Baile – Grupo Os Tiranos

18 de setembro, domingo
09:00 - Festival Serrano – adulta e veterana
13:30 - Comunidade S.O.S. Música

20 de setembro, terça-feira
11:00 - Missa Crioula – Padre Camerini
14:00 - Desfile “A República das Carretas”
17:00 - Caborteiro de Bagé
18:00 - Fabio Soares

Fonte: Gaúcha Serra.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Setembro na Minuano Discos

Buenas gauchada, é setembro e a Minuano Discos está com combos especialissimos para a gauchada se divertir neste mês farroupilha.
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Confira estes e outros mais em minuanodiscos.com.br:




domingo, 28 de agosto de 2016

Freio de Ouro - 2016 - Vencedores

Buenas gauchada amiga, ocorreu hoje à grande final do Freio de Ouro 2016, e o blog trás os grandes vencedores.
Confira abaixo.

FÊMEAS
Classificação – Box – Nome – Nota final
1º – 19 – FARRERA DE LOS CAMPOS – 20.998
2º – 27 – CARLOTA DE SÃO PEDRO – 20.669
3º – 42 – NATIVIDADE SETEMBRINA – 20.305

MACHOS
Classificação – Box – Nome – Nota final
1º – 84 – HARMONIA TEMPRANO – 22.607
2º – 75 – GUAPURUMA MATE AMARGO – 20.608
3º – 93 – BT VERMUTE – 20.519

Fonte: http://freiodeouro.canalrural.com.br/

domingo, 14 de agosto de 2016

Dia dos Pais

Hoje uma data importante a todos os Pais, nós que até então, não entendiamos a grandeza da data até nos tornar Pais. Antes era somente o ato de presentear e ter a certeza que estava agradando, porém, quando o vivente se torna PAI, pai de verdade, tudo muda e a vida se torna uma batalha constante para não decepcionar quem te admira diariamente.

Presentes não significam nada perto do abraça, do pedido de auxilio para uma atividade simples ou um simples: - Pai me dá a mão.

Eu me incluo neste exército de pais que lutam para servir de modelo aos filhos, sei que tento ser um homem melhor a cada dia para servir de exemplo aos meus filhos como se tornar um ser humano melhor. Dizem que pai é quem cria, é verdade em partes, pois, temos que criar direito, ensinar o certo e errado, criar não é colocar no mundo e dar água e comida, é nortear uma vida que está se formando com valores e caráter, ser íntegro até mesmo durante o sono.

PAI tem que ser aquela rocha pronta para levar as pancadas da vida e se mostrar firme perante ao seus,tem que ser o porto seguro familiar para seguir em frente as tradições familiares.

Sei que faço o possível para ser referência, mas, pai as vezes falha, eu sei que falho, mas, devemos pelo menos se manter íntegros.

Aos pais gaudérios, mostrem o valor de nossas tradições aos filhos, transmitam os valores de liberdade, igualdade e humanidade, preguem o respeito entre si e com os outros, sejam duros, pois, a vida será dura com nossos filhos, sejam pais, que a vida fará com que eles precisem de vocês.

Aos pais de todos os rincões o blog deseja um Feliz dia dos pais e muita lucidez na condução da educação dos filhos.

sábado, 13 de agosto de 2016

Momento da Poesia Gaúcha - Romance do Injustiçado



Hoje o blog traz a poesia de Aparício Silva Rillo, um dos mestres gaúchos da poesia.

Romance do Injustiçado 

Como talhado em pau-ferro, 
o carão de traços duros,
o bigodão mal cuidado
desabando sobre os lábios;
par de asas mui cansadas
de um avejão de cor negra.
Melena de muitos meses,
sobrando por sobre a gola
e o colorado de um lenço,
sangrando em riba do peito.

A bombacha de dois panos,
remangada sobre a bota. 
Os cravos da espora grande
mordendo a franja do pala,
bem atirado pra trás.
No fivelão da guaiaca,
luzindo em campo de prata,
o louro das iniciais.

Sobrando da faixa negra
que lhe abarcava a cintura,
o cabo entalhado em chifre 
da xerenga de dois palmos.
Um relho, trança de oito,
vinha arrastando a açoiteira
dependurado no pulso
pelo tento do fiel.

Pela rédea, o azulego, 
se via que flor de flete
malgrado a estampa judiada 
de pingo que muito andou.
Foi assim que há muitos anos 
bateu nas casas da estância
o celebrado bandido
chamado “Estácio Arijo”.

Bandido para a justiça,
por seu respeito se explique,
que as razões de um índio macho 
nem sempre são bem aceitas 
pelos códigos e leis.

Bandido por ter sangrado,
igual de raiva e de armas
a um cujo que desonrara 
a mais moça das irmãs.

Bandido, porque apertado 
entre as brigadas e a enchente, 
já não podendo escapar 
por debaixo da fumaça, 
matou um dos quatro praças 
que lo quiseram carnear.

Bandido, porque seguido 
por milicadas sequiosas 
de uma vingança total, 
fugiu da estrada real 
para o mais fundo dos matos,
carneando chibos alheios 
para o churrasco sem sal.

Bandido, porque enleado 
na rudez da ignorância, 
fez da fuga e da distância 
seu modo de mal viver; 
porque quis a sina ingrata, 
que nunca tivesse plata 
para pagar um bacharel.

Bandido, porque não teve, 
a exemplo de tanta gente, 
cancha livre, costas quentes, 
à sombra de um coronel.

E assim viveu como bicho, 
pelos fundões das fazendas, 
a carregar a legenda 
de perigoso e assassino, 
ximbo, bagual, teatino, 
com fama de touro alçado, 
tragando o duro guisado 
que lhe picava o destino.

N’algum bolicho de estrada 
boleava a perna cestroso,
pelos domingos de tarde.
Para um cantil de cachaça, 
meio quilo de bolacha 
mais um punhado de sal.

Olhava de olhos compridos 
para o mais das prateleiras, 
pra um bom fumo amarelinho, 
pros maços de palha buena, 
para a erva de palmeira, 
num saco sobre o balcão.
Mas vinha curto seu cobre, 
mal e mal traz precisão; 
o bolicheiro era pobre, 
e ele não era ladrão.

E a polícia no seu rastro, 
malgrado o tempo passado, 
perseguido e acuado 
por plainos e socavões, 
sempre mudando de pouso 
pra confundir os milicos, 
que em manhas sim, era rico, 
por evidentes razões.

Cansou-se um dia, afinal, 
daquela vida de bicho, 
daquele estranho cambicho 
com as más volteadas da sorte,
de não ter rumo nem norte, 
não ter descanso ou sossego. 

E assim bateu cá na estância, 
naquele entono de taita 
que manda parar a gaita 
por ter cansado do baile. 
E ao patrão, velho Boerana, 
pediu Estácio Arijo 
que mandasse algum chirú
levar ao povo um recado:
que viesse o delegado, 
que ele afinal resolvera: 
ele, o bandido; ele, o maula, 
trocar o largo dos campos
pelo encolhido das jaulas.

Nas suas noites de insônia, 
entre um pelego e as estrelas, 
conseguira convencer-se 
que, sendo justa, a justiça 
lhe entenderia as razões 
e lhe daria, a lo muito,
poucos anos de condena 
ou mesmo absolvição.

Foi então, que a meia tarde,
num fordecão atochado, 
deu na estância o delegado 
com quatro praças por quebra 
para formar o sarilho: 
quatro fuzis embalados, 
quatro dedos no gatilho.

Então ... Estácio Arijo
tomou seu último mate, 
no mesmo entono de guapo
que era seu jeito de sempre,
arrastou a espora grande 
na direção dos milicos.

- Nem mais um passo! 
gritou-lhe num gritinho de falsete, 
o delegado, um joguete 
nas mãos do chefe local.
- Levante as mãos! 
- Largue as armas! 
- Esteje preso, seu bandido, 
seu metedor de pendenga!

E o Arijo, decidido 
a entregar-se sem briga,
levou a mão à barriga 
para descartar a xerenga.

- Cuidado! Berrou um praça.
Tremeram cinco covardes; 
e na calma desta tarde 
berraram quatro fuzis, 
quatro sóis de fumo e sangue 
se lhe acenderam no peito.

Foi desabando aos pouquitos 
de frente para os milicos, 
no jeito de um velho angico 
caído junto às macegas 
que lhe envejavam o entono.

E já quase adormecendo 
para o derradeiro sono, 
quatro vezes mal ferido, 
teve ainda tino e ouvido 
para escutar um dos cinco 
que lhe gritava:
- Bandido!

Caiu ... 
olhando pro céu, 
tinto de sangue e de luz.
Dava-lhe o sol pela frente, 
como a incendiar-lhe a figura, 
a mais rica das molduras 
para enquadrar um valente !