Hoje Caxias do Sul completa 125 anos, a cidade está em festa
apesar da situação da economia nos dias de hoje. Juntamente com o aniversário
da cidade, é comemorado os 140 anos da imigração italiana e 105 anos da chegada
do trem, é, pode parecer estranho comemorar a chegada do trem, mas, naquele
tempo, trem era sinônimo de prosperidade e crescimento.
Hoje vemos o resultado deste crescimento, Caxias se tornou a
segunda maior cidade do RS com aproximadamente 500.000 habitantes e como eu
digo sempre, continua sendo uma cidade de interior, só que gigante e com os
problemas das metrópoles, como em todos os lugares. Sou grato a tudo que Caxias
proporcionou a este fronteiriço que se bandeou dos lados de Pinheiro Machado e
fincou suas raízes aqui, que mesmo oferecendo dificuldades a nós moradores
oferece também as oportunidades e graças a Deus soube aproveitar.
Hoje tiro um tempo e uso este espaço sempre dedicado a
cultura gaúcha para mostrar a gratidão pela cidade, porém, vou salientar que a
gratidão é pela cidade e não pelo seus habitantes, pois já citei aqui o defeito
de seus “tradicionais” moradores. Vejo Caxias como uma nova era, onde há uma
miscigenação de raça e culturas convivendo em um mesmo ambiente, na minha ótica
de mundo Caxiense, apesar da crise, vejo as oportunidades surgirem para quem
quer trabalhar, quem está ao meu redor é assim. Meu meio social é o círculo de
pessoas que antes eram chamados de forasteiros, sim, já fui chamado de
forasteira e sugador de oportunidade, mas, como um guapo lá da fronteira a
opinião alheia não me importa avida é minha e respeito a todos.
Posso me considerar um Caxiense que não abandonou o jeitão
tradicionalista, tanto é, que o blog é gaudério e esse é meu universo, falo
tchê e uso palavras castelhanas. Mas, vejo que não sou o único, nesses mais de
11 anos morando em Caxias o gauchismo evoluiu, um pouco por modismo e outro
pouco por nós que viemos dos lugares onde a tradição é mais importante que
muitas outras coisas. Quando cheguei aqui andava de bombacha na rua e era
atração, ainda mais quando saia com a térmica e a cuia na mão em direção a
praça Dante, bah, foi surreal eu me senti um extraterrestre com todo mundo me
olhando, ouvir uma música nativista então, raro, ninguém conhecia Marenco,
César, Rogério, Cristiano e muitos outros ícones do nosso nativismo fronteiro.
Apesar de tudo isso, gosto de Caxias, e sei que ainda tenho
muito o que conhecer por aqui, é uma cidade completa, tem belezas naturais, tem
o que as metrópoles têm e sua cultura nas comunidades do interior é inigualável.
Temos os distritos e colônias, museus, monumentos, comida boa, enfim só
conhecendo mesmo para conseguir explicar o que é Caxias do Sul, a metrópole
serrana do RS, que acolhe, migrantes, emigrantes e imigrantes, que é a mãe da
prosperidade que pune que não busca a prosperidade, pois, como falei no começo
já sente o peso do crescimento e neste momento de crise temos que guentar o
tirão para conseguir andar de cabeça erguida nas ruas deste campo dos bugres
que se tornou na gigante do metal mecânico.
Abaixo uma sequencia de fotos do interior de Caxias do Sul, passeios encantadores.
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