domingo, 14 de janeiro de 2018

Cidades Riograndenses - Pelotas

Buenas entreverados, dando continuidade à nossa seção Cidades Riograndenses, hoje vamos trazer Pelotas, a Princesa do Sul. Pelotas é uma cidade que tenho certa admiração por ter passado parte de minha vida acadêmica no antigo CEFET/RS.

O nome da cidade, "Pelotas", dizia-se que os indígenas rio-grandenses, usando uma canoa de couro para a travessia dos rios, batizaram-na de pelota. Hoje, uma versão nova assegura que os usos do barco e da palavra têm origem marroquina e que foram apenas assimilados pelos aborígines. Indígenas ou marroquinas, o certo é que o arroio Pelotas recebeu o nome das embarcações freqüentemente utilizadas na sua travessia.

Depois, a partir da proliferação das charqueadas nas terras marginais do arroio, costa do Pelotas passou a designar, genericamente, a movimentada região. Por fim, elevada a Vila de São Francisco de Paula à categoria de cidade, após muita discussão foi aprovado o nome de Cidade de Pelotas, em homenagem “ao fato histórico [estabelecimento das charqueadas] que aglomerara com a rapidez do raio a gente e a riqueza da localidade”, na expressão de Domingos José de Almeida.Mesmo sem que todos saibam, um distante passado sobrevive, na memória local, toda vez que se pronuncia o nome da cidade.
A Lei Complementar Estadual número 9184, de 1990, criou a Aglomeração Urbana de Pelotas, que em 2001 passou a se denominar Aglomeração Urbana de Pelotas e Rio Grande, e em 2002, Aglomeração Urbana do Sul. Esta caracteriza-se por proporcionar uma forte integração entre os municípios que a constituem e é o embrião de uma futura região metropolitana. Integram-na os municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Pelotas, Rio Grande e São José do Norte, que totalizam uma população aproximada de 600.000 habitantes.

Tudo começa numa região que, em fins do século 18, abrangia cinco estâncias. De todas, a mais antiga, por ordem cronológica de doação, foi a que recebeu o coronel Tomás Luís Osório, em 1758, segundo despacho de Gomes Freire de Andrade, comandante-geral das capitanias do sul. O rincão (na terminologia da época) “extremava-se no Sangradouro da Mirim (São Gonçalo) e arroio Pelotas até topar com o arroio Correntes e deste à Lagoa dos Patos no lugar de Canguçu (Ilha da Feitoria)”. Em 1763, fugindo da invasão espanhola, muitos habitantes da Vila de Rio Grande buscaram refúgio nas terras pertencentes a Thomáz Luiz Osório. Mais tarde, vieram também os retirantes da Colônia do Sacramento, entregue pelos portugueses aos espanhóis em 1777.

Segundo a carta de sesmaria, “a região estava sendo explorada e conhecida a zona de suas planícies”. Alguns anos mais tarde, porém, mudaria de proprietário. Envolvido em denúncias, o coronel Tomás Osório, comandante do Regimento dos Dragões do Rio Grande, foi enforcado em Lisboa. Em 1779, sua viúva e seus filhos venderam ao casal Manuel Bento da Rocha e Isabel Francisca da Silveira a primeira sesmaria de Pelotas, abrangendo, entre outras extensões, os atuais balneários do Laranjal e a colônia Z-3.

 Em 1780, instala-se em Pelotas o charqueador português José Pinto Martins que se refugiou na região para se livrar da seca cearense, fundando a primeira Charqueada. A prosperidade do estabelecimento, justificada pela localização e pelos métodos empregados estimulou a criação de outras charqueadas e o crescimento da região, iniciando-se a exploração, em larga escala, da indústria saladeiril no território rio-grandense, dando origem à povoação que demarcaria o início do município de Pelotas.
Até a pouco se supunha, na falta de dados mais concretos, que Pinto Martins era natural do Ceará e que foi o pioneiro do saladeirismo no Rio Grande do Sul. Hoje se sabe, graças a pesquisas recentes, que Pinto Martins nasceu em Portugal; ultimamente tem-se repetido, talvez até com exagerada insistência, que antes de 1779 já se praticava a salgação da carne no território sulino.

De qualquer modo, o que importa é que José Pinto Martins, aliando os conhecimentos adquiridos no Ceará à sua visão de industrialista, estabeleceu uma fábrica rudimentar, de caráter pré-industrial, nos arredores de Pelotas. Em pouco tempo, foi imitado por outros, de maneira que a salgação da carne, já praticada no território gaúcho como atividade econômica de subsistência, transformou-se, a partir daí, numa indústria poderosa, responsável pela própria organização da estância, antes “mera empresa de coleta e pilhagem do gado”.

Com o sucesso desta indústria, os charqueadores, dispondo de duas estações amenas, construíam palacetes para suas habitações e promoviam a cultura e a educação, no ambiente urbano, exemplificado pela inauguração do Teatro Sete de Abril, em 1831, quatro anos antes de Pelotas ser elevada à condição de cidade.

À sombra das charqueadas, Pelotas transformou-se, de incipiente povoação, na cidade que seria, durante todo o século 19, a mais rica e adiantada da Província, ao lado de Porto Alegre. Já em 1816, quatro anos depois da organização da freguesia, São Francisco de Paula pareceu ao Conde de Samodães “o centro e o coração” do Continente de São Pedro. Um outro viajante estrangeiro anotou, referindo-se aos charqueadores: “eles quiseram que o lugar prosperasse, e o lugar prosperou”.

Dom João VI, príncipe regente de Portugal, foi sensível ao apelo dos nossos antecessores. Por alvará de 7 de julho de 1812, erigiu “uma nova freguesia colada no lugar denominado Pelotas”. Receberia o título de São Francisco de Paula, mas isso segundo uma provisão eclesiástica datada de 18 de agosto e assinada pelo bispo do Rio de Janeiro, dom José Caetano da Silva Coutinho, que também manda servir provisoriamente de paróquia o oratório de Nossa Senhora da Conceição e nomeia pároco o vigário Felício Joaquim.

A primeira definição importante na história da ocupação urbana de Pelotas surge agora, e se confunde com a discussão sobre a melhor localização da igreja. Dependendo do lugar onde ela fosse construída, estaria configurada a zona central do povoado. Nessa discussão levou-se cinco meses -de outubro de 1812, quando Felício investiu-se nas funções de pároco, a fevereiro de 1813.

Três eram as alternativas: situar o templo no Laranjal; na lomba onde está hoje o Instituto Nossa Senhora da Conceição (Asilo); ou no lugar onde se edificou, na praça José Bonifácio.

A corrente vencedora contava com a preferência do capitão-mor da região, Antônio Francisco dos Anjos, e com a simpatia do pároco. Como os debates se prolongassem, não esperaram acordo final: foram fazendo a obra. Aos poucos, alguns opositores concordaram; outros se conformariam com o tempo. De qualquer modo, as divergências acabaram enterradas, em alicerces de tijolo e meio. As paredes é que tiveram a dimensão de um só tijolo.

Diante disso, como “conciliadora solução para os contraditórios desejos”, a freguesia, dois anos depois, não se estabeleceu em nenhum dos lugares sugeridos, mas sim na extensa coxilha entre o Santa Bárbara e o São Gonçalo. Igualmente excluídas as virgens-padroeiras dos dois arraiais, elevou-se ao altar a imagem de São Francisco de Paula, então a Freguesia de São Francisco de Paula foi fundada em 7 de Julho de 1812 por iniciativa do padre Pedro Pereira de Mesquita, foi elevada à categoria de Vila em 7 de abril de 1832. Três anos depois, em 1835, a Vila é elevada à condição de cidade, com o nome de Pelotas.

Em 2 de julho de 1813, o governador da capitania, dom Diogo de Souza, concedeu a dona Mariana Eufrásia da Silveira -viúva do terceiro capitão-mor do Rio Grande, Francisco Pires Casado-o terreno que ela provou possuir desde 1784. Dividia-se “pelo sudeste com o rio São Gonçalo, pelo noroeste com terras de José Gonçalves da Silveira Calheca e José Aguiar Peixoto, pelo sudoeste com o arroio Santa Bárbara, fazendo a figura de um triângulo oblíquo, cujo terreno [sic] tem na sua maior largura 840 braças e no maior comprimento 1.304.”

Dona Mariana obrigava-se a doar, conforme prometera no requerimento, 80 braças em quadro para uma praça, uma quadra junto à praça para uma nova igreja, 20 braças em quadro para hospital e quartel. O compromisso foi cumprido, não por ela, mas pelos seus herdeiros, em fins de 1822 (nesse ano, como se sabe, foi extinto o regime sesmarial).

Loteando essas terras, dona Mariana possibilitou que as 12 ruas longitudinais de Antônio dos Anjos se prolongassem na direção do porto, acrescentando-se mais 15 às transversais. De modo que, em 1830, quando Pelotas atinge a condição oficial de município, o sítio urbano já se compõe de 34 logradouros: os 19 do capitão-mor mais os 15 da viúva de Francisco Pires Casado. Nesse quadro irromperia mais tarde a Santa Cruz, completando o centro da cidade.

Em 1833, um ano depois da instalação da vila, foram cadastrados 544 prédios. Deslocava-se o perímetro central da Praça da Matriz, hoje José Bonifácio, para a Praça da Regeneração, hoje Coronel Pedro Osorio.

Nos primeiros anos do século XX, o progresso foi impulsionado pelo Banco Pelotense, fundado em 1906 por investidores locais. Sua liquidação, em 1931, foi nefasta para a economia local.

Pelotas é um município brasileiro da região sul do estado do Rio Grande do Sul. Considerado uma das capitais regionais do Brasil, possui uma população de 327.778 habitantes e é a terceira cidade mais populosa do estado. Seu aniversário é comemorado em 7 de julho.

Está localizado às margens do Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, ocupando uma área de 1.609 km² e com cerca de 92% da população total residindo na zona urbana do município. Pelotas está localizada a 250 quilômetros de Porto Alegre, a capital do estado.

 A principal atividade do município é o comércio, que atrai moradores de todas cidades vizinhas. Em Pelotas existe um grande número de estabelecimentos comerciais e empresas de prestação de serviços. É pólo industrial na confecção de doces artesanais e sua qualidade e sabor são nacionalmente conhecidos e difundidos através da Fenadoce - Feira Nacional do Doce, que acontece todos os anos no mês de junho, onde grandes e pequenos produtores de doces divulgam seus produtos aos visitantes.

Neste cenário, o Jornal Diário Popular vem desde 1890 circulando ininterruptamente, sendo o terceiro jornal mais antigo do Brasil e o mais antigo do Rio Grande do Sul, ajudando a contar e a fazer a história de Pelotas.

A Cidade de Pelotas conta com cinco instituições de ensino superior, quatro grandes escolas técnicas, três teatros, uma biblioteca pública, vinte e três museus, dois jornais de circulação diária, três emissoras de televisão, um aeroporto e um porto flúvio-lacustre localizado às margens do Canal São Gonçalo.

Tanto a zona urbana quanto a rural de Pelotas conta com monumentos, paisagens e vistas belíssimas, que levaram a televisão brasileira a escolher o município já por duas vezes como cenário para suas produções: "Incidente em Antares", cuja locação foi feita na zona do porto; e "A Casa das Sete Mulheres", gravada numa charqueada na zona rural.

A vocação econômica de Pelotas é o agronegócio e o comércio. Neste último segmento, há grande representatividade de árabes oriundos principalmente do Líbano (conhecidos erroneamente como turcos) e mais alguns estrangeiros.

Setor primário - A região de Pelotas é a maior produtora de pêssego para a indústria de conservas do país, além de produzir outros produtos como aspargo, pepino, figo e morango. O município também é grande produtor de arroz e rebanho bovino de corte. Pelotas também possui a maior produção de leite do estado.

Setor secundário - Em Pelotas há a presença de indústrias ligadas ao setor de agronegócios, têxtil, curtimento de couro e panificação. Reflorestamento para produção de papel e celulose tem sido uma atividade econômica emergente em toda a região.

Setor terciário - O município é grande centro comercial na região, atraindo compradores de toda a região para as suas galerias e lojas localizadas no calçadão e bairros.

Em Pelotas constituiu-se a CTMR - Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência, cujo nome deriva da resistência de líderes pelotenses aos maus serviços que eram prestados pela antiga Companhia Telefônica Nacional, antiga operadora no Rio Grande do Sul. A CTMR passou a fazer parte, mais tarde, do sistema Telebrás, distinguindo-se pelos altos níveis de qualidade dos serviços prestados, e foi posteriormente absorvida pela Brasil Telecom.

Pelotas também possui o SANEP (Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas), uma autarquia responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável, coleta e destinação do lixo e coleta e tratamento de esgotos sanitários e pela drenagem urbana. Constitui uma situação única no estado, já que os demais municípios do Rio Grande do Sul recebem serviços de saneamento de uma única empresa estadual, denominada CORSAN. O município conta com três estações de tratamento de água: a ETA Santa Bárbara, que alimenta a rede de distribuição com 40 milhões de litros por dia; a ETA Sinnott, que é abastecida pelos arroios Pelotas e Quilombo e lança 36 milhões de litros no sistema,diariamente; e a ETA do Arroio Moreira, que contribui com sete milhões de litros; data de 1874 e, com ela, teve início o abastecimento de água tratada em Pelotas, na época com 15 mil habitantes.

Na cidade, a distribuição de energia elétrica é realizada pela empresa estadual CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).

Também há o Laranjal Parque Hotel, um empreendimento que comprova o empreendedorismo de uma parcela do empresariado pelotense. Situado próximo da Praia do Laranjal, no seu parque apresentou-se, em 28 de março de 1998, a soprano espanhola Montserrat Caballé.

Com a mistura étnica que caracteriza Pelotas, não é surpreendente que seja um rico centro cultural e político, sendo conhecida como a Atenas Rio-Grandense.
Berço e morada de inúmeras personalidades da cultura nacional, como do escritor regionalista João Simões Lopes Neto (1865 - 1916), autor de Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912) e Lendas do Sul (1913), de Hipólito José da Costa - patrono da imprensa no Brasil, e do pintor Leopoldo Gotuzzo, cujos trabalhos ultrapassaram as fronteiras de Pelotas conquistando prêmios e exposições até na Europa, e o já citado Antônio Caringi (1905 - 1981), escultor pelotense reconhecido internacionalmente, e do senador Joaquim Augusto de Assumpção, fundador do Banco Pelotense.

Atualmente, o Centro Cultural Adail Bento Costa funciona, também, como a sede da Secretaria Municipal de Cultura, contando com duas salas de exposições (Inah d'Ávila Costa e Antônio Caringi) além do Bistrô, utilizado para eventos em geral. O prédio faz parte do patrimônio tombado pelo IPHAN e fica localizado à Praça Coronel Pedro Osório, 02.

Município médio

O município tem uma área de 2.205 km2. Considerando-se a extensão dos maiores municípios gaúchos: cerca de 7 mil km2 e dos menores: apenas 700 km2, conclui-se que Pelotas é um município de tamanho médio. A sua extensão relativamente grande relaciona-se muito com a localização do município na metade sul do Estado, zona de pecuária e lavoura extensiva e, por isso, pouco povoada e pouco dividida sob o ponto de vista político-administrativo.

Pelotas está situada na Zona Temperada do Sul, ficando distante do Equador 32 graus, tendo, portanto, 31º 46′ 55″ de latitude sul. Por isso, os raios do sol chegam mais ou menos inclinados, durante o ano e, conseqüentemente, os dias são curtos no inverno e longos no verão.

Quanto à longitude, Pelotas encontra-se a 52º 20′ 54″ a ocidente do Meridiano Principal. Uma conseqüência é que nossos relógios marcam três horas menos do que os da Inglaterra. Além disso, quando aqui é meio-dia, no Japão, que se encontra a 140º de longitude, é meia-noite.

Localização do Município

Um dos fatos fundamentais da geografia de Pelotas é que o município está localizado na região fisiográfica denominada “Encosta do Sudeste”, da qual fazem parte os municípios de Tapes, Camaquã, São Lourenço do Sul, Capão do Leão, Pedro Osório, Arroio Grande, Morro Redondo, Arroio do Padre e Jaguarão.

Realmente o município se estende das mais baixas ondulações da encosta oriental da Serra dos Tapes até a planície sedimentar da margem ocidental do Canal São Gonçalo.

Portanto, Pelotas, sob o ponto de vista físico, encontra-se em uma encosta, e essa localização teve conseqüência muito importante, pois determinou a existência, no município, de duas grandes paisagens naturais e humanas distintas: a paisagem “serrana”, mais elevada e ondulada, correspondente à policultura e à colonização alemã, e a paisagem de planície baixa e plana, que corresponde à pecuária e à orizicultura e de composição étnica variada.

A cidade de Pelotas localiza-se numa planície muito baixa. Nas suas partes mais elevadas – os “terraços”- encontra-se o centro urbano tradicional e as principais avenidas dos bairros Areal, Três Vendas e Fragata; é aí que se encontra a maioria da população. As áreas mais baixas – as “várzeas” – são menos povoadas, inclusive porque chegam a sofrer inundações.

Pode-se, assim, observar que as diferenças de nível, na planície, influíram muito na distribuição espacial da população e, portanto, na direção do crescimento da cidade.

Hidrografia

Pelotas, com posição hidrográfica muito favorável está situada às margens do Canal São Gonçalo, que liga as duas maiores lagoas do Brasil: Patos e Mirim. Graças a isso, o município dispõe, nas suas proximidades, de grandes mananciais de água doce. As lagoas e o canal são importantes recursos hídricos e, ainda, asseguram a perenidade de abastecimento de água à população e às indústrias.

Paisagem que se transforma

Pelotas está localizada em relevo de baixa encosta, apresentando, por isso, uma zona alta e acidentada e outra baixa e plana; essa característica de localização é resultado do seu passado geológico, começado há bilhões de anos.

Sabe-se, por exemplo, que a zona de planície do município formou-se devido, em grande parte, ao depósito de rochas tanto pelos rios como pelo mar, o qual cobriu toda esta região várias vezes. Alem disso, os atuais morros do relevo do município já foram altos e pontiagudos, tendo, depois, ficado baixos e arredondados em conseqüência da erosão produzida pelas águas correntes durante bilhões de anos.

A paisagem natural de Pelotas, como a de toda a Terra, é dinâmica e, por isso, em constante transformação; assim, continuam os processos de erosão e de sedimentação da planície.

De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, Pelotas tinha 320.471 habitantes. A população feminina é de 168.599 e a masculina de 151.872.

Temperatura, chuva e vento

A temperatura média anual, em Pelotas, é de 17,6 graus. O mês mais frio é julho e o mais quente, janeiro. A amplitude anual é relativamente baixa – 10,6 graus – pois a média de julho é de 12,4 graus e a de janeiro 23 qraus.

A média anual de chuvas é de 1.249 milímetros. Pelotas está situada na zona menos chuvosa do Estado, que é o litoral. Chove mais no inverno e primavera e menos no outono e verão, mas a diferença não é muito grande.

Predominam, no município, os ventos do quadrante leste, principalmente os do nordeste; são ventos úmidos, porque vêm do Oceano Atlântico. No inverno e no outono sopram, com freqüência, ventos do sul e do oeste, que são frios; quando vêm do sul, são úmidos; vindos do oeste são secos.

A economia

A economia de Pelotas tem sustentação na atividade primária, sendo o maior produtor de pêssego para a indústria de conservas do País, além de outros produtos como feijão, milho, soja, batata inglesa, cebola e fumo.

O município responde por 28% da produção de arroz do Estado, 10% da produção de grãos, 16% de todo o rebanho bovino de corte e detém uma das maiores bacias leiteiras do Estado com produção de 30 milhões de litros/ano, alem de possuir expressiva criação de cavalos e ovelhas (28% do rebanho eqüino e 30% da produção de lãs).

Pelotas conta com dois Centros de Pesquisas Agropecuária de Clima Temperado -, Embrapa. Na atividade secundária, Pelotas destaca-se por possuir o maior parque agroindustrial de conservas alimentícias do País, e a maior capacidade de abate de bovinos, através de grandes frigoríficos exportadores de “Cota Hilton” e, conseqüentemente, a maior capacidade instalada de frigorificação do Estado. O segundo beneficiador de peles e couros e possui 36 engenhos de beneficiamento de arroz (maior beneficiador de arroz do Brasil, com 689.622 toneladas, em 1996). Tem ainda um importante segmento metalmecânico e construção civil, competitivos, e com enorme potencial de crescimento.

Pelotas possui, também, um Pólo Cerâmico bastante dinâmico, que produção cerâmica de alta qualidade.

No Setor Terciário, destacam-se o turismo e o comércio, com mais de 4.400 estabelecimentos comerciais (varejista e atacadista), serviços bancários com 38 agências dos principais bancos, além de seguradoras, casas de câmbio, cerca de 26 empresas de transportes. Todas as atividades englobam um PIB de aproximadamente US$ 1.050 milhões/ano. Nesse montante não está considerada economia informal, estimada em 30% do PIB.

Pelotas dispõe de condições excepcionais para a implantação de grandes empresas, a começar pela área, já que dispõe de terrenos com cerca de 400 a 500 hectares. poderá dispor de terminal portuário privado, particular e com armazéns alfandegados. some-se aos aspectos acima, as condições excepcionais para captar água, quer tratada ou bruta, praticamente em quantidades ilimitadas.

A infra-estrutura de segurança pública é bastante significativa por ser Pelotas um centro concentrador de fluxos econômicos e sociais do extremo sul do Estado. No turismo, Pelotas é o berço da história industrial, comercial e cultural rio-grandense, além de ser bastante privilegiada em riquezas naturais que lhe dão enormes possibilidades de investimentos, principalmente em turismo cultural e ecológico, segmentos que mais crescem em todo o mundo.

Pelotas apresenta condições atuais, bastante competitivas, tanto no setor primário como secundário e terciário. No setor secundário o futuro empreendimento, caso seja necessário, poderá ser implantado em um terminal retro-portuário privativo e alfandegado, sem maresia, dotado de energia elétrica própria, ou interligado ao sistema nacional, dotado de telefonia moderna, infra-estrutura de transporte marítimo transoceânico, com ferrovia e rodovia, além de condições socioeconômicas bem acima da media brasileira, será comparável com as instaladas no primeiro mundo.

Fonte:
https://vivaosanta.wordpress.com
http://www.docesdepelotas.org.br
http://www.encontrapelotas.com.br
http://www.juraemprosaeverso.com.br

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