sábado, 9 de novembro de 2024

Rodeios e Gineteadas no Rio Grande do Sul

Quando se fala em cultura gaúcha, é impossível não pensar nos rodeios e nas gineteadas que percorrem o interior do Rio Grande do Sul. Muito além de eventos esportivos, essas festividades são um retrato da história, da coragem e da relação profunda entre o homem e o campo. Elas têm raízes que remontam ao passado dos gaúchos, quando o domínio sobre o cavalo era necessário para a lida no campo e a sobrevivência.

No sul do Brasil, o frio da campanha e o calor da tradição se encontram nos rodeios e gineteadas, eventos que exaltam a essência do gaúcho e sua paixão pelo campo. Muito mais que competições, essas festas celebram nossa cultura e o orgulho de pertencer ao Rio Grande do Sul.

Os rodeios e gineteadas são o palco onde se destacam peões e cavalos, num embate que as vezes prendem a respiração de quem assiste. A cada desafio, uma história de superação e parceria entre homem e animal ganha vida, resgatando o espírito de nossos antepassados, que encontravam no campo sua força e sustento.

Além das provas, os rodeios são também um encontro de famílias e amigos, repletos de danças, chimarrão e pratos típicos que aquecem corpo e alma. É um momento de relembrar nossas raízes, celebrar a cultura gaúcha e viver a tradição com intensidade.

Se você nunca viveu essa experiência, não perca a chance de se conectar com a alma do Rio Grande do Sul. Venha para um rodeio e descubra como a tradição e o orgulho de ser gaúcho estão presentes em cada movimento, em cada sorriso e em cada toque da gaita.

Para entender a essência dos rodeios e das gineteadas, é importante conhecer o significado de cada uma dessas tradições, o que elas representam para o povo gaúcho e como elas fortalecem a identidade cultural do Rio Grande do Sul.

A Origem dos Rodeios no Rio Grande do Sul

O rodeio nasceu no dia a dia dos tropeiros e estancieiros, que, em sua rotina de trabalho, precisavam demonstrar destreza com o laço e habilidades no manejo dos cavalos. Com o tempo, essas habilidades se transformaram em competições saudáveis que, além de valorizar o peão, simbolizavam a força do gaúcho e sua adaptação ao ambiente rural.

A partir do século XX, os rodeios começaram a se organizar como eventos públicos, ganhando destaque nas festas tradicionais do estado. Hoje, eles acontecem em diversas cidades e são frequentados por pessoas de todas as idades que, além de admirarem as provas, celebram a cultura gaúcha em uma atmosfera de festa e união.

A Gineteada: Uma Prova de Coragem e Habilidade

Diferente do rodeio, que envolve diversas modalidades como laço, rédeas e apartação, a gineteada é uma prova focada na relação entre peão e cavalo. O objetivo é que o ginete (nome dado ao competidor) se mantenha o máximo de tempo possível sobre um cavalo xucro, sem ser domado, enquanto ele corcovea tentando tirar o ginete do lombo em uma batalha entre o cavalo e o peão.

As gineteadas são conhecidas por exigir força, equilíbrio e muita coragem dos competidores, uma vez que o risco de quedas é grande e o animal a única coisa que busca é derruba-lo. Essa é uma modalidade que desperta a emoção dos espectadores e se tornou um símbolo de resistência e tenacidade do povo gaúcho, que vê no ginete a figura de um guerreiro moderno, testando seus limites e desafiando o destino.

Mais que Competições, Uma Festa Popular

Além da competição, os rodeios e gineteadas são uma verdadeira festa popular. Quem participa desses eventos encontra muito mais do que a emoção das provas: há música tradicional, comida típica e a oportunidade de celebrar o orgulho de ser gaúcho.

Entre chimarrão, churrasco e os acordes de uma gaita, o clima dos rodeios é sempre de festa. As famílias se reúnem, amigos se encontram e histórias são compartilhadas, mantendo viva a cultura do Rio Grande do Sul. Cada rodeio é um pedaço da história gaúcha que permanece vivo e forte, passando de geração em geração.

Preservando a Tradição e o Respeito

Embora os rodeios e gineteadas representem uma tradição fundamental para a cultura gaúcha, é importante lembrar que a relação entre peão e cavalo sempre deve ser pautada no respeito e na preservação do bem-estar animal. Organizações e competidores têm se preocupado cada vez mais em garantir que essas práticas sigam normas e limites para evitar o sofrimento dos animais, assegurando que a tradição siga viva de forma ética e responsável.

Uma Experiência Inesquecível

Assistir a um rodeio ou a uma gineteada no Rio Grande do Sul é uma experiência única, que permite ao visitante sentir a energia vibrante do povo gaúcho, sua paixão pelo campo e seu orgulho por suas raízes. Quem vive essa experiência entende porque o gaúcho carrega em si um espírito forte, destemido e, ao mesmo tempo, acolhedor.

Se você nunca teve a oportunidade de participar, planeje-se para conhecer o próximo rodeio na região e prepare-se para sentir de perto o que é a tradição, o calor humano e o amor pelo Rio Grande do Sul. Afinal, os rodeios e gineteadas são muito mais que eventos esportivos: são uma celebração da cultura e da identidade gaúcha.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Como Preparar um Churrasco Gaúcho Autêntico: Um Guia Completo

Claro que aqui no Rio Grande quase todo mundo sabe fazer o nosso bom assado, uma picanha, maminha e a costela (a mais tradicional do churrasco). Mas para quem não é daqui, vamos ensinar a fazer o tradicional assado.

Mas, antes de tudo temos que lembrar que o churrasco é uma das tradições mais marcantes da cultura gaúcha e representa mais do que apenas uma refeição; é um ritual de união entre amigos e familiares. Neste post, vou te ensinar tudo o que você precisa saber para preparar um churrasco gaúcho autêntico, desde a escolha da carne até o corte, o tempero e, claro, as técnicas de assar na churrasqueira.

O primeiro passo para um bom churrasco é a seleção das carnes. O gaúcho valoriza peças específicas que garantem suculência e sabor. Algumas das preferidas são a costela, a picanha, a maminha e o vazio. Escolher cortes com uma camada generosa de gordura ajuda a garantir a suculência do churrasco, um fator essencial para o sabor autêntico.

Também no churrasco gaúcho, a técnica tradicional é o fogo de chão, onde as carnes são assadas em espetos fincados diretamente na terra, próximos ao fogo. Essa prática permite que a carne asse lentamente, absorvendo o calor e o sabor defumado da lenha. Caso não seja possível, a churrasqueira a carvão é uma ótima alternativa.

A simplicidade é o segredo. O churrasco gaúcho é temperado apenas com sal grosso, que preserva o sabor original da carne. A técnica consiste em passar uma camada generosa de sal na carne antes de assar. Durante o processo, o sal se dissolve e realça o sabor natural.

A lenha de madeira frutífera ou de árvores como a acácia e a angico é recomendada para o fogo de chão, pois produzem brasas duradouras e aromáticas. No caso de uma churrasqueira a carvão, certifique-se de usar carvões de boa qualidade e bem secos, garantindo uma brasa forte e uniforme.

E claro nenhum churrasco está completo sem o chimarrão, a bebida tradicional gaúcha. É comum que o responsável pelo churrasco – o assador – sirva uma roda de chimarrão para os convidados enquanto a carne assa. É um momento de descontração e conversa.

por tudo isso que o churrasco gaúcho é mais do que uma refeição; é uma forma de celebração. Experimente essas técnicas e compartilhe momentos especiais com quem você ama, mantendo viva essa rica tradição gaúcha!

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Rio Grande do Sul e sua formação cultural

A cultura do Rio Grande do Sul é marcada por uma rica e complexa combinação de influências indígenas, europeias e africanas, resultando em um mosaico cultural único no Brasil. Para entender suas origens e seu desenvolvimento, é preciso mergulhar na história do estado, que começa muito antes da chegada dos colonizadores.

Raízes Indígenas e o Início da Colonização

Antes da colonização europeia, as terras gaúchas eram habitadas por diferentes povos indígenas, como os guaranis e charruas, que viviam em harmonia com o Bioma Pampa e a geografia local. Seus modos de vida, organizados em torno da caça, pesca e agricultura, deixaram marcas profundas na cultura da região, influenciando o que viria a ser, mais tarde, a base das tradições rurais gaúchas.

A chegada dos primeiros europeus, particularmente os espanhóis e portugueses, no século XVII, trouxe uma nova dinâmica para a região. As missões jesuíticas espanholas estabeleceram as primeiras vilas organizadas, convivendo com os indígenas e promovendo a mestiçagem cultural. No entanto, com a chegada dos bandeirantes paulistas e o avanço do domínio português, os povos indígenas foram brutalmente impactados, levando a uma reorganização cultural que seria o caminho para a formação do gaúcho.

A Formação da Identidade Gaúcha

O gaúcho, figura emblemática do Rio Grande do Sul, é o resultado da mescla de povos indígenas, colonos europeus, e africanos escravizados trazidos durante o período colonial. Trabalhando principalmente na criação de gado, o gaúcho desenvolveu um estilo de vida próprio, associado à lida no campo, à coragem e à liberdade. O uso da bombacha, do lenço e do poncho, bem como o hábito de tomar chimarrão, são símbolos dessa identidade, que ainda perdura como uma referência do orgulho sulista.

A introdução do cavalo pelos europeus e o desenvolvimento da pecuária marcaram profundamente o estado, transformando a economia e definindo grande parte das tradições. O Rio Grande do Sul tornou-se conhecido como uma terra de estâncias e rodeios, consolidando a figura do gaúcho como protótipo de bravura e independência.

Revoluções e a Consciência Regionalista

Outro fator essencial na cultura gaúcha são os movimentos revolucionários que marcaram sua história, sendo o mais famoso a Revolução Farroupilha (1835-1845). Essa guerra, travada entre os farroupilhas, que buscavam mais autonomia para a província e a redução dos impostos sobre o charque, e o governo imperial, reforçou o espírito combativo do povo gaúcho e sua noção de liberdade. Até hoje, a Revolução Farroupilha é comemorada com fervor durante a Semana Farroupilha, em setembro, quando o orgulho regionalista ganha destaque em todo o estado.

Tradições e Influências Europeias

Além dos elementos indígenas e africanos, o Rio Grande do Sul recebeu um grande contingente de imigrantes europeus, especialmente alemães e italianos, durante o século XIX. Esses grupos estabeleceram colônias nas regiões da Serra Gaúcha, onde desenvolveram uma cultura voltada para a agricultura, a viticultura e o artesanato, traços que permanecem até os dias de hoje.

A gastronomia gaúcha também reflete essa diversidade de influências. O churrasco, principal símbolo da culinária regional, surgiu nas estâncias, como uma forma de preparo da carne em meio ao cotidiano dos vaqueiros. A culinária dos imigrantes italianos trouxe o hábito de consumir massas e vinhos, enquanto os alemães deixaram como legado o tradicional café colonial, além de pratos como o chucrute e a cerveja artesanal.

A Cultura Contemporânea

No cenário contemporâneo, o Rio Grande do Sul mantém vivo seu orgulho por suas tradições, mas também abraça a modernidade. A música tradicionalista, com artistas que perpetuam a estética do gauchismo, divide espaço com novos movimentos culturais que renovam o cenário musical e literário do estado. A cultura de rodeios, festas campeiras e danças folclóricas, como o fandango, é amplamente celebrada nos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), que preservam a memória dos antigos gaúchos e passam esses valores às gerações mais jovens.

Por fim, o Rio Grande do Sul é um estado de múltiplas vozes e culturas, que soube transformar sua história de resistência e luta em um símbolo de força e identidade. O gaúcho, seja nas estâncias do interior, nas cidades da serra ou nas metrópoles, carrega em si um orgulho que transcende fronteiras, projetando a cultura sulista como uma das mais vibrantes e complexas do Brasil.

sábado, 7 de setembro de 2024

Acampamento Farroupilha de Porto Alegre

Começa hoje o Acampamento Farroupilha de Porto Alegre. Confira toda a programação abaixo:

SÁBADO(07/09)

PALCO JAYME CAETANO BRAUN

12h- Cerimônia de Abertura
16h30- Os Pajadores
17h50- Paullo Costa
19h50- Ernesto Fagundes
21h50- Lincon Ramos
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Raízes doSul
14h50- Trova: José Estivalet e Vitor Hugo
15h50- Declamação Andrea Loe
16h- Marcelinho Nunes
17h- Zizi Machado

DOMINGO(08/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Cristiano Quevedo
19h50- Luiza Barbosa
21h50- Sina Fandangueira
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Tiarayu
14h50- Trova: Amaranto Arena e Tetê Carvalho
15h50- Declamação Rui Matias
16h- Maykell Paiva
17h- Desiderio Souza

SEGUNDA-FEIRA(09/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN 
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
17h50- Mauro Moraes
19h50- Daniel Torrez
21h50- Grupo Os Mateadores
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Victor Schimmelpfenig e Vinícius Schimmelpfenig
16h- Manoel Souza
17h- Moisés Oliveira e Grupo Vozes do Campo

TERÇA-FEIRA(10/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN 
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
 17h50- Raul Quiroga
19h50- César Oliveira & Rogério Melo
21h50- João Luiz Corrêa & Grupo Campeirismo
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Adrian Latroni e Arthur Latroni
16h- Jayme Caetano Braun- Um Século de Arte
17h- João Paulo Deckert

QUARTA-FEIRA(11/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
 17h50- Jorge Guedes & Família
19h50- Tchê Guri
21h50- Machado e Marcelo do Tchê
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Gurizada Campeira
16h- Felipe D’Avila
17h- Grupo Missões

QUINTA-FEIRA(12/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
17h50- André Teixeira
19h50- Tchê Garotos 21h50- Tchê Barbaridade
PALCO NICO FAGUNDES
11h- Festival Prosa e Poesia- Eliminatória
15h- Chula: Jean Marques da Rocha e Tiago Ferrari 16h- Tiago Quadros
17h- Felipe D’Avila

SEXTA-FEIRA(13/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
9h às 11h e 14h às 16h -Ciranda Escolar
17h50- Flávio Hanssen
19h50- Tatiéli Bueno
21h50- Kelly Colares & Banda
PALCO NICO FAGUNDES
11h- Festival Prosa e Poesia- Eliminatória
14h- CTG Aldeia dos Anjos
15h- Chula: Adrian Latroni e Arthur Latroni
16h- Felipe Goulart
17h- KauanaNeves

SÁBADO(14/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
16h30- Alma e Pampa
17h50- Fofa Nobre
19h50- Marinês Siqueira
21h50- Eliandro Luz & Grupo Oh de Casa
PALCO NICO FAGUNDES
10h- Coral Despertar
11h- Festival Prosa e Poesia- Final
14h- CTG Chimangos
14h50- PQT Laçadores Herdeiros da Tradição
15h- Trova: José Estivalet e Clódis Rocha
15h30- Declamação Elvio Moraes
16h- Ricardo Rosa
17h- Heduardo Carrão

DOMINGO(15/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
10h- Missa Crioula
12h- CTG Lanceiros da Zona Sul
16h30- Maria Luiza Benitez
17h50- Marcelo Caminha
19h50- SomdoSul
21h50- Gurias Gaúchas
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTGV aqueanos da Tradição
14h50- Trova: Amaranto Arena e Clódis Rocha
15h30- Declamação Pablo Santana
16h- Diego Machado

SEGUNDA-FEIRA(16/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Juliana Spanevello
19h50- JocaMartins
21h50- Rodrigo Silva & Grupo Ala-Pucha
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Victor Schimmelpfenig e Vinícius Schimmelpfenig
16h- Ricardo Comassetto 
17h- Juliano Moreno

TERÇA-FEIRA(17/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Os Chacreiros
19h50- Érlon Péricles
21h50- Grupo Alma gaudéria
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Projeto Gurizada Campeira
16h- Gustavo Brodinho
17h- Jader Leal

QUARTA-FEIRA(18/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- João de Almeida Neto
19h50- Daniel Haack & Gaúchos Lá de Fora
21h50- Grupo Querência
PALCO NICO FAGUNDES
15h- Chula: Victor Schimmelpfenig e Adrian Latroni ou Projeto Gurizada Campeira
16h- Leonel Almeida
17h- The AllPargatas

QUINTA-FEIRA(19/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Fátima Gimenez
19h50- Analise Severo
21h50- Sangue Farrapo
PALCO NICO FAGUNDES
14h- 35 CTG
15h- Chula: Daniel Magnus dos Santos e Valentin Otto Magnus dos Santos
16h- Jonatan Dalmonte e Maurício Marques
17h- Charles Arce

SEXTA-FEIRA(20/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
15h- Cerimônia de Encerramento- Chama crioula 16h30- Santa Fé
17h50- Luiz Marenco
19h50- Maria Alice
21h50- Pedro Ernesto
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Coxilha Aberta
14h50- Trova: Celso Oliveira e Vitor Hugo
15h30- Declamação Silvana Andrade
16h- Darlan Ortaça
17h- Eduardo Maicá

SÁBADO(21/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
16h30- Leandro Berlesi e Buena Parceria
17h50- Pirisca Grecco
19h50- Capitão Faustino
21h50- Sandro Coelho
PALCO NICO FAGUNDES
14h- Nelcy Vargas
14h50- Festival Pôr do Sol da Canção Piá

 DOMINGO(22/09)
PALCO JAYME CAETANO BRAUN
17h50- Elmer Fagundes
19h50- Eco do Minuano & Bonitinho
21h50- Grupo Tagarrado
PALCO NICO FAGUNDES
14h- CTG Porteira da Restinga
14h50- Trova: Celso Oliveira e Tetê Carvalho
15h30- Declamação Adriana Braun
16h- Cristiano Cesarino

Programação extraída do site oficial do evento 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Bioma Pampa

Saiba um pouco mais sobre o BIOMA PAMPA

Também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).

No Brasil, o Pampa está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também territórios da Argentina e Uruguai.
Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.

Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.

Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”, entretanto, esta denominação corresponde somente a um dos tipos de campo, encontrado mais ao sul do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.

Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e os incêndios não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.

A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares.

Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação.

O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão. À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região.
A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.

Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.

O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas.
A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.

Os campos no Rio Grande do Sul ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado.
O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

Fonte: Site do Instituto Brasileiro de Florestas

domingo, 25 de agosto de 2024

Programações Semana Farroupilha pelo estado

Buenas gauchada, o espaço está aberto a programação da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, vamos inserir aqui todas as programações. Serão colocadas aqui neste espaço em ordem de envio ou que achamos nos feeds de nossas redes sociais. Para este ano, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) definiu como tema o centenário de Jayme Caetano Braun, um dos maiores artistas da história do Rio Grande do Sul

Candelária:

A programação ocorre do dia 13 a 29 de setembro, no CTG Sentinela dos Pampas

13/09 – sexta-feira:
16h30 – desfile do Grupo de Cavaleiros com a Chama Crioula
17h30 – abertura oficial da Semana Farroupilha
20h – apresentação da Invernada Adulta do Sentinela dos Pampas
22h – baile com o grupo Gente Gaudéria

14/09 – sábado:
20h – formatura do curso de danças
22h – baile com o Grupo Entrevero

15/09 – domingo:
20h – apresentação da Invernada Veterana e Invernada Xirú do Sentinela dos Pampas
22h – baile com o grupo Pegadão Gaúcho

16/09 – segunda-feira:
12h – almoço da APAE e Rotary Club
20h – apresentação da Invernada Juvenil do Sentinela dos Pampas
22h – baile com Neco Machado

17/09 – terça-feira:
14h – encontro com grupo da melhor idade e baile com escolha da Prenda Chinoca e Peão Xirú Farroupilha de Candelária
20h – apresentação da Invernada Mirim do Sentinela dos Pampas
22h – baile com Silas Franco

18/09 – quarta-feira:
18h – Missa Crioula na Paróquia Nossa Senhora da Candelária
20h – apresentação da Invernada Pré-Mirim do Sentinela dos Pampas e da Invernada da Escola Guia Lopes
22h – baile com o Grupo Entrevero

19/09 – quinta-feira:
20h30 – apresentação do Triopacito
22h – baile com o Grupo Entrevero

20/09 – sexta-feira:
12h- almoço de confraternização da patronagem, invernadas e associados
15h – desfile temático em comemoração ao Dia do Gaúcho

Lajeado 

Evento acontece no Parque Professor Theobaldo Dick

13/09 – Sexta-feira
9h30 – Ato simbólico de entrega do restauro do Monumento do Centenário da Revolução Farroupilha 1835-1935 – Praça da Matriz
19h – Abertura oficial da 5ª Semana Farroupilha com Acendimento da Chama Crioula
20h – Show Mano Lima

14/09 – Sábado
12h – Encontro de Gaiteiros e Trovadores
16h – Apresentação Artística CTG Pagos de São Rafael – Cruzeiro do Sul
17h – Apresentação Artística CTG Querência do Arroio do Meio – Arroio do Meio
19h – Show de Danças – CTG Tropilha Farrapa – Lajeado
20h – Show Atahualpa Maicá e Grupo Tibiquari
21h – Show Grupo Luz de Candieiro

15/09 – Domingo
15h – Apresentação Artística DTG Herança Maragata – Boqueirão do Leão
16h – Apresentação Artística CTG 22 de Novembro – Progresso
18h30 – Show Gaúcho da Fronteira

16/09 – Segunda-feira
19h – Apresentação Artística CTG Raízes do Sul – Lajeado
20h – Show Luiza Barbosa

17/09 – Terça-feira
20h – Show de Danças CTG Bento Gonçalves – Lajeado
21h – Show Luiz Marenco

18/09 – Quarta-feira
20h – Apresentação do Agrupamento Birivas Tropeiros de 2 Mundos – GAN Anita Garibaldi – Encantado
21h – Show Cristiano Quevedo

19/09 – Quinta-feira
20h – Show Carlos Augusto
21h – Show Grupo Bate Casco

20/09 – Sexta-feira
9h – Desfile Farroupilha
11h – Oficina de Cutelaria e Guasqueria
14h – Apresentação das Farrapas & Tropilhanas – CTG Tropilha Farrapa
15h – Dança da Chula – CTG Tropilha Farrapa
17h – Show Yasmim Diniz
18h – Show Diego Rodrigues
19h – Encerramento da 5ª Semana Farroupilha com Extinção da Chama Crioula
20h – Show Elton Saldanha

Camaquã:

13/09 (sexta-feira)
16h – Chegada chama
20 – Jantar Homenagem Patrões 60 anos CTG Camaquã
23h – Baile Jr Braga e Grupo

14/09 (sábado)     
Futebol de bombacha
23h – Baile Madrugada Campeira

15/09 (domingo)
14h – Atividades Tradicionalistas
18h – Show Quarteto Coração de Potro

16/09 (segunda)
20h – Missa Crioula

17/09 (terça)
19h – Torneio Truco
20h – Atividades Artísticas Tradicionalistas
22h – Baile Expresso Vaneira

18/09 (quarta)    
19h – Torneio Truco
20h – Atividades Artísticas Tradicionalistas
22h – Show Capitão Faustino – TRANSMISSÃO AO VIVO

19/09 (quinta)
19h – Torneio Truco
20h – Atividades Artísticas Tradicionalistas
22h – Baile Porteira do Pago

20/09 (sexta)   
9h – Desfile Farroupilha
14h – Inicio Rodeio Farroupilha do CTG Camaquã
23h – Baile Os Andeiros

21/09 (sábado)
8h30 – Rodeio Farroupilha
23h – Baile Grupo Querência

22/09(domingo)
8h30 – Rodeio Farroupilha – TRANSMISSÃO AO VIVO
16h – Café Cambona (apresentação invernadas)

São Gabriel

Ocorre no Parque Tradicionalista Rincão das Carretas, do dia 07/09 a 17/09. 

07/09 Abertura Os Mateadores 

08/09 Os Chacreiros 

09/09 Grupo Estradão 

10/09 Humberto Machado e Grupo MDS 

11/09 Felipe Cornel e grupo 

12/09 Humberto Machado e Grupo MDS 

13/09 Grupo Carqueja e Baile Estradão 

14/09 Enio Medeiros, e os de Campanha; baile Felipe Cornel e grupo 

15/09 Grupo Mate Novo 

16/09 Grupo Nosso Balanço 

17/09 Mauro Silva e Guilherme Jaques; baile Volmir Dutra e Grupo Criado em Galpão 

Venâncio Aires 

13/09
19h30 – Abertura Oficial com fusão das chamas (G. F. Essência da Tradição)
20h30 – Jantar Festivo: Cardápio churrasco por adesão ao valor de R$ 40 (G. F. Essência da Tradição)
20H30 – Show Black Bagual (G. F. Essência da Tradição)
22H – Show Estadual com Thomas Machado (G. F. Essência da Tradição)
01h – Fechamento do Parque

14/09
8h – Início do Rodeio do Piquete de Tradições Gaúchas Sinuelo de Tropa
18h – Abertura Oficial do rodeio
22h – Baile
03h – Fechamento do Parque

15/09
8h – Início do Rodeio do Piquete de Tradições Gaúchas Sinuelo de Tropa
14h – Apresentações artísticas das invernadas do G. F. Essência da Tradição, DTG Piazito da Tradição, CTG Chaleira Preta e CTG Erva Mate
22h – Fechamento do Parque

20/09
8h30 – Concentração Desfile Farroupilha
9h – Início do Desfile Farroupilha
11h – Missa Crioula
12h – Almoço: Cardápio Costelão por adesão ao valor de R$ 50
13h30 – Torneio de vaca parada para crianças
14h – Futebol de bombacha
16h – Show
17h – Cerimônia de Extinção da Chama
20h – Baile
00h – Fechamento do Parque

21/09
9h – Início da Festa Campeira do Município
15h – Prosa de Patronos e Tertúlia com artistas locais
22h – Show Jonathan Pacheco e Fandanbaile com Grupo Presença
03h – Fechamento do Parque

 22/09
9h – Festa Campeira do Município
10h – Torneio de Pênaltis
15h – Final da Taça Semana Farroupilha de Venâncio Aires
20h – Encerramento e fechamento do parque

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Programação da Expointer 2024

Começa neste fim de semana a Expointer 2024, que será marcada pela retomada da região metropolitana após as enchentes. Pela primeira vez haverá um show nacional em agradecimento ao apoio dos artistas do centro do país.

Festival Sou do Sul
24/08 - 21h - Luísa Sonza
25/08 - 21h - Maiara e Maraísa
26/08 - 21h - Fernando e Sorocaba

Show Beneficente Reconstruir
28/08 - 20h - Os Serranos e Michel Teló

Programação cultural geral

24/08 - sábado

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças do 35 CTG
14:30 - Mostra Fotográfica com Edu Rocha
PROJETO JAYME CAETANO BRAUN- UM SÉCULO DE ARTE
15:00 - Show Especial “Jayme Cetano Braun-Um Século de Arte”
PROJETO ESTRADA CULTURAL
16:00 - Taina Boeri
17:00 - Leonel Gomez
18:00 - João de Almeida Neto

25/08 - domingo

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças do CTG Rancho da Saudade
14:30 - Ricardo Comasseto
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:00 - Bibiana Melo
16:00 - Mauro Moraes 17:00- Eliandro Luz e Grupo Oh De Casa
18:00 - Érlon Péricles

26/08 - segunda

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças do CTG Gildo de Freitas
14:30 - Luciano Maia
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:30 - Antonyo Rycardo
16:30 - Maria Luiza Benitez
17:30 - Cristiano Quevedo

27/08 - terça

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Edison Gaúcho e Grupo Força Gaúcha
14:30 - Mostra Fotográfica com Virgínia Souza
15:00 - Elmer Fagundes
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:30- Amilton Lima
16:30- Pedro Ernesto Denardin
17:30- Guri de Uruguaiana

28/08 - quarta

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças do CTG Independência Gaúcha
14:30 - Dudu Gaiteiro
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:00 - Rosina Ferreira
16:00 - Grupo Sombra Del Ayer
17:00 - Pirisca Grecco
18:00 - Os Chacreiros

29/08 - quinta

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças Querência Amada
14:30 - Renato Borghetti
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:30 - Thiago Reder e Fabiano Índio
16:30 - Janaina Maia
17:30 - Carlos Magrão
18:30 - Daniel Torres

30/08 - sexta

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Agrupamento Biriva Tranca-Fio
14:30 - Mostra Fotográfica Fernando Dias
14:45 - Marcello Caminha
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:30 - Juliana Spanevello
16:30 - Joca Martins
17:30 - Wilson Paim
18:30 - Shana Muller

31/08 - sábado

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças do CTG Brazão do Rio Grande
14:30 - Fabiano Harden
15:00 - Fofa Nobre
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:30 - Nycolas Pereira
16:30 - Angelo Franco
17:30 - Elton Saldanha
18:30 - Luiza Barbosa

01/09 - domingo

2ª MOSTRA DA CULTURA GAÚCHA DO PARQUE ASSIS BRASIL
14:00 - Grupo de Danças Folk de Espora
14:30 - Jean Carlos Godoy e Leandro Rodrigues
PROJETO ESTRADA CULTURAL
15:00 - Stephanie Kauana
16:00 - Capitão Faustino
17:00 - Marcelo Cachoeira
18:00 - César Oliveira e Rogério Melo

Além da programação cultural, tem a programação da feira com palestras e demais atividades voltadas ao homem do campo e que tu pode conferir AQUI 

domingo, 18 de agosto de 2024

Acendimento Chama Crioula 2024

 Hoje, se encerra mais um evento de acendimento da chama crioula na cidade do Alegrete. Antes de falar sobre o evento vamos resumir para conhecimento o que é a Chama Crioula.

A Chama Crioula é um dos símbolos mais importantes do tradicionalismo gaúcho e está profundamente enraizada na cultura e na identidade do Rio Grande do Sul. Ela representa o espírito e a resistência do povo gaúcho, mantendo viva a memória da Revolução Farroupilha, que foi uma das maiores revoltas civis da história do Brasil, ocorrida entre 1835 e 1845.

Foi idealizada em 1947, no contexto do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que buscava resgatar e preservar as tradições e a cultura do povo do Rio Grande do Sul. A ideia surgiu durante o 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado na cidade de Santa Maria, um evento que reuniu jovens preocupados com a preservação da cultura gaúcha. Os idealizadores do movimento foram jovens estudantes de Porto Alegre, membros do grupo conhecido como "os Oito Sentinelas do Rio Grande", que incluía Paixão Côrtes, Cyro Dutra Ferreira e Glauco Saraiva, entre outros. Inspirados pelo desejo de reviver o espírito farroupilha, eles decidiram criar um símbolo que unisse os gaúchos em torno de sua história e tradições.

Primeira Chama Crioula

Em 7 de setembro de 1947, esses jovens retiraram uma centelha do fogo simbólico da Pátria, aceso em frente ao Palácio Piratini, e a levaram até o Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, onde foi acesa a primeira Chama Crioula. Esse ato marcou o início das comemorações da Semana Farroupilha, que celebra a Revolução Farroupilha e é um dos maiores eventos culturais do estado. Desde então, a Chama Crioula passou a ser distribuída a partir de um local simbólico escolhido anualmente, de onde cavaleiros percorrem diversas partes do estado, levando-a a todas as regiões do Rio Grande do Sul. Esse percurso é chamado de "Ronda Crioula", e simboliza a união dos gaúchos em torno de suas tradições.

Importância Cultural

Mais do que um simples fogo, a Chama Crioula representa a resistência, a bravura e o orgulho do povo gaúcho. Ela é um símbolo de fé, tradição e patriotismo, ligando o presente ao passado e mantendo viva a memória dos antepassados que lutaram pela liberdade e pela identidade do Rio Grande do Sul.

Hoje, a Chama Crioula é reverenciada em todos os rincões do estado, sendo acesa em milhares de Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e servindo como um elo entre os gaúchos e suas raízes culturais, seja no Rio Grande do Sul ou em qualquer parte do mundo onde haja um gaúcho que mantenha viva a sua tradição.

O evento em 2024

Chama Crioula foi acesa em Alegrete, dando início aos Festejos Farroupilhas 2024, sendo a 75ª Geração e Distribuição da Chama Crioula que ocorreu na noite desta sexta-feira (16) e marcou o início dos Festejos Farroupilhas 2024. Com o tema "Pampa Uma Pátria Sem Fronteiras", a cerimônia foi realizada em Alegrete, na Fronteira Oeste e marcou a primeira vez que a Chama Crioula foi gerada com a participação de três países simultaneamente. Anteriormente, em 2015, a cerimônia realizada na Colônia do Santíssimo Sacramento havia contado apenas com a presença do Brasil e Uruguai..

O evento se encerrou neste domingo (18), e contou com simpósios, shows musicais e churrasco, no Parque de Exposições Lauro Dornelles. 

A programação do acendimento foi precedida por um espetáculo teatral que apresentou a história de Alegrete e das fronteiras, destacando a formação da região e a integração dos povos que a constituem, incluindo representações do Brasil, Uruguai e Argentina. A Chama Crioula foi acesa por volta de 22h, e envolveu um monumento em forma de casa de pedras e a figura de um laçador, idealizado por Paixão Cortez. A chama, simbolizando a reconstrução e a esperança, foi acesa e colocada na pira central e contou com a presença do ex-BBB, natural de Alegrete, Matteus Amaral.

Participantes de Santa Catarina, Argentina e Uruguai também estiveram nos três dias do evento. A presença deles é "uma homenagem aos costumes e à história que unem os povos do Pampa", segundo a entidade. Após o acendimento, a Chama foi retirada por Adalberto Lima dos Santos, vice-presidente da Cavalgada do Rio Grande do Sul. Ele a transportou em seu candeeiro, onde posteriormente a pira foi apagada.

A distribuição da Chama ocorreu às 8h30min de sábado (17), a pira foi acesa novamente, mas desta vez a cavalo e começa a ser distribuída para as regiões tradicionalistas, abrangendo 30 e incluindo três regiões fora do Rio Grande do Sul: Paraná e Santa Catarina.. 

Após completar o ciclo de distribuição, todos os cavalarianos participaram da cavalgada até a Praça Nova e retornam à Zona leste. Ao término, os participantes retornam ao parque, encerrando a celebração com a entrega da chama às diversas regiões tradicionalistas, reforçando a união e a tradição da cultura gaúcha. A programação incluiu a Churrascada do Baita Chão Especial Pampa, ao meio-dia. Às 14h30min, ocorreu o simpósio de integração cultural 05 Gaúchos e Los Gauchos: A Vida no Pampa. À noite, um show com a cantora uruguaia Catherine Vergnes e baile do grupo Alma Gaudéria.

O encerramento do evento se deu no domingo, com uma mateada às 15h30min e apresentações artísticas às 16h.

O acendimento da Chama Crioula é organizado em parceria com o governo estadual, prefeitura de Alegrete e MTG.

sábado, 17 de agosto de 2024

O fenômeno cultural e musical do Sul do Brasil - parte 2

 Em janeiro fizemos um artigo sobre o fenômeno das músicas do chamado estilo bailão, as populares "bandinhas" que voltaram em 2023 com fôlego renovado e e brigando forte pelo seu espaço no sul do Brasil. Na época consideramos apenas os estados do RS e SC por ser mais popular em qualquer local, inclusive nas capitais, o que dificilmente acontece no PR pela proximidade com o centro do país.

Agora que já se passaram mais de sete meses de 2024, vamos analisar o comportamento musical do sul novamente através da plataforma Connect Mix analisando apenas o top 15 e mostrando a Região SUL, RS e SC dividindo em rádios comerciais e comunitárias.

                    2023                                                                         

Região Sul - Rádios Comerciais
13º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
Região Sul - Rádios Comunitárias       
3º - Do Fundo da Grota/Baitaca
5º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
7° - Guardanapo/Rainha Musical
13º - Tá Faltando Beijos/Corpo e Alma

Rio Grande do Sul - Rádios Comerciais
4° - Guardanapo/Rainha Musical
5º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
Rio Grande do Sul - Rádios Comunitárias
1° - Guardanapo/Rainha Musical
2º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
3º - Do Fundo da Grota/Baitaca
8º - Tá Faltando Beijos/Corpo e Alma
11° - Gritos de Liberdade/Grupo Rodeio
12º - Rio Azul/Os Atuais
Santa Catarina - Rádios Comerciais

Sem artistas regionais no Top 15

Santa Catarina - Rádios Comunitárias

3º - Do Fundo da Grota/Baitaca
5º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
13º - Tá Faltando Beijos/Corpo e Alma 14° - Guardanapo/Rainha Musical

2024 - até 17 de agosto

Região Sul - Rádios Comerciais

Sem artistas regionais no Top 15

Região Sul - Rádios Comunitárias

5º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
9º - Do Fundo da Grota/Baitaca
14º - Pistoleira/Corpo e Alma

Rio Grande do Sul - Rádios Comerciais

Sem artistas regionais no Top 15

Rio Grande do Sul - Rádios Comunitárias

2° - Guardanapo/Rainha Musical
4º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma
6º - Pistoleira/Corpo e Alma
8º - Do Fundo da Grota/Baitaca
9º Amando Escondido/Céu e Cantos
10° - É Fogo/Rainha Musical

Santa Catarina - Rádios Comerciais
Sem artistas regionais no Top 15

Santa Catarina - Rádios Comunitárias

4º - Do Fundo da Grota/Baitaca
13º - Perigosa e Linda/Corpo e Alma

Fazendo uma análise breve notamos que houve um arrefecimento nas rádio, mas, ainda notamos a força da música regional no RS que nas rádios comunitárias mantiveram 6 músicas no top 15, já em SC reduziu pela metade. Outro ponto que ficou evidenciado é o apelo comercial da música, onde hits são enfiados ao ouvinte, notamos que nas rádio comerciais a música regional não figura, pois, as grandes redes comerciais hoje são assediadas comercialmente por ritmos de fora e que lideram nos grandes centros e o poder financeiro força essas rádios a tocarem o que não é nosso.

Já nas rádios comunitárias que a grande maioria toca o pedido do ouvinte e estão no interior do estado, a nossa música segue viva.

Seguimos aqui, lutando pela nossa cultura e estilos regional seja de onde for. Quer ver a parte 1 do estudo? Clica AQUI

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

O Verdadeiro Gaúcho. A bandeira Rio-grandense - Cap. 05

BANDEIRA DO RIO GRANDE DO SUL

A bandeira do Rio Grande do Sul, tem sua origem ligada à Revolução Farroupilha de 1835. Segundo diversas fontes literárias, o símbolo teria surgido durante a Guerra dos Farrapos, mas sem o brasão de armas que hoje a caracteriza sendo o primeiro dos símbolos criados pelo Estado republicano gaúcho no decreto de criação da Bandeira da República, de 12 de novembro de 1836, a qual, naquele momento, era chamada de “Escudo d’armas”:

"O escudo d’armas do Estado Rio-Grandense será de ora em diante de forma de um quadrado dividido pelas três cores (nacionais), assim dispostas: - A parte superior junto à haste verde, e formada por um triangulo isósceles, cuja hipotenusa será paralela à diagonal do quadrado; - O centro escarlate, formado por um hexágono, determinado pela hipotenusa do primeiro triangulo, e a de outro igual e simetricamente disposto, cor de ouro, que forma a parte inferior.”.

Bandeira da República Rio-Grandense


A autoria da bandeira é motivo de debate entre historiadores. Alguns creditam sua criação a Bernardo Pires, enquanto outros defendem que o responsável seria José Mariano de Mattos. Além disso, a bandeira apresenta elementos com clara inspiração maçônica, como as duas colunas que ladeiam o losango invertido no brasão, similares às presentes em templos maçônicos.

O símbolo foi oficialmente adotado como a bandeira do Estado nos primeiros anos da República, sendo promulgado pela Constituição Estadual em 14 de julho de 1891. Curiosamente, desde então, nenhuma legislação posterior foi criada para regulamentar seu uso ou descrever seus detalhes de forma oficial.

Bandeira Oficial do estado

Durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1946, o então presidente Getúlio Vargas suspendeu o uso de todos os símbolos estaduais e municipais, incluindo bandeiras e brasões. A bandeira do Rio Grande do Sul só voltaria a ser oficialmente restabelecida em 5 de janeiro de 1966, através da lei nº 5.213, juntamente com o brasão das armas e o hino dos estado.

As cores

O significado das cores da bandeira do Rio Grande do Sul é tema de diversas interpretações, sem um consenso claro entre historiadores. Uma das versões mais aceitas e apresentada no site oficial, sugere que a faixa verde representa a vegetação dos pampas, a cor vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo gaúcho, enquanto o amarelo faz referência às riquezas naturais do território.

No entanto, há outras explicações que apontam para diferentes simbolismos. Algumas fontes defendem que as cores expressam o "auriverde" do Brasil, separado pelo vermelho da guerra. Outras teorias mencionam que o vermelho estaria ligado ao ideal republicano. Popularmente em nossos grupos independentes da literatura tradicional brasileira, consideramos que o significado é o sangue dividindo o império do Brasil.

O decreto do governo republicano do Rio Grande do Sul especificava as cores da bandeira—verde, vermelho e amarelo—e seu formato quadrado. Essas cores não eram estranhas ao imaginário da província, situada em uma posição de transição entre o universo luso-brasileiro, representado pelo verde e amarelo, e o mundo hispano-americano do Prata, onde o vermelho simbolizava o federalismo argentino.

A disposição das cores na bandeira rio-grandense também remete a um design familiar na época. Elas eram similares às da bandeira marítima da província de São Pedro, usada durante o Império. Naquele período, cada província tinha sua própria bandeira marítima, apesar de a Bandeira do Império ser o símbolo oficial de todas. Essas bandeiras eram utilizadas nos navios para identificar a província de origem, e a da província de São Pedro do Rio Grande do Sul era composta por faixas diagonais em branco e azul.


Bandeira da Província


O brasão 

Mesmo ainda desconhecida sua origem, grande parte dos historiadores afirmam que o Padre Hildebrando foi o autor do desenho, mas que foi o Major Bernardo Pires que teria dado os retoques finais (onde aplicou inúmeros elementos maçônicos a obra), ambos considerados grandes farroupilhas, que prestaram ótimos serviços à causa!

No primeiro desenho, não existia nenhuma escrita. Os dizeres “Liberdade, Igualdade e Humanidade”, “República Rio-Grandense” e “20 de Setembro de 1835” foram oficializados apenas em 1891. Porém, o lema “Liberdade, Igualdade e Humanidade” foi usado desde 1839, quando os farrapos ocuparam Santa Catarina e proclamaram a República Juliana. Lembrando que este lema, também possui origem maçônica. A Revolução Francesa teve como lema: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Essa ampla utilização de simbolismos maçônicos se dá pois a elite gaúcha militar, em sua grande maioria, era maçônica.

Brasão antigo imagem da internet 

O Brasão, foi oficializado em definitivo pela lei estadual nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966, pelo então Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Ildo Meneguetti.

O Brasão contém um escudo oval de prata com um quadrilátero com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio vermelho, entre ramos de fumo e erva-mate de sua cor, cruzando sobre o punho do sabre; um losango verde com duas estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas nos ângulos superiores e inferiores ladeado por duas colunas jônicas compostas com capitel e três anéis no terço inferior de fuste liso, de ouro, encimadas por uma bala de canhão antigo, de preto, assentes sobre um campo ondulado, de verde em ponta.

Ao redor deste escudo, uma bordadura azul, contendo a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE e a data 20 DE SETEMBRO DE 1835, de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro; o escudo está sobreposto a: quatro bandeiras tricolores (verde, vermelho e amarelo) entrecruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis invertidas de ouro.

As duas bandeiras dos extremos estão decoradas com uma fita vermelha com bordas de ouro, atadas junto à ponta; no centro uma lança da cavalaria, de vermelho, rematada por uma flor de lis, de ouro, entre: quatro fuzis armados de baionetas de ouro e, na base do conjunto os troféus de armas, dois tubos-canhão de negro, entrecruzados, semi-cobertos pelas bandeiras; um listel de prata com a legenda LIBERDADE, IGUALDADE, HUMANIDADE, de negro.”

Brasão oficial. 

Existem algumas modificações do original, como por exemplo, os dois ramos inicialmente eram de louro e erva-mate (e não fumo), pois o louro simbolizava a vitória, e que também ao invés das estrelas de cinco pontas, o que formava a bandeira eram amores-perfeitos, pois simbolizavam a firmeza e a doçura dos republicanos, será que existia doçura?.

Agora o significado de tudo isso. O quadrilátero de prata simboliza a Loja, a Maçonaria local. Já sabre de ouro dentro do quadrilátero, é a Maçonaria local em AÇÃO e o barrete frígio (gorro vermelho), que fica bem ao centro do brasão na ponta da espada, indica que o objetivo dessa ação é a República.

Os ramos simbolizam que os ideais nunca devem morrer e as duas estrelas, uma inferior e uma superior, indicam um símbolo maçônico universal, indicando que a maçonaria do mundo inteiro apoiam os ideias republicanos Rio-Grandenses.

E por fim, tudo colocado entre duas colunas, indicando que toda obra planejada deverá obedecer aos postulados da maçonaria.

Lenço Farroupilha

Um resumão do que significa a nossa bandeira tricolor pampeana do Rio Grande do Sul.