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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Origem e significado dos nomes das cidades do RS

Sempre tive a curiosidade de saber a origem do nome das cidades e resolvi começar a estudar o assunto e como sempre começando pelas origens seguindo a valorização da regionalidade. Primeira cidade é Pinheiro Machado minha origem e depois Pelotas onde comecei minha formação acadêmica.

1 - Pinheiro Machado - O município de Cacimbinhas teve seu nome mudado para Pinheiro Machado no governo do Intendente Provisório Dr.Ney Lima Costa quando o Senador José Gomes Pinheiro Machado foi assassinado no Rio de Janeiro, por Francisco Manso de Paiva Coimbra, que era um morador da região de Cacimbinhas. A mudança não foi aceita pela população, que se rebelou contra o Intendente que teve que deixar a cidade.

2 - Pelotas - O nome do município, “Pelotas”, teve origem no nome das embarcações de varas de corticeira forradas de couro, usadas para a travessia dos rios na época das charqueadas. A travessia do arroio com estas embarcações deram origem ao nome do arroio e depois da cidade pela importância do arroio no crescimento da cidade ao seu redor.

3 - Caxias do Sul - Conforme relato oficial é uma homenagem a Duque de Caxias, intitulada como Colônia Caxias pela Inspetoria Especial de Terras e Colonização da Província do Rio Grande do Sul e somente em posteriormente foi inserida sua posição geográfica em seu nome, o sul.

4 - Porto Alegre -  Antes Porto do Dornelas, Porto de Viamão e Porto dos Casais, não tem significado específico, apenas muitas versões. Uma delas é baseada na alegria do povo que vivia na época na região, outros que tem origem em uma série de nomes de localidades portugueses que remetem a Porto Alegre (Santana de Porto Alegre, na Ilha Terceira. Portalegre, no Alto Alentejo).

5 - Aceguá - O nome Aceguá tem origem na língua tupi: yace-guab tem diversos significados: “lugar de descanso eterno”, indicando o local alto que os indígenas escolhiam para viver seus últimos dias, por proporcionar alentadora visão panorâmica e proximidade com o céu; “terra alta e fria”, apontando as características geográfica e climática do local; e ainda “seios da lua”, em alusão aos cerros altos da serra do Aceguá. No folclore popular da região existe outra explicação: o nome Aceguá derivaria de uma espécie de lobo pequeno, denominado guará ou sorro, abundante na região. Os mercadores que por ali passavam há mais de dois séculos, ao ouvir o uivo dos lobos, diriam: “Hay um bicho que hace guá” (“Há um bicho que faz guá”).

6 - Água Santa - Quando os primeiros moradores se fixaram na região, descobriram uma gruta natural, distante 2 km da atual sede do município. Nesta gruta brota uma fonte cuja água era considerada milagrosa pelos primeiros moradores, que acreditavam ter ela curado várias doenças.

7 - Agudo - O nome "Agudo" provêm de um morro a oeste do município com 429 m de altura, que possui característica acentuada.

8 - Ajuricaba - Tendo sido reprimida a revolta de Ajuricaba, os Manaos acabaram por ser totalmente exterminados, destruídos, havendo segundo crônicas, sendo eliminados mais de 20.000 (vinte mil) índios.
Inspirados no exemplo de resistência e luta pela liberdade do herói indígena, a comunidade do 3º distrito de Ijuí em 1940 passou a se chamar AJURICABA que, para a história do município simboliza o “homem que luta pela liberdade”.

9 - Alecrim - nos tempos em que se efetuaram as medições do território Alecrinense, pelo Estado, dividindo-o em secções e estas em lotes, os agrimensores: Thomas Marquevitch, José Adriano Flech e João do Prado Mallmann sob a chefia do Dr. Artur Ambros, acamparam num local aprazível, fixando aí seu acampamento, sob a sombra dos Alecrins. Quando saiam a medir as terras, referiam-se ao acampamento com a expressão: "Acampamento do Alecrim". Os cargueiros que traziam mantimentos e outros objetos para o pessoal do acampamento, recebiam ordens do chefe da Inspetoria de Terras de Santa Rosa, nestes termos: "Levem esta carga para o Alecrim

10 - Alegrete - O nome tem origem no nome da capela Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete quando o povoado ali formado foi atacado e arrasado pelos orientais, que só se retiraram com a aproximação das forças comandadas por Dom Luiz Telles da Silva Menezes, 5o Marquês de Alegrete, a capela foi erguida  em homenagem ao título honorífico do governador da capitania.

11 - Alegria - Segundo os moradores mais antigos, há três versões para a origem do nome da cidade de Alegria. São elas:
“certa ocasião os índios atacaram a casa do Senhor Vicente Taborda, travou-se uma grande luta. Em sinal da vitória, os brancos hastearam uma Bandeira. O irmão, João Taborda, ao saber da vitória, organizou o BAILE DA ALEGRIA”.

 “o primeiro Subprefeito de Vila Alegria, por Santo Ângelo, era o Senhor Francisco Rolim de Moura, um homem de bom caráter, digno e respeitador, resolveu contratar o conjunto “Eickhoff” de Ijuí, para fazer una surpresa, pois ele estava de aniversário. Foi uma festa muito animada, da qual ele gostou muito. Muitas vezes o subprefeito dizia: “Que alegria, que alegria; que alegria temos hoje aqui! Viva a nossa alegria!” Este acontecimento chegou logo aos ouvidos dos moradores de toda a região. Quando alguém mais tarde se dirigia ao local, dizia ao sair de casa: “Vou para Alegria”.

 “O Dr. Vité, Engenheiro Civil, da Comissão de Terras de Santa Rosa, realizando trabalhos na região, constatou que o pessoal era muito alegre, animado e gostava de diversões. Por esta razão sugeriu que dessem o nome de Alegria à localidade."

12 - Almirante Tamandaré do Sul - O nome do hoje município de Almirante Tamandaré do Sul foi sugerido por um expedicionário da Guerra do Paraguai que participou da medição de áreas onde foi instalada a colonização e o loteamento que anos mais tarde formou a vila de Almirante Tamandaré.

13 - Alpestre - Nome sugerido pelo político Vicente Dutra, primeiro prefeito de Iraí, devido a semelhança da região com os Alpes Suíços.

14 - Alto Alegre - Após uma festa ter sido animada, o povo muito alegre, e o lugar bonito, aprazível livre e muito alto, as autoridades presentes no então faxinal, em solenidades inaugurais, pronunciaram que este lugar deveria chamar-se ALTO ALEGRE.

 15 - Alto Feliz - É originário de "Obern Feliz" (Feliz Alta), utilizado já nos primórdios da colonização e relaciona-se com sua situação geográfica. Os colonizadores alemães chegaram no ano de 1846, estabelecendo-se em local bucólico, no alto de um morro

16 - Alvorada - O nome sugerido por um integrante da Comissão Pró-Emancipação, teve inspiração em dois fatores: a alvorada do povo, que acorda às primeiras horas da manhã e parte para o trabalho, e o Palácio da Alvorada, o grande destaque na então nova capital do País, Brasília, inaugurada em 1960.

17 - Ametista do Sul - É uma referência à sua principal riqueza mineral, a pedra ametista.

18 - Amaral Ferrador - é uma homenagem ao General José Amaral Ferrador. O general nasceu no Uruguai em 1801, lutou na Revolução Farroupilha, na campanha contra o Ditador Juan Manuel Rosas e na Guerra do Paraguai. Após o fim das lutas, mudou-se para a vila de São José do Patrocínio, seu antigo nome.

19 - André da Rocha - O primeiro Juiz da Comarca de Lagoa Vermelha, Manoel André da Rocha, foi quem criou o Distrito, que em sua homenagem levou o nome de André da Rocha.

20 - Anta Gorda - Conta-se que, certa vez, foi abatida nas cercanias, uma anta de grandes proporções. Admirados com o tamanho do animal, os desbravadores logo passaram a utilizar o fato como referência sempre que se mencionava o local. Diziam: “Lá onde mataram a anta gorda…”.

 21 - Antônio Prado - Este núcleo não tinha nome, por isso, o Bacharel Manoel Barata Góis, engenheiro-chefe da Comissão de Madição de Lotes, sugeriu e solicitou que fosse dado à nova colônia o nome de Antônio Prado, em homenagem a Antônio da Silva Prado, fazendeiro paulista que como Ministro da Agricultura da época, promoveu a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil, e instalou núcleos coloniais no Rio Grande do Sul.

22 - Arambaré - na língua tupi-guarani, significa sacerdote que espalha luz, e uma lenda conta que os índios arachãs escolheram essa terra porque lá encontraram o Bem Viver.

23 - Araricá - Tem origem tupi e significa "mata do rio das araras". A palavra é formada pela junção dos termos a'rara (arara), 'y (água, rio) e ka'a (mata) e está ligada a uma ave colorida, verde com penas azuis , Arariquaba ou Ararí - CAA (tradução indígena). Araricá era destinada como bebedouro dos papagaios,

24 - Aratiba - tem origem na língua tupi e significa "pequenas araras"

Arroio do Meio - 

Arroio do Padre - 

Arroio do Sal - 

Arroio do Tigre - 

Arroio dos Ratos - 

Arroio Grande - 

Arvorezinha - 

Bagé - 

Balneário Pinhal - A origem do nome do Município é uma deferência à antiga Fazenda do Pinhal e não aos pinus plantados anos mais tarde.

Barra do Ribeiro - O nome do município deriva da sua localização geográfica, caracterizada pelo encontro do Arroio Ribeiro com o Lago Guaíba.

Barra do Quaraí - 

Barracão - tropeiros passavam pela região da cidade de forma clandestina para fugir do pagamento de impostos dos produtos transportados. Para fiscalizar a região, foi construído um barracão que serviria de quartel e casa de coletaria. A construção deu nome ao município.

Bento Gonçalves - O nome foi dado em homenagem ao general Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845. Bento Gonçalves deu seu primeiro impulso de progresso com a vinda da agência do Banco Nacional do Comércio e Banco de Pelotas.

Boa Vista do Cadeado - tem esse nome, por causa da vista sobre uma colina na Serra do Cadeado.

Boa Vista do Incra - O nome de Boa Vista é por causa de uma fazenda que existe na cidade desde 1839. Em 1969, a propriedade foi adquirida para o reassentamento de famílias que foram atingidas pela construção de uma barragem. As áreas foram distribuídas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que completou o batismo do município.

Bom Jesus - 

Bom Princípio - 

Bom Retiro do Sul - 

Butiá - um pé-de-butiá, típico da região carbonífera, deu origem ao nome do município. De acordo com a prefeitura, uma árvore isolada, que ficava próximo a uma estância da localidade, acabou se tornando ponto de referência e local para descanso de carreteiros que passavam pela região.

Caçapava do Sul - 

Cacequi - 

Cachoeira do Sul - 

Cachoeirinha - 

Camaquã - Vem de Icabaquã e na língua tupi-guarani I significa rio, água e Cabaquã quer dizer velocidade, correnteza. Então podemos concluir que o nome do município vem do rio Camaquã que passa na cidade.

Cambará do Sul - 

Campestre da Serra - 

Campo Bom - 

Candelária - 

Candiota - 

Canela - provém de uma árvore, chamada de Canela, que era localizada na área central da cidade, hoje Praça João Corrêa, esta caneleira servia de ponto de encontro e pousada de tropeiros.

Canoas - Durante a construção da estrada de ferro que ligava Porto Alegre à São Leopoldo, inaugurada em 1874, uma timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) foi aproveitada na antiga fazenda de Gravataí para construir embarcações. O lugar passou a ser chamado de Capão das Canoas, e deu origem ao nome do povoado.

Capão da Canoa - 

Capão do Leão - 

Capela de Santana - 

Capitão - homenageia o primeiro dono das terras na região, o capitão Francisco Silvestre Ribeiro. O mineiro recebeu o título de capitão da 4ª Companhia da Guarda Nacional em 1846.

Caraá - 

Carazinho - 

Carlos Barbosa - 

Casca - Acredita-se que o nome tenha origem na palavra "cascare", que significa "cair" em italiano. Imigrantes teriam batizado um riacho considerado escorregadio e fácil de cair com esse nome. Outra possibilidade, é a extração de cascas de árvores com objetivos comerciais na região.

Catuípe - 

Cerrito - Originou-se por ser um lugar bastante elevado e estar muito próximo de cerros e coxilhas. Uma das designações dadas pelos índios referia-se a montículos sepulcrais que significa: ponto culminante do lugar (Cerro Pelado )

Cerro Grande do Sul - 

Chapada -

Chuí - A palavra Chuy, segundo a maioria dos estudiosos, provém da língua tupi guarani. Com ela, os indígenas teriam designado o pequeno arroio em cujas bordas haveria de surgir no século XIX a população que hoje leva esse nome. Por outro lado, o antropólogo e escritor Daniel Granada afirma que “chui” era o nome que os indígenas davam a um pássaro de peito amarelo, nativo e comum nos banhados da região. Além disso, o escritor Tancredo Blotta diz que “chuy” é uma palavra composta e que pode ser traduzida como “rio de água parda”.

Chuvisca - se deve a uma área no município em que ocorria uma garoa permanente. Localizado próximo aos arroios Sutil e Duro, o fenômeno, que era popularmente chamado de "chuvisca", é característico do município.

Cidreira - 

Ciríaco - tem como origem o nome do primeiro morador da região. Segundo a prefeitura, não há registros escritos sobre sua estadia ou origem, mas relatos dizem que o homem teria se estabelecido no município entre 1860 e 1890, vindo da fronteira. Ciríaco, o morador, era um famoso esgrimista, conhecido em toda a região. Um dia, teria desafiado um tropeiro de Cruz Alta para um duelo e sofreu sua primeira derrota. Desapontado, entregou a sua espada ao vencedor e adquiriu uma posse de terras na região da mata, onde construiu uma choupana e viveu até falecer. Em torno deste local, surgiu o município de Ciríaco.

Crissiumal - 

Cristal - Surgiu dentro da área da "Estância do Cristal", propriedade histórica da família Bento Gonçalves da Silva, o herói Farroupilha que viveu nesta época durante 40 anos.

Cruz Alta - 

Cruzeiro do Sul - 

Dom Feliciano - 

Dom Pedrito - 

Encantado - 

Erechim - 

Esmeralda - 

Espumoso - inicialmente denominada "Passo Espumoso", com este nome porque o Jacuí formava grandes cones de espuma em suas águas, que alcançavam até 30 centímetros de altura. O fenômeno, que ocorria pela grande presença de cascatas e cachoeiras na região, não era registrado por viajantes em outros pontos do rio.

Estância Velha - 

Esteio - 

Estrela - 

Farroupilha - O nome é em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha, que seria comemorado no ano seguinte, 1935. A palavra farroupilha poderia originar não só de "farrapo" que significa "pano velho", "tecido gasto"; mas também de "farroupo", um porco pequeno, com menos de um ano, marrãozinho.

Feliz - Uma comitiva sob o comando do engenheiro Afonso Mabilde foi incumbida de abrir um caminho através da mata dos pinhais e o Campo dos Bugres (Caxias do Sul) aos campos de criação de gado de Vacaria. Este grupo atravessou com uma canoa o rio das Antas, usando uma embarcação como elo de ligação com os já ocupados campos de Vacaria, donde obtinham os mantimentos necessários. Uma enchente, no entanto, teria arrastado a canoa e foram obrigados a retornar ao sul. Depois de muitos dias pelo mato, finalmente teriam encontrado a casa de um colono e saudado este encontro com a exclamação: Oh Feliz! Em lembrança deste fato, a nova picada recebeu o nome de Feliz

Flores da Cunha - Tem esse nome numa homenagem ao ex-governador do estado, José Antônio Flores da Cunha, que havia prometido construir uma estrada férrea ligando o município ao resto do estado.

Formigueiro - naqueles tempos remotos, passando pela localidade uma comissão de engenheiros, um dos profissionais teria dito "isto aqui é um formigueiro!" ao ver a grande profusão de carretas que ali pousavam no trajeto até a fronteira.

Frederico Westphalen - Por decisão de uma assembleia de moradores, foi fixado o nome de Vila Frederico Westphalen, homenageando o engenheiro que colonizou a região sob o comando do Governo do Estado

Garibaldi - 

Gentil - O pároco de Marau, Frei Gentil de Caravaggio, teve grande influência sobre a localidade. Mesmo que tenha ficado pouco tempo em Marau, a influência do capuchinho era tanta que, em 1957, o povoado passou a se chamar Vila Frei Gentil, quando ainda fazia parte de Marau. Quando se emancipou, em março de 1992, o então distrito aboliu o status religioso do nome e foi batizado "apenas" como Gentil.

Giruá - 

Gramado - O nome da cidade está relacionado ao seu passado, quando servia de passagem para tropeiros que tocavam o gado pelos campos de cima da Serra, no fim do século XIX.

Guaíba - Foi batizada com o mesmo nome do lago que a margeia, a palavra Guaíba é de origem tupi, gua-ybe e tem o sentido de "baía de todas as águas".

Guaporé - 

Gravataí - 

Herval - 

Herveiras - Os colonizadores estavam em busca de araucárias e de ervas gigantes, o que deu origem ao nome da cidade. Cultivados inicialmente em pequena escala nas propriedades, com o tempo houve uma produção em maior escala, impulsionando assim o desenvolvimento da região.

Hulha Negra - 

Igrejinha - 

Ijuí - 

Imbé - 

Itaara - 

Itaquí - 

Ivoti - 

Jaguarão - 

Jóia - 

Júlio de Castilhos - 

Lagoa Vermelha - 

Lajeado - vem do ponto de referência que era dado à região. No Rio Taquari, na mesma área em que a cidade se encontra, as águas formavam cascatas sobre lajeiros (ou lajeados), rochas planas parecidas com lajes, por isso seu nome.

Lavras do Sul - 

Machadinho - 

Maquiné - O nome pode ter relação com a foz do rio, de mesmo nome da cidade, local onde morriam muitos índios, que batizaram o local de "Passo do Inferno".

Mariana Pimentel - 

Mormaço - devido ao forte calor provocado pelo sol no meio da mata fechada e, em época de frio, pelo vapor que se elevava do degelo das geadas, o local foi denominado "Serra do Mormaço" por alguns, mas acabou prevalecendo apenas o último nome.

Morro Redondo - 

Morro Reuter - 

Mostardas - Para o Executivo municipal, a hipótese mais aceita é a da historiadora Marisa Oliveira Guedes, segundo a qual a denominação tem uma origem militar – e vegetal. A pesquisadora aponta que a "Guarda das Mustardas" teria sido criada em 1738, recebendo esse nome porque as trincheiras cavadas pelos guardas eram camufladas através da plantação de mostarda, um vegetal que não murcha. Mais tarde, quando a localidade do sul do estado se transformou em freguesia, em 1773, é que passou a chamar-se "Freguesia de São Luís de Mostardas". Em 1963, quando se emancipou de São José do Norte, a localidade ficou apenas com a última parte do nome.

Muçum - 

Muitos Capões - 

Não-Me-Toque - Existem duas hipóteses uma delas é a presença de uma planta abundante na região, a "sucará" ou "espinho de Santo Antônio", chamada também de não-me-toque, justamente por causa dos espinhos. A outra possibilidade, de acordo com o município, é em razão de uma fazenda batizada de Não-Me-Toque registrada no cartório desde 1885.

Nova Hartz - 

Nova Pádua - 

Nova Petrópolis - 

Nova Prata - 

Nova Roma do Sul - 

Nova Santa Rita - 

Osório - 

Palmitinhos - Os primeiros colonizadores da região plantaram seis palmeiras em frente ao primeiro oratório da cidade, que fica no Noroeste do estado. A espécie plantada na praça era a de palmitos, o que deu origem ao nome do município.

Panambi - 

Paraí - 

Parobé - 

Passa Sete - Está em um arroio localizado no território pertencente ao município, onde, antigos moradores relatavam que viajantes que por ali passavam tinham que cruzar o referido arroio por sete vezes durante seus trajetos, muito íngremes e tortuosos. O fato motivou os passantes a chamarem de Passa Sete aquele trecho de seus itinerários.

Passo do Sobrado - pelo fato de haver uma passagem em um arroio, situado na entrada da cidade. Próximo a este arroio, existia uma casa de madeira, conhecida por sobrado. Carroceiros e tropeiros atribuíam a essa passagem o nome de passo do sobrado.

Passo Fundo - é uma tradução do nome originalmente dado pelos indígenas habitantes da região, que chamavam o local de GOYO-EN, sinônimo de muita água e rio fundo.

Pedras Altas - 

Pedro Osório - 

Picada Café - tem duas hipóteses para o nome, a primeira diz que tropeiros acampavam na cidade para tomar café ou pernoitar antes de seguir viagem. A outra versão diz que imigrantes receberam mudas de café para plantar na região. A plantação não prosperou mas o nome permaneceu. Já o termo "picada" significa estrada ou trilha aberta na mata.

Pinto Bandeira - 

Piratini - (denominação primitiva) na língua tupi-guarani significa "peixe barulhento", Chegaram 48 casais de açorianos na condição de ali residirem e trabalharem no local denominado "Capão do Piratini".

Poço das Antas - "poço" se refere ao formato do relevo da cidade, uma região cercada de montanhas em forma de vale para onde correm os rios. Já as antas eram atraídas para o poço, em busca de água.

Portão - 

Porto Xavier - 

Quaraí - 

Restinga Seca - 

Rio Grande - 

Rio Pardo - 

Rolante - 

Rosário do Sul - 

Salto do Jacuí - 

Salvador do Sul -

Santa Cruz do Sul - 

Santa Margarida do Sul - 

Santa Maria - originou-se do nome do rio que existia no local com nome de rio Santa Maria. 

Santa Rosa - 

Santa Tereza - Surgiu com a expressão de gratidão e amor do engenheiro chefe da colonização Senhor Joaquim Rodrigues Antunes pela sua esposa Tereza.

Santa Vitória do Palmar - 

Santo Ângelo - 

Santo Antônio da Patrulha - 

Santo Antônio das Missões - 

Santo Cristo - 

Santana da Boa Vista - 

Santana do Livramento - 

São Borja - é uma homenagem a São Francisco de Borja, que foi o terceiro general (geral) da ordem dos jesuítas.

São Francisco de Assis - Após os portugueses conquistarem da Espanha a região das missões, guardas de milicianos portugueses são instaladas ao norte do Rio Ibicuí. Uma delas é a guarda de São Francisco de Assis, cujo Forte foi construído à margem esquerda do rio Inhacundá. Início da povoação permanente se dá ao redor do Forte

São Francisco de Paula - O povoamento da cidade começou quando Pedro da Silva Chaves, capitão de ordenanças da região de cima da serra, doou uma área de terra para a fundação do povoado, que virou patrimônio de uma igreja construída no local. A esta igreja, o capitão batizaria de São Francisco de Paula, santo de sua devoção.

São Gabriel - 

São Jerônimo - 

São José do Norte - 

São José dos Ausentes - 

São Leopoldo - 

São Lourenço do Sul - 

São Luíz Gonzaga - 

São Marcos - Conta a história que Antônio Machado de Souza  atingiu "as campinas verdes de São Francisco de Paula de Cima da Serra, lá para o rincão de São Marcos, no fundo da invernada então pertencente Oliveira Pedroso". Assim se deu a chegada no território que, mais tarde, se chamaria São Marcos Dei Polacchi.

São Miguel das Missões - 

São Nicolau - foi uma homenagem à Nicolau Duran Mastrilli, arcebispo da Cúria de Buenos de Aires.

São Pedro do Sul - 

São Sebastião do Caí - 

São Sepé - 

São Vendelino - 

Sapiranga - 

Sapucaia do Sul - 

Seberi- 

Segredo - Abel Batista da Silva, dono de vastas terras na região, foi morto a golpes de machado, em 1881, por um empregado, Salvador Carvalho, e um escravizado de nome Benjamim. Após o homicídio, o corpo teria sido jogado no arroio que passava logo abaixo do local do crime, um paiol onde hoje fica o Centro do município. Dias depois, alguns pescadores encontraram um cadáver no curso d'água. Presumiu-se que Salvador Carvalho e o escravo Benjamim haviam assassinado o antigo patrão e ambos foram condenados pelo crime, mas nunca foi provado que o cadáver era mesmo o de Abel e o motivo do crime não foi descoberto. Contudo, existia uma suspeita sobre um possível caso amoroso entre Maria Francisca da Silva, esposa do morto, e Salvador. O arroio onde apareceu o corpo passou a ser chamado de "Arroio Segredo", dando origem ao nome da localidade.

Sentinela do Sul - O nome remete a sua localização em zona elevada, a qual permitiu que os soldados revolucionários montassem guarda para observar as tropas inimigas.

Serafina Corrêa - 

Sério - uma possibilidade é uma homenagem ao Rio Serio, na Itália, região de origem do dono de terras na cidade. A outra hipótese é mais curiosa. Italianos teriam dificuldade para pronunciar a letra "g" do nome de Sérgio Franciosi, um morador da região. O nome dele, então, era dito "Sério".

Sertão Santana - 

Sinimbú - o nome significa “lagarto do mato”  e a versão mais acertada para a origem do nome do distrito é a de homenagem ao Dr. João Lino Vieira Cansanção de Sinimbu, que foi o presidente da província de São Pedro do Rio Grande do Sul, tendo determinado a colonização das linhas Sinimbu, São João da Serra, Dona Josefa e Andréas.

Sobradinho - 

Taquara - 

Taquari - 

Tapejara - 

Tapes - 

Tenente Portela - 

Terra de Areia - 

Teutônia - 

Tio Hugo - Pelos anos de 1962, estabeleceu-se no Km 214 da rodovia 386, o Sr. Hugo André Londero com a finalidade de instalar um Posto de Combustível. Inicialmente era um pequeno Posto de Serviços, Hugo Londero era uma pessoa carismática, de bom relacionamento, muito atencioso no atendimento a seus clientes e prestativo em relação aos seus vizinhos e amigos. Esse carisma fez com que todos passassem a chamá-lo de tio Hugo e, por conseguinte, a localidade ficou também conhecida como Tio Hugo.

Torres - Tem este nome devido a três grandes rochedos que se estendem à beira Mar. São eles: Torre do Norte (Morro do Farol); Torre do Centro (Morro das Furnas) e Torre do Sul (onde está a Praia da Guarita).

Tramandaí -

Travesseiro - tem como origem o conjunto de pontilhões de madeira que faziam a travessia do arroio que corta o município. As travessias viraram "travesseiro".

Três Cachoeiras - 

Três Coroas - 

Três de Maio - 

Três Passos - 

Triunfo - 

Tucunduva - 

Turuçu - Na língua indígena, quer dizer “águas grandes”, em referência ao arroio homônimo que faz divisa com o município de São Lourenço do Sul.

Unistalda - Quando foi construída uma estrada de ferro entre Santiago e São Borja. As obras foram comandadas pelo general Horta Barbosa. A vila erguida na região foi batizada em homenagem à mãe do militar, a dona Unistalda.

Uruguaiana - A nova freguesia, de início, teve a denominação de Santana do Uruguai e logo depois, Domingos José de Almeida, reunindo os nomes Uruguai (rio) e Ana (Nossa Senhora de Santana - padroeira da Vila) altera o nome para Uruguaiana.

Vacaria - 

Vale Real - O antigo nome de Vale Real era Kronenthal, nome impropriamente traduzido do alemão que significa Vale da Coroa, vale da Coroa de Montanhas

Venâncio Aires - 

Veranópolis - 

Vespasiano Corrêa - 

Viamão - Uma das hipóteses para o nome é uma referência ao avistamento de uma mão espalmada. Isso porque os cinco rios afluentes do Guaíba formariam uma mão sendo vista do alto. Outra possibilidade, segundo a prefeitura, seria uma variação de "ibiamon", ou seja, terra dos pássaros ibias. Existe também o relato de que o município ficaria na região de uma passagem entre montes, a via-monte. Outra versão diz que a cidade, vizinha a Porto Alegre, foi batizada em homenagem a Viamara, antigo nome da província de Guimarães, em Portugal.

Vila Nova do Sul - veio da reestruturação do antigo povoado de São João Velho surgindo uma Vila Nova do Sul.

Xangri-lá - Shangri-La é um paraíso, nas montanhas do Himalaian retratado no livro "Horizonte Perdido", do inglês James Hilton. Lá, a harmonia e a felicidade prevaleceriam entre os moradores.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Nossa Senhora do Caravaggio - Um roteiro de fé e turismo

Neste fim de semana (23/04/2022) começaram as romarias ao Santuário de Caravaggio, e indicamos como passeio de fé e turístico, pois, lá existe fé por todos os lados e a arquitetura trás um potencial turístico a mais para o local.

Temos a capela antiga, a igreja nova e um belo jardim onde está a estátua da Santa.

Abaixo temos alguns registros que fizemos e o local já está com movimento bem acentuado e a medida que chega o dia 26/05 a tendência é que aumente ainda mais.

O Santuário está localizado em Farroupilha-RS, cerca de 120km da capital, Porto Alegre e 25km de Caxias do Sul, conforme mapa após as fotos.

Aqui você encontra uma lista de livros com o tema viagem

domingo, 14 de janeiro de 2018

Cidades Riograndenses - Pelotas

Buenas entreverados, dando continuidade à nossa seção Cidades Riograndenses, hoje vamos trazer Pelotas, a Princesa do Sul. Pelotas é uma cidade que tenho certa admiração por ter passado parte de minha vida acadêmica no antigo CEFET/RS.

O nome da cidade, "Pelotas", dizia-se que os indígenas rio-grandenses, usando uma canoa de couro para a travessia dos rios, batizaram-na de pelota. Hoje, uma versão nova assegura que os usos do barco e da palavra têm origem marroquina e que foram apenas assimilados pelos aborígines. Indígenas ou marroquinas, o certo é que o arroio Pelotas recebeu o nome das embarcações freqüentemente utilizadas na sua travessia.

Depois, a partir da proliferação das charqueadas nas terras marginais do arroio, costa do Pelotas passou a designar, genericamente, a movimentada região. Por fim, elevada a Vila de São Francisco de Paula à categoria de cidade, após muita discussão foi aprovado o nome de Cidade de Pelotas, em homenagem “ao fato histórico [estabelecimento das charqueadas] que aglomerara com a rapidez do raio a gente e a riqueza da localidade”, na expressão de Domingos José de Almeida.Mesmo sem que todos saibam, um distante passado sobrevive, na memória local, toda vez que se pronuncia o nome da cidade.
A Lei Complementar Estadual número 9184, de 1990, criou a Aglomeração Urbana de Pelotas, que em 2001 passou a se denominar Aglomeração Urbana de Pelotas e Rio Grande, e em 2002, Aglomeração Urbana do Sul. Esta caracteriza-se por proporcionar uma forte integração entre os municípios que a constituem e é o embrião de uma futura região metropolitana. Integram-na os municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Pelotas, Rio Grande e São José do Norte, que totalizam uma população aproximada de 600.000 habitantes.

Tudo começa numa região que, em fins do século 18, abrangia cinco estâncias. De todas, a mais antiga, por ordem cronológica de doação, foi a que recebeu o coronel Tomás Luís Osório, em 1758, segundo despacho de Gomes Freire de Andrade, comandante-geral das capitanias do sul. O rincão (na terminologia da época) “extremava-se no Sangradouro da Mirim (São Gonçalo) e arroio Pelotas até topar com o arroio Correntes e deste à Lagoa dos Patos no lugar de Canguçu (Ilha da Feitoria)”. Em 1763, fugindo da invasão espanhola, muitos habitantes da Vila de Rio Grande buscaram refúgio nas terras pertencentes a Thomáz Luiz Osório. Mais tarde, vieram também os retirantes da Colônia do Sacramento, entregue pelos portugueses aos espanhóis em 1777.

Segundo a carta de sesmaria, “a região estava sendo explorada e conhecida a zona de suas planícies”. Alguns anos mais tarde, porém, mudaria de proprietário. Envolvido em denúncias, o coronel Tomás Osório, comandante do Regimento dos Dragões do Rio Grande, foi enforcado em Lisboa. Em 1779, sua viúva e seus filhos venderam ao casal Manuel Bento da Rocha e Isabel Francisca da Silveira a primeira sesmaria de Pelotas, abrangendo, entre outras extensões, os atuais balneários do Laranjal e a colônia Z-3.

 Em 1780, instala-se em Pelotas o charqueador português José Pinto Martins que se refugiou na região para se livrar da seca cearense, fundando a primeira Charqueada. A prosperidade do estabelecimento, justificada pela localização e pelos métodos empregados estimulou a criação de outras charqueadas e o crescimento da região, iniciando-se a exploração, em larga escala, da indústria saladeiril no território rio-grandense, dando origem à povoação que demarcaria o início do município de Pelotas.
Até a pouco se supunha, na falta de dados mais concretos, que Pinto Martins era natural do Ceará e que foi o pioneiro do saladeirismo no Rio Grande do Sul. Hoje se sabe, graças a pesquisas recentes, que Pinto Martins nasceu em Portugal; ultimamente tem-se repetido, talvez até com exagerada insistência, que antes de 1779 já se praticava a salgação da carne no território sulino.

De qualquer modo, o que importa é que José Pinto Martins, aliando os conhecimentos adquiridos no Ceará à sua visão de industrialista, estabeleceu uma fábrica rudimentar, de caráter pré-industrial, nos arredores de Pelotas. Em pouco tempo, foi imitado por outros, de maneira que a salgação da carne, já praticada no território gaúcho como atividade econômica de subsistência, transformou-se, a partir daí, numa indústria poderosa, responsável pela própria organização da estância, antes “mera empresa de coleta e pilhagem do gado”.

Com o sucesso desta indústria, os charqueadores, dispondo de duas estações amenas, construíam palacetes para suas habitações e promoviam a cultura e a educação, no ambiente urbano, exemplificado pela inauguração do Teatro Sete de Abril, em 1831, quatro anos antes de Pelotas ser elevada à condição de cidade.

À sombra das charqueadas, Pelotas transformou-se, de incipiente povoação, na cidade que seria, durante todo o século 19, a mais rica e adiantada da Província, ao lado de Porto Alegre. Já em 1816, quatro anos depois da organização da freguesia, São Francisco de Paula pareceu ao Conde de Samodães “o centro e o coração” do Continente de São Pedro. Um outro viajante estrangeiro anotou, referindo-se aos charqueadores: “eles quiseram que o lugar prosperasse, e o lugar prosperou”.

Dom João VI, príncipe regente de Portugal, foi sensível ao apelo dos nossos antecessores. Por alvará de 7 de julho de 1812, erigiu “uma nova freguesia colada no lugar denominado Pelotas”. Receberia o título de São Francisco de Paula, mas isso segundo uma provisão eclesiástica datada de 18 de agosto e assinada pelo bispo do Rio de Janeiro, dom José Caetano da Silva Coutinho, que também manda servir provisoriamente de paróquia o oratório de Nossa Senhora da Conceição e nomeia pároco o vigário Felício Joaquim.

A primeira definição importante na história da ocupação urbana de Pelotas surge agora, e se confunde com a discussão sobre a melhor localização da igreja. Dependendo do lugar onde ela fosse construída, estaria configurada a zona central do povoado. Nessa discussão levou-se cinco meses -de outubro de 1812, quando Felício investiu-se nas funções de pároco, a fevereiro de 1813.

Três eram as alternativas: situar o templo no Laranjal; na lomba onde está hoje o Instituto Nossa Senhora da Conceição (Asilo); ou no lugar onde se edificou, na praça José Bonifácio.

A corrente vencedora contava com a preferência do capitão-mor da região, Antônio Francisco dos Anjos, e com a simpatia do pároco. Como os debates se prolongassem, não esperaram acordo final: foram fazendo a obra. Aos poucos, alguns opositores concordaram; outros se conformariam com o tempo. De qualquer modo, as divergências acabaram enterradas, em alicerces de tijolo e meio. As paredes é que tiveram a dimensão de um só tijolo.

Diante disso, como “conciliadora solução para os contraditórios desejos”, a freguesia, dois anos depois, não se estabeleceu em nenhum dos lugares sugeridos, mas sim na extensa coxilha entre o Santa Bárbara e o São Gonçalo. Igualmente excluídas as virgens-padroeiras dos dois arraiais, elevou-se ao altar a imagem de São Francisco de Paula, então a Freguesia de São Francisco de Paula foi fundada em 7 de Julho de 1812 por iniciativa do padre Pedro Pereira de Mesquita, foi elevada à categoria de Vila em 7 de abril de 1832. Três anos depois, em 1835, a Vila é elevada à condição de cidade, com o nome de Pelotas.

Em 2 de julho de 1813, o governador da capitania, dom Diogo de Souza, concedeu a dona Mariana Eufrásia da Silveira -viúva do terceiro capitão-mor do Rio Grande, Francisco Pires Casado-o terreno que ela provou possuir desde 1784. Dividia-se “pelo sudeste com o rio São Gonçalo, pelo noroeste com terras de José Gonçalves da Silveira Calheca e José Aguiar Peixoto, pelo sudoeste com o arroio Santa Bárbara, fazendo a figura de um triângulo oblíquo, cujo terreno [sic] tem na sua maior largura 840 braças e no maior comprimento 1.304.”

Dona Mariana obrigava-se a doar, conforme prometera no requerimento, 80 braças em quadro para uma praça, uma quadra junto à praça para uma nova igreja, 20 braças em quadro para hospital e quartel. O compromisso foi cumprido, não por ela, mas pelos seus herdeiros, em fins de 1822 (nesse ano, como se sabe, foi extinto o regime sesmarial).

Loteando essas terras, dona Mariana possibilitou que as 12 ruas longitudinais de Antônio dos Anjos se prolongassem na direção do porto, acrescentando-se mais 15 às transversais. De modo que, em 1830, quando Pelotas atinge a condição oficial de município, o sítio urbano já se compõe de 34 logradouros: os 19 do capitão-mor mais os 15 da viúva de Francisco Pires Casado. Nesse quadro irromperia mais tarde a Santa Cruz, completando o centro da cidade.

Em 1833, um ano depois da instalação da vila, foram cadastrados 544 prédios. Deslocava-se o perímetro central da Praça da Matriz, hoje José Bonifácio, para a Praça da Regeneração, hoje Coronel Pedro Osorio.

Nos primeiros anos do século XX, o progresso foi impulsionado pelo Banco Pelotense, fundado em 1906 por investidores locais. Sua liquidação, em 1931, foi nefasta para a economia local.

Pelotas é um município brasileiro da região sul do estado do Rio Grande do Sul. Considerado uma das capitais regionais do Brasil, possui uma população de 327.778 habitantes e é a terceira cidade mais populosa do estado. Seu aniversário é comemorado em 7 de julho.

Está localizado às margens do Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, ocupando uma área de 1.609 km² e com cerca de 92% da população total residindo na zona urbana do município. Pelotas está localizada a 250 quilômetros de Porto Alegre, a capital do estado.

 A principal atividade do município é o comércio, que atrai moradores de todas cidades vizinhas. Em Pelotas existe um grande número de estabelecimentos comerciais e empresas de prestação de serviços. É pólo industrial na confecção de doces artesanais e sua qualidade e sabor são nacionalmente conhecidos e difundidos através da Fenadoce - Feira Nacional do Doce, que acontece todos os anos no mês de junho, onde grandes e pequenos produtores de doces divulgam seus produtos aos visitantes.

Neste cenário, o Jornal Diário Popular vem desde 1890 circulando ininterruptamente, sendo o terceiro jornal mais antigo do Brasil e o mais antigo do Rio Grande do Sul, ajudando a contar e a fazer a história de Pelotas.

A Cidade de Pelotas conta com cinco instituições de ensino superior, quatro grandes escolas técnicas, três teatros, uma biblioteca pública, vinte e três museus, dois jornais de circulação diária, três emissoras de televisão, um aeroporto e um porto flúvio-lacustre localizado às margens do Canal São Gonçalo.

Tanto a zona urbana quanto a rural de Pelotas conta com monumentos, paisagens e vistas belíssimas, que levaram a televisão brasileira a escolher o município já por duas vezes como cenário para suas produções: "Incidente em Antares", cuja locação foi feita na zona do porto; e "A Casa das Sete Mulheres", gravada numa charqueada na zona rural.

A vocação econômica de Pelotas é o agronegócio e o comércio. Neste último segmento, há grande representatividade de árabes oriundos principalmente do Líbano (conhecidos erroneamente como turcos) e mais alguns estrangeiros.

Setor primário - A região de Pelotas é a maior produtora de pêssego para a indústria de conservas do país, além de produzir outros produtos como aspargo, pepino, figo e morango. O município também é grande produtor de arroz e rebanho bovino de corte. Pelotas também possui a maior produção de leite do estado.

Setor secundário - Em Pelotas há a presença de indústrias ligadas ao setor de agronegócios, têxtil, curtimento de couro e panificação. Reflorestamento para produção de papel e celulose tem sido uma atividade econômica emergente em toda a região.

Setor terciário - O município é grande centro comercial na região, atraindo compradores de toda a região para as suas galerias e lojas localizadas no calçadão e bairros.

Em Pelotas constituiu-se a CTMR - Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência, cujo nome deriva da resistência de líderes pelotenses aos maus serviços que eram prestados pela antiga Companhia Telefônica Nacional, antiga operadora no Rio Grande do Sul. A CTMR passou a fazer parte, mais tarde, do sistema Telebrás, distinguindo-se pelos altos níveis de qualidade dos serviços prestados, e foi posteriormente absorvida pela Brasil Telecom.

Pelotas também possui o SANEP (Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas), uma autarquia responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável, coleta e destinação do lixo e coleta e tratamento de esgotos sanitários e pela drenagem urbana. Constitui uma situação única no estado, já que os demais municípios do Rio Grande do Sul recebem serviços de saneamento de uma única empresa estadual, denominada CORSAN. O município conta com três estações de tratamento de água: a ETA Santa Bárbara, que alimenta a rede de distribuição com 40 milhões de litros por dia; a ETA Sinnott, que é abastecida pelos arroios Pelotas e Quilombo e lança 36 milhões de litros no sistema,diariamente; e a ETA do Arroio Moreira, que contribui com sete milhões de litros; data de 1874 e, com ela, teve início o abastecimento de água tratada em Pelotas, na época com 15 mil habitantes.

Na cidade, a distribuição de energia elétrica é realizada pela empresa estadual CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).

Também há o Laranjal Parque Hotel, um empreendimento que comprova o empreendedorismo de uma parcela do empresariado pelotense. Situado próximo da Praia do Laranjal, no seu parque apresentou-se, em 28 de março de 1998, a soprano espanhola Montserrat Caballé.

Com a mistura étnica que caracteriza Pelotas, não é surpreendente que seja um rico centro cultural e político, sendo conhecida como a Atenas Rio-Grandense.
Berço e morada de inúmeras personalidades da cultura nacional, como do escritor regionalista João Simões Lopes Neto (1865 - 1916), autor de Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912) e Lendas do Sul (1913), de Hipólito José da Costa - patrono da imprensa no Brasil, e do pintor Leopoldo Gotuzzo, cujos trabalhos ultrapassaram as fronteiras de Pelotas conquistando prêmios e exposições até na Europa, e o já citado Antônio Caringi (1905 - 1981), escultor pelotense reconhecido internacionalmente, e do senador Joaquim Augusto de Assumpção, fundador do Banco Pelotense.

Atualmente, o Centro Cultural Adail Bento Costa funciona, também, como a sede da Secretaria Municipal de Cultura, contando com duas salas de exposições (Inah d'Ávila Costa e Antônio Caringi) além do Bistrô, utilizado para eventos em geral. O prédio faz parte do patrimônio tombado pelo IPHAN e fica localizado à Praça Coronel Pedro Osório, 02.

Município médio

O município tem uma área de 2.205 km2. Considerando-se a extensão dos maiores municípios gaúchos: cerca de 7 mil km2 e dos menores: apenas 700 km2, conclui-se que Pelotas é um município de tamanho médio. A sua extensão relativamente grande relaciona-se muito com a localização do município na metade sul do Estado, zona de pecuária e lavoura extensiva e, por isso, pouco povoada e pouco dividida sob o ponto de vista político-administrativo.

Pelotas está situada na Zona Temperada do Sul, ficando distante do Equador 32 graus, tendo, portanto, 31º 46′ 55″ de latitude sul. Por isso, os raios do sol chegam mais ou menos inclinados, durante o ano e, conseqüentemente, os dias são curtos no inverno e longos no verão.

Quanto à longitude, Pelotas encontra-se a 52º 20′ 54″ a ocidente do Meridiano Principal. Uma conseqüência é que nossos relógios marcam três horas menos do que os da Inglaterra. Além disso, quando aqui é meio-dia, no Japão, que se encontra a 140º de longitude, é meia-noite.

Localização do Município

Um dos fatos fundamentais da geografia de Pelotas é que o município está localizado na região fisiográfica denominada “Encosta do Sudeste”, da qual fazem parte os municípios de Tapes, Camaquã, São Lourenço do Sul, Capão do Leão, Pedro Osório, Arroio Grande, Morro Redondo, Arroio do Padre e Jaguarão.

Realmente o município se estende das mais baixas ondulações da encosta oriental da Serra dos Tapes até a planície sedimentar da margem ocidental do Canal São Gonçalo.

Portanto, Pelotas, sob o ponto de vista físico, encontra-se em uma encosta, e essa localização teve conseqüência muito importante, pois determinou a existência, no município, de duas grandes paisagens naturais e humanas distintas: a paisagem “serrana”, mais elevada e ondulada, correspondente à policultura e à colonização alemã, e a paisagem de planície baixa e plana, que corresponde à pecuária e à orizicultura e de composição étnica variada.

A cidade de Pelotas localiza-se numa planície muito baixa. Nas suas partes mais elevadas – os “terraços”- encontra-se o centro urbano tradicional e as principais avenidas dos bairros Areal, Três Vendas e Fragata; é aí que se encontra a maioria da população. As áreas mais baixas – as “várzeas” – são menos povoadas, inclusive porque chegam a sofrer inundações.

Pode-se, assim, observar que as diferenças de nível, na planície, influíram muito na distribuição espacial da população e, portanto, na direção do crescimento da cidade.

Hidrografia

Pelotas, com posição hidrográfica muito favorável está situada às margens do Canal São Gonçalo, que liga as duas maiores lagoas do Brasil: Patos e Mirim. Graças a isso, o município dispõe, nas suas proximidades, de grandes mananciais de água doce. As lagoas e o canal são importantes recursos hídricos e, ainda, asseguram a perenidade de abastecimento de água à população e às indústrias.

Paisagem que se transforma

Pelotas está localizada em relevo de baixa encosta, apresentando, por isso, uma zona alta e acidentada e outra baixa e plana; essa característica de localização é resultado do seu passado geológico, começado há bilhões de anos.

Sabe-se, por exemplo, que a zona de planície do município formou-se devido, em grande parte, ao depósito de rochas tanto pelos rios como pelo mar, o qual cobriu toda esta região várias vezes. Alem disso, os atuais morros do relevo do município já foram altos e pontiagudos, tendo, depois, ficado baixos e arredondados em conseqüência da erosão produzida pelas águas correntes durante bilhões de anos.

A paisagem natural de Pelotas, como a de toda a Terra, é dinâmica e, por isso, em constante transformação; assim, continuam os processos de erosão e de sedimentação da planície.

De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, Pelotas tinha 320.471 habitantes. A população feminina é de 168.599 e a masculina de 151.872.

Temperatura, chuva e vento

A temperatura média anual, em Pelotas, é de 17,6 graus. O mês mais frio é julho e o mais quente, janeiro. A amplitude anual é relativamente baixa – 10,6 graus – pois a média de julho é de 12,4 graus e a de janeiro 23 qraus.

A média anual de chuvas é de 1.249 milímetros. Pelotas está situada na zona menos chuvosa do Estado, que é o litoral. Chove mais no inverno e primavera e menos no outono e verão, mas a diferença não é muito grande.

Predominam, no município, os ventos do quadrante leste, principalmente os do nordeste; são ventos úmidos, porque vêm do Oceano Atlântico. No inverno e no outono sopram, com freqüência, ventos do sul e do oeste, que são frios; quando vêm do sul, são úmidos; vindos do oeste são secos.

A economia

A economia de Pelotas tem sustentação na atividade primária, sendo o maior produtor de pêssego para a indústria de conservas do País, além de outros produtos como feijão, milho, soja, batata inglesa, cebola e fumo.

O município responde por 28% da produção de arroz do Estado, 10% da produção de grãos, 16% de todo o rebanho bovino de corte e detém uma das maiores bacias leiteiras do Estado com produção de 30 milhões de litros/ano, alem de possuir expressiva criação de cavalos e ovelhas (28% do rebanho eqüino e 30% da produção de lãs).

Pelotas conta com dois Centros de Pesquisas Agropecuária de Clima Temperado -, Embrapa. Na atividade secundária, Pelotas destaca-se por possuir o maior parque agroindustrial de conservas alimentícias do País, e a maior capacidade de abate de bovinos, através de grandes frigoríficos exportadores de “Cota Hilton” e, conseqüentemente, a maior capacidade instalada de frigorificação do Estado. O segundo beneficiador de peles e couros e possui 36 engenhos de beneficiamento de arroz (maior beneficiador de arroz do Brasil, com 689.622 toneladas, em 1996). Tem ainda um importante segmento metalmecânico e construção civil, competitivos, e com enorme potencial de crescimento.

Pelotas possui, também, um Pólo Cerâmico bastante dinâmico, que produção cerâmica de alta qualidade.

No Setor Terciário, destacam-se o turismo e o comércio, com mais de 4.400 estabelecimentos comerciais (varejista e atacadista), serviços bancários com 38 agências dos principais bancos, além de seguradoras, casas de câmbio, cerca de 26 empresas de transportes. Todas as atividades englobam um PIB de aproximadamente US$ 1.050 milhões/ano. Nesse montante não está considerada economia informal, estimada em 30% do PIB.

Pelotas dispõe de condições excepcionais para a implantação de grandes empresas, a começar pela área, já que dispõe de terrenos com cerca de 400 a 500 hectares. poderá dispor de terminal portuário privado, particular e com armazéns alfandegados. some-se aos aspectos acima, as condições excepcionais para captar água, quer tratada ou bruta, praticamente em quantidades ilimitadas.

A infra-estrutura de segurança pública é bastante significativa por ser Pelotas um centro concentrador de fluxos econômicos e sociais do extremo sul do Estado. No turismo, Pelotas é o berço da história industrial, comercial e cultural rio-grandense, além de ser bastante privilegiada em riquezas naturais que lhe dão enormes possibilidades de investimentos, principalmente em turismo cultural e ecológico, segmentos que mais crescem em todo o mundo.

Pelotas apresenta condições atuais, bastante competitivas, tanto no setor primário como secundário e terciário. No setor secundário o futuro empreendimento, caso seja necessário, poderá ser implantado em um terminal retro-portuário privativo e alfandegado, sem maresia, dotado de energia elétrica própria, ou interligado ao sistema nacional, dotado de telefonia moderna, infra-estrutura de transporte marítimo transoceânico, com ferrovia e rodovia, além de condições socioeconômicas bem acima da media brasileira, será comparável com as instaladas no primeiro mundo.

Fonte:
https://vivaosanta.wordpress.com
http://www.docesdepelotas.org.br
http://www.encontrapelotas.com.br
http://www.juraemprosaeverso.com.br

Conheça outras cidade na Seção Cidades Riograndenses AQUI

sábado, 12 de agosto de 2017

Cidades Riograndenses - Caxias do Sul

Buenas gauchada, dando continuidade na coluna Cidades Riograndenses, trago Caxias do Sul, cidade que vivo atualmente.

A história de Caxias do Sul, a maior cidade do interior do Rio Grande do Sul, começa quando a região era percorrida por tropeiros, ocupada por índios e chamada Campo dos Bugres.
Em 1875, chegaram os primeiros imigrantes italianos em busca de um lugar melhor para viver que eram camponeses da região do Vêneto (Ítalia).
Embora o povoamento efetivo da região fosse iniciado em 1876, já dois séculos antes os jesuítas tinham tentado cristianizar esta zona. Por vários motivos as reduções fracassaram e os índios continuaram sua vida seminômade, daí o nome original de Campo dos Bugres, porque encontraram ali vestígios de antigo acampamento.
Já os imigrantes primeiramente se localizaram em Nova Milano e com a sua chegada os índios ficaram desalojados. No começo de tudo foi bastante dificil para os imigrantes, pois, se tratava de uma região de mata fechada. Em 1877, a colõnia do Campo dos Bugres passa a se chamar Colônia de Caxias, homenagem a Duque de Caxias. No entanto, com bastante celeridade o mato foi aberto e as primeiras lavouras e criações começaram a dar fruto.
Em 1884 a colônia foi anexada ao Município de São Sebastião do Caí. A origem da indústria Caxiense deu-se em 1895 com a atuação de um jovem italiano, com apenas 16 anos. Abramo Eberle inicia com uma pequena funilaria.

Em 1890, com Ato nº 257 de 20 de junho o comércio já florescia e as indústrias começavam a se multiplicar, e o primitivo povoado, na época distrito de São Sebastião do Caí, já dava mostras de pujança suficiente para ser emancipado, tornando-se uma vila governada por uma Junta provisória, e logo por um Conselho Municipal e uma Intendência. As primeiras décadas do novo município foram turbulentas. Os grupos de colonos procediam de várias regiões da Itália, alguns até de outros países, e tinham visões de mundo e interesses muitas vezes conflitantes. Ao mesmo tempo, o contexto político estadual era agitado por constantes disputas ideológicas e partidárias, que repercutiam na zona colonial. Ocorreram muitos episódios de violência e desentendimento, e a estrutura de poder se revelou instável. No meio das disparidades, a religião católica, comum a todos, revelou-se um poderoso elemento aglutinante, através do qual convergiram as diferentes correntes para o atingimento de propósitos coletivos, adquirindo a Igreja uma grande influência nos destinos da cidade por muitas décadas à frente.

Devido ao grande desenvolvimento em 1910, recebeu ligação por via férrea e a sede foi elevada à categoria de cidade. Caxias do Sul recebeu três títulos pelo destaque que vem tendo em nosso Estado. Capital do Planalto, Metrópole do Vinho e Pérola das Colônias, o último é o que se tornou mais popular. Através da Uva e do Vinho, que Caxias se notabilizou, sendo o berço do turismo do Estado quando, em 1931, lançava a maior festa do sul: a Festa da Uva. Vinhos, uvas, frio e neve, aliados ao clima europeu destas montanhas.

No início do século XX a sociedade já se havia estruturado, as dificuldades iniciais tocantes à sobrevivência haviam sido superadas, e começava a se formar um sólido corpo cultural através da atividade de artistas, intelectuais, jornalistas e outros agentes, surgem cinemas e já se ouvem na cidade óperas e concertos sinfônicos. São fundados vários clubes sociais, recreativos e esportivos, o ensino se aprimora, o núcleo urbano cresce rapidamente e é embelezado por monumentos e edificações de estilo, a infra-estrutura urbana ganha corpo, a indústria e comércio estão solidamente alicerçados em uma rede de cooperativas e associações, e a zona rural desenvolve grande produtividade, começando uma fase de importantes exportações de uma variedade de produtos in natura e beneficiados. No âmbito político a disputas continuam, embora as crises sejam menos frequentes e menos dramáticas. O resultado deste período é a formação de uma cultura local diferenciada e original, num amálgama de elementos italianos e brasileiros, onde a consciência de uma herança da antiga civilização italiana e o progresso conquistado se tornam motivo de orgulho e autoafirmação.

Com a instauração do Estado Novo o governo federal impõe um rápido abrasileiramento da região e começa um processo de repressão e supressão dos indícios da italianidade. O desenraizamento cultural compulsório gerou uma profunda crise de identidade para os locais, que só começaria a ser superada na década de 1950.
Apartir daí, o mundo colonial ficara para trás. O crescimento da cidade começava a atrair migrantes da zona rural e de outras partes do estado em buscas de novas oportunidades, e ao mesmo tempo começam a surgir os problemas típicos das cidades grandes, com uma forte estratificação social e desigualdade de renda, e o Poder Público começava a ter dificuldade de atender as demandas que se multiplicavam com crescente rapidez em termos de habitação, saneamento, educação, saúde e outros. Desde então o ritmo do crescimento só acelerou, com seus aspectos positivos e negativos, e sua população, com um contínuo afluxo de grandes grupos de origens diversificadas, se tornou altamente heterogênea, deixando os descendentes dos italianos em minoria.

Neste ponto Caxias já se tornara uma das cidades mais importantes do estado, com uma economia forte e diversificada e uma cultura em franco alargamento.
Ao lado do lastro cultural itálico, a garra e a determinação herdadas dos imigrantes são a marca do povo caxiense. A ele foi erguido, em 1954, o Monumento Nacional ao Imigrante, na cidade da Festa da Uva. “Somos uma nação de nações. É justo que se erguesse aqui esse marco memorável”, disse na ocasião da inauguração, o presidente Getúlio Vargas.

 Na zona rural instala-se a agricultura de subsistência que se concentra na produção de uva, trigo e milho, começando a industrialização em nível doméstico. Todo o excedente era comercializado. No início, a uva e o trigo. Em 1976, é criada a Universidade de Caxias do Sul, núcleo da cultura sistematizada.

Vários ciclos econômicos marcaram a evolução de Caxias do Sul ao longo destes séculos: do cultivo da uva e do vinho ao segundo polo metalmecânico do Brasil. Junto com os imigrantes, outras etnias partilharam desse caminho. Aconteceram a miscigenação e a aculturação.

 Hoje Caxias do Sul tem mais de 470 mil habitantes, e é uma das grandes cidades brasileiras e muito do seu passado se perdeu pela dissolução de antigas tradições, pela demolição da maior parte do seu acervo arquitetônico primitivo, pelo cosmopolitismo que hoje impera, mas um grande grupo de pesquisadores se empenha em estudar a história local e preservar o que ainda resta de testemunhos materiais e imateriais desta história, e as instituições oficiais começam a perceber a importância de resgatar a memória coletiva através de museus, arquivos, tombamentos e fomento de atividades culturais que revisitam o passado e tentam integrá-lo ao presente.

Além da cultura italiana, a cultura gaúcha ganha cada vez mais força e hoje Caxias do Sul é a cidade com o maior número de CTG's do mundo.

Três municípios emanciparam-se das terras de Caxias: Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos.

Confira abaixo demais posts sobre Caxias do Sul aqui no Blog Entrevero Xucro.

Retratos do Rio Grande - São Jorge da Mulada (Caxias do Sul)

Retratos do Interior

Retratos do Rio Grande - Criúva

Retratos do Rio Grande  - Caxias Interior

Confira aqui Cidades Riograndenses - Pinheiro Machado.

Fonte: Prefeitura Municipal de Caxias do Sul

domingo, 2 de julho de 2017

Cidades Rio Grandenses - Pinheiro Machado

Buenas gauchada, hoje vamos começar a trazer a histórias de cidades do Rio Grande do Sul, focando em histórias e dados econômicos e culturais do município. Toda a informação contida aqui será extraída nos sites dos municípios. Começaremos pela terra que cresci, Pinheiro Machado a eterna Cacimbinhas.

Pinheiro Machado, é uma cidade localizada no extremo sul do Brasil, na região da campanha, entre as Serras das Asperezas, Serra do Passarinho e Serra do Velleda.

Sua povoação começou cerca de 1775, com Rafael Pinto Bandeira, militar, que teve destacada atuação na retomada pelas armas, dos territórios missioneiros para a Colônia Portuguesa, que foi o  primeiro colonizador branco e também o primeiro gaúcho a assumir o governo do Rio Grande do Sul.
E em 1787 o segundo a possuir terras em Cacimbinhas foi o cabo de Rafael Pinto Bandeira, José Maria Rodrigues, que tinha a alcunha de Corrupiu. Ele recebeu uma doação de terras do brigadeiro, pertencentes ao município de Cacimbinhas. Segundo consta no registro geral de sesmarias da província de São Pedro do Rio Grande do Sul, (arquivos na cidade de Rio Grande. – livros 7 e 8) os primeiros açorianos a receberem sesmarias nesta coxilha chamada”Coxilha do Veleda, foram Thomas Antônio de Oliveira (nico) e José Dutra de Andrade, no ano de 1790.

Durante o período de guerras e tratados, entre eles o de Madri (1750) houveram várias demarcações de terras na região, porém, esta ficou com as fronteiras definidas justamente próxima a região que hoje é a cidade.
Estas divisas vinham da Coxilha Grande em Herval do Sul, passando pelo Cerro da Guarda em Pedras Altas, seguindo pela Coxilha da Tuna e pela Serra do Veleda, indo passar no local histórico deste município denominado “Guarda Velha”, nas proximidades da Br 293, dali rumando pelos divisores de água até o Cerro do Baú, ainda neste município, e pelo divisor de águas vai a Serra de Santa Tecla, no município de Bagé. Nesse ponto foram embargadas as demarcações pelas forças missioneiras e pelos índios Guaranis, chefiados pelo Cacique Sepé Tiarajú, no histórico Forte de Santa Tecla. Essa demarcação só teve prosseguimento depois da morte de Sepé e a total destruição do Forte.
Como se pode observar este território, hoje município de Pinheiro Machado, já em 1750, tinha sua história ligada à história do Rio Grande do Sul.

Pinheiro Machado é um dos municípios mais antigos do Rio Grande do Sul. Até 1830, pertencia ao município de Rio Grande. Depois passou a integrar o município de Piratini, desmenbrando-se em 24 de fevereiro de 1879, sob a denominação de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Antigamente as mercadorias eram transportadas em carretas puxadas a bois, que seguiam os divisores de águas naturais, muitas trilhas eram abertas, picadas para facilitar a passagem, encurtando o caminho e até desviando algum terreno de difícil acesso.
Nessa época os carreteiros, faziam seus pontos de descanso e pouso naqueles lugares onde havia água, cacimbas naturais, daí nasceu um pequeno agrupamento social, que passou a ser conhecido como Cacimbinhas. Dizem que um dos pontos em que os carreteiros paravam para descansar era o local que atualmente se encontra a praça da cidade. Das trilhas dos viajantes originou-se a avenida que chega ao cemitério.
A primeira igreja foi à capela Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Segundo a lenda Dutra de Andrade que teria perdido a visão e feito uma promessa de que se recuperasse a mesma ao lavar os olhos nas águas das cacimbinhas, mandaria construir uma capela em honra de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas, o milagre aconteceu e a capela foi construída. A igreja foi construída em terreno doado por Dutra de Andrade, em 10 de abril de 1851, que por lei nº215, 10 de novembro de 1851 (apêndice nº1) foi criada a capela Curato com invocação de Nossa Senhora da Luz, na Coxilha do Veleda.

Em 1857, o município foi elevado à freguesia e em 1878 ocorreu à emancipação. As pessoas que trabalharam na emancipação fora: Florentino Bueno e Silva, José Maria Pinto, João Cândido da Rosa (fazendeiros) José Virgílio Goulart (militar) e o Dr Saturnino Arruda (deputado).
O município de Cacimbinhas teve seu nome mudado para Pinheiro Machado no governo do Intendente Provisório Dr.Ney Lima Costa quando o Senador José Gomes Pinheiro Machado foi assassinado no Rio de Janeiro, por Francisco Manso de Paiva Coimbra, que era um morador da região de Cacimbinhas. A mudança não foi aceita pela população, que se rebelou conta o Intendente que teve que deixar a cidade.

Depois de doadas as terras, por Nico e Dutra, e definida a avenida das tropas, foi iniciado um traçado xadrez. Com a evolução desse traçado, o caminho das tropas foi deslocado à periferia da cidade.
De 1880 a 1915, aproximadamente, ocorreu à instalação de inúmeros órgãos públicos que deram base à estrutura administrativa da cidade.
A partir de 1916, com o início do fornecimento de energia elétrica, verificou-se um notável desenvolvimento social. Nesse período foram fundados clubes sociais, associação rural e instalado um banco.
Em 1934, foi incorporada pelo município uma faixa de terra de 520m que se encontrava em poder de Piratini.
Com a elevação à categoria de cidade, em 1938, Pinheiro Machado, a partir desse ano, viveu o auge do seu comércio, onde se instalaram bancos, clubes sociais, escolas, o hospital, a biblioteca pública e foi feito o plano diretor da cidade.
Na década de 60, com a implantação da Br, todo movimento de mercadorias acaba sendo feito às margens da cidade, tirando sua participação no fluxo das mesmas.
Por volta de 1970, o homem rural perde seu espaço no campo para a mecanização e começa a crise financeira da cidade. Nessa mesma década iniciam-se os loteamentos populares com finalidade social.

A economia do município é baseada principalmente na agricultura, pecuária, extração de pedras para exportação, pedras de revestimento e produção de cimento. Outro grande destaque é a viticultura que, devido à característica do clima das Serras de Sudeste, favorece a elaboração de vinhos finos de alta qualidade. Começa-se a se desenvolver o cultivo de oliveiras. Durante muitos anos teve seu forte na criação de ovinos, onde criou-se a Feovelha (Feira e Festa Nacional da Ovelha) e ficou conhecida como a Terra da Ovelha, que hoje já não há grande representação devido as crises que afetaram o setor, porém, a feira segue até hoje com grande importância no cenário regional.

Em paralelo a Feovelha, também, ocorria o festival nativista COMPARSA DA CANÇÃO, que por opção do poder público não está sendo realizado nos últimos anos.

Quanto ao comércio, Pinheiro Machado possui aproximadamente 380 estabelecimentos.
Também é digna de destaque a grande quantidade de calcário, considerado de excelente qualidade.

A população total do município é de 12.780 de habitantes, dos quais 6.381 são homens e 6.399 são mulheres, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010).
Sua Área é de 2.249,55 km² representando 0.8286% do Estado, 0.3953% da Região Sul do País e 0.0262% de todo o território brasileiro.
Seu IDH é de 0.661, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2010).
PIB per capita a preços correntes: R$ 14.642,99 (IBGE)
A altitude da sede fica a cerca de 439 m acima do nível do mar e está localizada a 342 km da capital via terrestre.

Confira também um pouco de Pinheiro Machado na nossa seção Retratos do Rio Grande.

Abaixo segue uma lista de governantes de Pinheiro Machado, entre intendentes e prefeitos:

Intendentes

1894 - João Pereira Madruga
1896 - Bernardo Dias de Castro
1900 - Gervásio dos Santos Tavares
1904 - José Angelino Goulart
1911 - Silvano Dias Corrêa Abril
1912 - João Maria Barbosa
1915 - Ney Lima da Costa
1915 - José Cavalheiro do Amaral
1916 - Avelino Machado Borges
1917 - José da Silva Job
1918 - Miguel Duprat Bandeira
1920 - Mário Simões Lopes
1924 - Hipólito Ribeiro Júnior
1928 - Galdino Bueno e Silva

Prefeitos

1932 - Álvaro de Ávila Escobar
1935 - José Rato da Silveira
1943 - Euclides Fernandes da Costa
1944 - João Pedro dos Santos
1946 - Alcides Palma Pereira
1947 - Victor Bachieri
1949 - José da Cunha Ratto
1951 - Rui da Cunha Ratto
1954 - Fernando Rodrigues Barbosa
1955 - Irineu Riett Correia
1960 - Mozart Guterres
1962 - Amintas Luis Dutra
1963 - Nadir de Ávila Ferreira
1964 - Avelino de Assis Brasil
1966 - Laudelino Cunha de Moura
1973 - Justino de León Garcia
1975 - Álvaro Ratto de Souza
1977 - Laudelino Cunha de Moura
1983 - Humberto Mello Dias
1988 - Laudelino Cunha de Moura
1993 - Humberto Mello Dias
1997 - Carlos Ernesto Betiollo
2005 - José Felipe da Feira
2009 - Luis Fernando Leivas - Cassado, até 2012 assumiu o vice José Antônio Duarte Rosa.
2013 - José Felipe da Feira
2017 - José Antônio Duarte Rosa

Brasão da cidade de Pinheiro Machado
Brasão do Município

Bandeira da cidade de Pinheiro Machado
Bandeira


Fonte: