quinta-feira, 1 de maio de 2014

Uma breve charla - Os artistas do Rio Grande que se foram

Há exatamente 11 dias morreu de acidente de carro o cantor Xiruzinho, uma grande figura e bastante conhecido aqui na serra gaúcha, sempre presente nos eventos, mostrando o seu talento. Acompanhando os meios de comunicações percebi que não houve muita repercussão, nem na mídia local, houve uma pequena nota no Jornal local (Pioneiro), relato um pouco maior num blog da edição online e um breve relato na tv, eu mesmo não publiquei nada, pois, estava fora da cidade, simplesmente compartilhei a notícia triste, pois, já havia se passado 3 dias. Porém, ontem ao assistir o programa Terra, do grande Omair Trindade, vi uma emocionada homenagem em seu programa juntamente com o grupo Tchê Barbaridade, e isso me fez refletir que nós, gaúchos, estamos deixando de lado o passado glorioso, vejo pais que não ensinam os filhos a ter amor e respeito a esta terra, e isso reflete na música. Tu sabe quantos grandes artistas já nos deixaram e pouco são lembrados? Vários, uns mais outros menos conhecidos, e o que vemos, pequenas notas de jornais, 30 segundos na televisão? Venho aqui questionar o que está acontecendo com a memória do gaúcho, que não lembra das vozes que cantam o nosso estado?
Dentre eles começo citando os mais famosos que vivem eternamente na memória do gaúcho, que são:
- Teixerinha, que cantou a Querência Amada para todos os rincões e que ainda segue ecoando sua voz e deixou vários registros de sua baita carreira.
- Gildo de Freitas, que levou Saudades da Minha Terra para aquecer o coração dos gaúchos que partiram para longe do estado, e que ainda é respeitado.
- Leonardo, que com Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, cantou o segundo hino nacional da República Riograndense, uma voz inconfundível.
- César Passarinho, o Eterno Guri, que hoje tem um festival de música nativista em Caxias do Sul que leva seu nome.
- Rui Biriva, que cantou Castelhana com uma alegria inigualável.
- Jose Claudio Machado, voz forte, que no meio nativista é lembrado pelo talento puro e simples, foi há pouco lembrado por Paulo Fogaça em um álbum.
Vale lembrar ainda José Mendes, Leopoldo Rassie, Crioulo dos Pampas.
Um povo sem suas raízes não é nada, devemos lembra, homenagear e transmitir seus legados e suas obras a nossas futuras gerações, e isso não é só na música, é na vida, mostrar a seus filhos o verdadeiro valor e significado de SER GAÚCHO, a honra, a sinceridade e impedir que a invasão de culturas estrangeiras apague nosso passado. Se faltou algo para ser lembrado, humildemente aceito a contribuição dos leitores.

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