sábado, 6 de outubro de 2018

Nem esquerda, nem direita. Quero respeito com a minha cultura

Buenas gauchada, sei que aqui é um espaço de cultura e não um palanque eleitoral, mas, como administrador, tenho meus ideais políticos e uso minha rede social sabe quais são, e quem não me conhece pessoalmente e vê minhas postagens no perfil pessoal pode discordar de muitas coisas, mas, como tudo na vida há um porém. Não estou aqui para pedir voto a ninguém e sim expor o porque deste pensamento e um certo radicalismo em defender a secessão total.

A minha infância não foi fácil, mas, não foi ruim, foi normal para os padrões da época, muitos amigos, muita liberdade e muita criatividade, inclusive tive o prazer de morar no interior por uma ano, talvez o melhor da infância. Nunca tive, por exemplo, o que meus filhos tem hoje, vídeo game, carrinhos de controle remoto, mais de duas opções de canal na TV.

Se hoje sou liberal e prego acima de tudo respeito tem um motivo, não sou de direita e muito menos de esquerda e te falo porque. Até 1993 o que via era os pais trabalhando para comer, até então não escutava meus pais falando que poderiam trocar a TV, que era preto e branco, não falavam em reformar a casa, que era de tijolo a vista, sem forro e algumas peças de chão batido. Logo com o plano real tudo meio que endireitou, e desde então, a coisa só prosperou, eu tive meu próprio quarto, e em 1998 cheguei ao auge de ter uma TV no quarto. A casa foi ganhando piso, reboco e hoje eles tem garagem e cerâmica. Tudo melhorou.

Sim, éramos humildes e nunca foi votado no PT e em ninguém de esquerda, quando o Lula chegou ao poder, só não tinha garagem na casa, mas, estava sendo planejada, a única bolsa que ganhei para estudar foi do preparatório para o CEFET (hoje IFSUL) e foi dada pela prefeitura municipal que não era administrada pela esquerda. Passei, estudei, e me formei, não fiz estágio e um dos responsáveis por me ajudar a vir para Caxias do Sul não é da esquerda.

No período de estudante, durante uma invasão de terra, o MST que apoia e é apoiado pela esquerda, ameaçou sequestrar o ônibus que nós estudantes usávamos para ir a aula e fomos obrigados a retornar devido o perigo iminente. Nesse mesmo período víamos pessoas do mesmo movimento comprar grandes quantidades de feijão embalado para jogar na terra, e acionar o seguro dizendo que não deu produção e que além desse custeio recebiam um auxílio mensa, onde, fechavam os prostíbulos da cidade e torravam todo o dinheiro, que é público, é teu, é meu e de todos nós.

Depois disso tudo passado, sem pensar larguei minha família e fui trabalhar, coisa que a maioria da esquerda não sabe o que é, reparti com amigos despesas, contamos moedas no final e nenhum de nós recebia auxílio de nada e nem bolsa, o único auxílio era do cérebro e da força do trabalho que tínhamos. Isso me faz voltar a traz, não, isso é a prova que não preciso dessa forma de governo que usa o povo como massa de manobra para governar para poucos e explorar muitos.

Hoje tenho o que tenho, graças ao trabalho e dedicação minha e de minha família, com apoio de amigos que estiveram no mesmo barco que eu, passaram os mesmos perregues que eu e muitos verão sua participação em passagens neste texto.

Minhas convicções são da liberdade e da independência, desejo sim o fim das mordomias dos político e em 13 anos de PT não fizeram porque? Onde a economia for bem todos vão ter sucesso, menos impostos, menos opressão do governo em regras financeiras como a do imposto de renda. Sou separatista convicto, não por achar o RS melhor, pois, sei que não é, mas, por querer que cada povo tenho orgulho de estampar sua cultura, seja do norte, nordeste, sul e qualquer canto, desejo lugares prósperos para receber bem, os imigrantes que fogem de modelos socialistas que não deram certo, quero que tudo esteja bem para mim poder prosperar e ver meus amigos prosperarem também. Mas, para que tudo isso ocorra, não é com a esquerda que vai dar.

Não sou de direita, muito menos de esquerda, quero autonomia para andar de bombacha no lugar que eu quiser e ninguém me pergunte onde é o rodeio, quero poder falar tchê sem que me digam que é coisa de gaúcho, por que eu sei que é, quero receber pessoas de várias etnias e poder fazer um intercâmbio de cultura, mostrar a minha e aprender a dos demais, sem que me empurrem guela abaixo e sem empurrar.

Por todos os fatos acima, por todos os obstáculos superados sem depender de ninguém, acredito que se eu tive a oportunidade de ter o que tenho, todo mundo vai ter, pois, a estrada foi dura e longa, e não é para qualquer um superar o que foi superado, cheguei sem depender de governo e muito menos do PT, essa corja quer um país do modo deles sem respeitar trabalhadores de verdade como eu e as pessoas de minhas relações, desafio qualquer que apoie a esquerda a trilhar um caminho que trilhei até aqui, pois, se fossem eles certamente esperariam uma força do próximo.

Vamos lá gauchada, é por tudo isso que cheguei até aqui, tudo é possível, vamos nos apegar a força do trabalho e os valores ideológicos de cada um, independentemente de qual for. Entre essas e outras que não voto na esquerda.

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