Pinheiro Machado, é uma cidade localizada no extremo sul do Brasil, na região da campanha, entre as Serras das Asperezas, Serra do Passarinho e Serra do Velleda.
Sua povoação começou cerca de 1775, com Rafael Pinto Bandeira, militar, que teve destacada atuação na retomada pelas armas, dos territórios missioneiros para a Colônia Portuguesa, que foi o primeiro colonizador branco e também o primeiro gaúcho a assumir o governo do Rio Grande do Sul.
E em 1787 o segundo a possuir terras em Cacimbinhas foi o cabo de Rafael Pinto Bandeira, José Maria Rodrigues, que tinha a alcunha de Corrupiu. Ele recebeu uma doação de terras do brigadeiro, pertencentes ao município de Cacimbinhas. Segundo consta no registro geral de sesmarias da província de São Pedro do Rio Grande do Sul, (arquivos na cidade de Rio Grande. – livros 7 e 8) os primeiros açorianos a receberem sesmarias nesta coxilha chamada”Coxilha do Veleda, foram Thomas Antônio de Oliveira (nico) e José Dutra de Andrade, no ano de 1790.
Durante o período de guerras e tratados, entre eles o de Madri (1750) houveram várias demarcações de terras na região, porém, esta ficou com as fronteiras definidas justamente próxima a região que hoje é a cidade.
Estas divisas vinham da Coxilha Grande em Herval do Sul, passando pelo Cerro da Guarda em Pedras Altas, seguindo pela Coxilha da Tuna e pela Serra do Veleda, indo passar no local histórico deste município denominado “Guarda Velha”, nas proximidades da Br 293, dali rumando pelos divisores de água até o Cerro do Baú, ainda neste município, e pelo divisor de águas vai a Serra de Santa Tecla, no município de Bagé. Nesse ponto foram embargadas as demarcações pelas forças missioneiras e pelos índios Guaranis, chefiados pelo Cacique Sepé Tiarajú, no histórico Forte de Santa Tecla. Essa demarcação só teve prosseguimento depois da morte de Sepé e a total destruição do Forte.
Como se pode observar este território, hoje município de Pinheiro Machado, já em 1750, tinha sua história ligada à história do Rio Grande do Sul.
Pinheiro Machado é um dos municípios mais antigos do Rio Grande do Sul. Até 1830, pertencia ao município de Rio Grande. Depois passou a integrar o município de Piratini, desmenbrando-se em 24 de fevereiro de 1879, sob a denominação de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Antigamente as mercadorias eram transportadas em carretas puxadas a bois, que seguiam os divisores de águas naturais, muitas trilhas eram abertas, picadas para facilitar a passagem, encurtando o caminho e até desviando algum terreno de difícil acesso.
Nessa época os carreteiros, faziam seus pontos de descanso e pouso naqueles lugares onde havia água, cacimbas naturais, daí nasceu um pequeno agrupamento social, que passou a ser conhecido como Cacimbinhas. Dizem que um dos pontos em que os carreteiros paravam para descansar era o local que atualmente se encontra a praça da cidade. Das trilhas dos viajantes originou-se a avenida que chega ao cemitério.
A primeira igreja foi à capela Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Segundo a lenda Dutra de Andrade que teria perdido a visão e feito uma promessa de que se recuperasse a mesma ao lavar os olhos nas águas das cacimbinhas, mandaria construir uma capela em honra de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas, o milagre aconteceu e a capela foi construída. A igreja foi construída em terreno doado por Dutra de Andrade, em 10 de abril de 1851, que por lei nº215, 10 de novembro de 1851 (apêndice nº1) foi criada a capela Curato com invocação de Nossa Senhora da Luz, na Coxilha do Veleda.
Em 1857, o município foi elevado à freguesia e em 1878 ocorreu à emancipação. As pessoas que trabalharam na emancipação fora: Florentino Bueno e Silva, José Maria Pinto, João Cândido da Rosa (fazendeiros) José Virgílio Goulart (militar) e o Dr Saturnino Arruda (deputado).
O município de Cacimbinhas teve seu nome mudado para Pinheiro Machado no governo do Intendente Provisório Dr.Ney Lima Costa quando o Senador José Gomes Pinheiro Machado foi assassinado no Rio de Janeiro, por Francisco Manso de Paiva Coimbra, que era um morador da região de Cacimbinhas. A mudança não foi aceita pela população, que se rebelou conta o Intendente que teve que deixar a cidade.
Depois de doadas as terras, por Nico e Dutra, e definida a avenida das tropas, foi iniciado um traçado xadrez. Com a evolução desse traçado, o caminho das tropas foi deslocado à periferia da cidade.
De 1880 a 1915, aproximadamente, ocorreu à instalação de inúmeros órgãos públicos que deram base à estrutura administrativa da cidade.
A partir de 1916, com o início do fornecimento de energia elétrica, verificou-se um notável desenvolvimento social. Nesse período foram fundados clubes sociais, associação rural e instalado um banco.
Em 1934, foi incorporada pelo município uma faixa de terra de 520m que se encontrava em poder de Piratini.
Com a elevação à categoria de cidade, em 1938, Pinheiro Machado, a partir desse ano, viveu o auge do seu comércio, onde se instalaram bancos, clubes sociais, escolas, o hospital, a biblioteca pública e foi feito o plano diretor da cidade.
Na década de 60, com a implantação da Br, todo movimento de mercadorias acaba sendo feito às margens da cidade, tirando sua participação no fluxo das mesmas.
Por volta de 1970, o homem rural perde seu espaço no campo para a mecanização e começa a crise financeira da cidade. Nessa mesma década iniciam-se os loteamentos populares com finalidade social.
A economia do município é baseada principalmente na agricultura, pecuária, extração de pedras para exportação, pedras de revestimento e produção de cimento. Outro grande destaque é a viticultura que, devido à característica do clima das Serras de Sudeste, favorece a elaboração de vinhos finos de alta qualidade. Começa-se a se desenvolver o cultivo de oliveiras. Durante muitos anos teve seu forte na criação de ovinos, onde criou-se a Feovelha (Feira e Festa Nacional da Ovelha) e ficou conhecida como a Terra da Ovelha, que hoje já não há grande representação devido as crises que afetaram o setor, porém, a feira segue até hoje com grande importância no cenário regional.
Em paralelo a Feovelha, também, ocorria o festival nativista COMPARSA DA CANÇÃO, que por opção do poder público não está sendo realizado nos últimos anos.
Quanto ao comércio, Pinheiro Machado possui aproximadamente 380 estabelecimentos.
Também é digna de destaque a grande quantidade de calcário, considerado de excelente qualidade.
A população total do município é de 12.780 de habitantes, dos quais 6.381 são homens e 6.399 são mulheres, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010).
Sua Área é de 2.249,55 km² representando 0.8286% do Estado, 0.3953% da Região Sul do País e 0.0262% de todo o território brasileiro.
Seu IDH é de 0.661, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2010).
PIB per capita a preços correntes: R$ 14.642,99 (IBGE)
A altitude da sede fica a cerca de 439 m acima do nível do mar e está localizada a 342 km da capital via terrestre.
Confira também um pouco de Pinheiro Machado na nossa seção Retratos do Rio Grande.
Abaixo segue uma lista de governantes de Pinheiro Machado, entre intendentes e prefeitos:
Intendentes
1894 - João Pereira Madruga
1896 - Bernardo Dias de Castro
1900 - Gervásio dos Santos Tavares
1904 - José Angelino Goulart
1911 - Silvano Dias Corrêa Abril
1912 - João Maria Barbosa
1915 - Ney Lima da Costa
1915 - José Cavalheiro do Amaral
1916 - Avelino Machado Borges
1917 - José da Silva Job
1918 - Miguel Duprat Bandeira
1920 - Mário Simões Lopes
1924 - Hipólito Ribeiro Júnior
1928 - Galdino Bueno e Silva
Prefeitos
1932 - Álvaro de Ávila Escobar
1935 - José Rato da Silveira
1943 - Euclides Fernandes da Costa
1944 - João Pedro dos Santos
1946 - Alcides Palma Pereira
1947 - Victor Bachieri
1949 - José da Cunha Ratto
1951 - Rui da Cunha Ratto
1954 - Fernando Rodrigues Barbosa
1955 - Irineu Riett Correia
1960 - Mozart Guterres
1962 - Amintas Luis Dutra
1963 - Nadir de Ávila Ferreira
1964 - Avelino de Assis Brasil
1966 - Laudelino Cunha de Moura
1973 - Justino de León Garcia
1975 - Álvaro Ratto de Souza
1977 - Laudelino Cunha de Moura
1983 - Humberto Mello Dias
1988 - Laudelino Cunha de Moura
1993 - Humberto Mello Dias
1997 - Carlos Ernesto Betiollo
2005 - José Felipe da Feira
2009 - Luis Fernando Leivas - Cassado, até 2012 assumiu o vice José Antônio Duarte Rosa.
2013 - José Felipe da Feira
2017 - José Antônio Duarte Rosa
Como se pode observar este território, hoje município de Pinheiro Machado, já em 1750, tinha sua história ligada à história do Rio Grande do Sul.
Pinheiro Machado é um dos municípios mais antigos do Rio Grande do Sul. Até 1830, pertencia ao município de Rio Grande. Depois passou a integrar o município de Piratini, desmenbrando-se em 24 de fevereiro de 1879, sob a denominação de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Antigamente as mercadorias eram transportadas em carretas puxadas a bois, que seguiam os divisores de águas naturais, muitas trilhas eram abertas, picadas para facilitar a passagem, encurtando o caminho e até desviando algum terreno de difícil acesso.
Nessa época os carreteiros, faziam seus pontos de descanso e pouso naqueles lugares onde havia água, cacimbas naturais, daí nasceu um pequeno agrupamento social, que passou a ser conhecido como Cacimbinhas. Dizem que um dos pontos em que os carreteiros paravam para descansar era o local que atualmente se encontra a praça da cidade. Das trilhas dos viajantes originou-se a avenida que chega ao cemitério.
A primeira igreja foi à capela Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Segundo a lenda Dutra de Andrade que teria perdido a visão e feito uma promessa de que se recuperasse a mesma ao lavar os olhos nas águas das cacimbinhas, mandaria construir uma capela em honra de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas, o milagre aconteceu e a capela foi construída. A igreja foi construída em terreno doado por Dutra de Andrade, em 10 de abril de 1851, que por lei nº215, 10 de novembro de 1851 (apêndice nº1) foi criada a capela Curato com invocação de Nossa Senhora da Luz, na Coxilha do Veleda.
Em 1857, o município foi elevado à freguesia e em 1878 ocorreu à emancipação. As pessoas que trabalharam na emancipação fora: Florentino Bueno e Silva, José Maria Pinto, João Cândido da Rosa (fazendeiros) José Virgílio Goulart (militar) e o Dr Saturnino Arruda (deputado).
O município de Cacimbinhas teve seu nome mudado para Pinheiro Machado no governo do Intendente Provisório Dr.Ney Lima Costa quando o Senador José Gomes Pinheiro Machado foi assassinado no Rio de Janeiro, por Francisco Manso de Paiva Coimbra, que era um morador da região de Cacimbinhas. A mudança não foi aceita pela população, que se rebelou conta o Intendente que teve que deixar a cidade.
Depois de doadas as terras, por Nico e Dutra, e definida a avenida das tropas, foi iniciado um traçado xadrez. Com a evolução desse traçado, o caminho das tropas foi deslocado à periferia da cidade.
De 1880 a 1915, aproximadamente, ocorreu à instalação de inúmeros órgãos públicos que deram base à estrutura administrativa da cidade.
A partir de 1916, com o início do fornecimento de energia elétrica, verificou-se um notável desenvolvimento social. Nesse período foram fundados clubes sociais, associação rural e instalado um banco.
Em 1934, foi incorporada pelo município uma faixa de terra de 520m que se encontrava em poder de Piratini.
Com a elevação à categoria de cidade, em 1938, Pinheiro Machado, a partir desse ano, viveu o auge do seu comércio, onde se instalaram bancos, clubes sociais, escolas, o hospital, a biblioteca pública e foi feito o plano diretor da cidade.
Na década de 60, com a implantação da Br, todo movimento de mercadorias acaba sendo feito às margens da cidade, tirando sua participação no fluxo das mesmas.
Por volta de 1970, o homem rural perde seu espaço no campo para a mecanização e começa a crise financeira da cidade. Nessa mesma década iniciam-se os loteamentos populares com finalidade social.
A economia do município é baseada principalmente na agricultura, pecuária, extração de pedras para exportação, pedras de revestimento e produção de cimento. Outro grande destaque é a viticultura que, devido à característica do clima das Serras de Sudeste, favorece a elaboração de vinhos finos de alta qualidade. Começa-se a se desenvolver o cultivo de oliveiras. Durante muitos anos teve seu forte na criação de ovinos, onde criou-se a Feovelha (Feira e Festa Nacional da Ovelha) e ficou conhecida como a Terra da Ovelha, que hoje já não há grande representação devido as crises que afetaram o setor, porém, a feira segue até hoje com grande importância no cenário regional.
Em paralelo a Feovelha, também, ocorria o festival nativista COMPARSA DA CANÇÃO, que por opção do poder público não está sendo realizado nos últimos anos.
Quanto ao comércio, Pinheiro Machado possui aproximadamente 380 estabelecimentos.
Também é digna de destaque a grande quantidade de calcário, considerado de excelente qualidade.
A população total do município é de 12.780 de habitantes, dos quais 6.381 são homens e 6.399 são mulheres, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010).
Sua Área é de 2.249,55 km² representando 0.8286% do Estado, 0.3953% da Região Sul do País e 0.0262% de todo o território brasileiro.
Seu IDH é de 0.661, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2010).
PIB per capita a preços correntes: R$ 14.642,99 (IBGE)
A altitude da sede fica a cerca de 439 m acima do nível do mar e está localizada a 342 km da capital via terrestre.
Confira também um pouco de Pinheiro Machado na nossa seção Retratos do Rio Grande.
Abaixo segue uma lista de governantes de Pinheiro Machado, entre intendentes e prefeitos:
Intendentes
1894 - João Pereira Madruga
1896 - Bernardo Dias de Castro
1900 - Gervásio dos Santos Tavares
1904 - José Angelino Goulart
1911 - Silvano Dias Corrêa Abril
1912 - João Maria Barbosa
1915 - Ney Lima da Costa
1915 - José Cavalheiro do Amaral
1916 - Avelino Machado Borges
1917 - José da Silva Job
1918 - Miguel Duprat Bandeira
1920 - Mário Simões Lopes
1924 - Hipólito Ribeiro Júnior
1928 - Galdino Bueno e Silva
Prefeitos
1932 - Álvaro de Ávila Escobar
1935 - José Rato da Silveira
1943 - Euclides Fernandes da Costa
1944 - João Pedro dos Santos
1946 - Alcides Palma Pereira
1947 - Victor Bachieri
1949 - José da Cunha Ratto
1951 - Rui da Cunha Ratto
1954 - Fernando Rodrigues Barbosa
1955 - Irineu Riett Correia
1960 - Mozart Guterres
1962 - Amintas Luis Dutra
1963 - Nadir de Ávila Ferreira
1964 - Avelino de Assis Brasil
1966 - Laudelino Cunha de Moura
1973 - Justino de León Garcia
1975 - Álvaro Ratto de Souza
1977 - Laudelino Cunha de Moura
1983 - Humberto Mello Dias
1988 - Laudelino Cunha de Moura
1993 - Humberto Mello Dias
1997 - Carlos Ernesto Betiollo
2005 - José Felipe da Feira
2009 - Luis Fernando Leivas - Cassado, até 2012 assumiu o vice José Antônio Duarte Rosa.
2013 - José Felipe da Feira
2017 - José Antônio Duarte Rosa
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