Mostrando postagens com marcador agricultura familiar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agricultura familiar. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Expointer: História, Tradição e Modernização da Maior Feira Agropecuária da América Latina

 A Expointer, realizada em Esteio (RS), é considerada a maior feira agropecuária da América Latina. Mais do que um evento do setor, ela é um símbolo da cultura gaúcha e um ponto de encontro entre tradição, inovação e negócios. Sua história ultrapassa um século e mostra como o Rio Grande do Sul se tornou referência no agronegócio e na agricultura familiar. Este ano ocorre entre os dias 30 de agosto a 7 de setembro de 2025. Confira a programação AQUI



Neste artigo, vamos conhecer as origens da Expointer, sua expansão internacional, o processo de modernização e os desafios recentes que transformaram o evento em um verdadeiro patrimônio cultural do estado.

As origens da Expointer (1901 – 1972)

A história começa em 1901, quando Porto Alegre recebeu a Exposição de Produtos do Estado, no Campo da Redenção – hoje conhecido como Parque Farroupilha. O objetivo era claro: mostrar o melhor da produção agrícola e pecuária do Rio Grande do Sul, reforçando o papel do setor rural na economia e na identidade do estado.

Com o crescimento da feira, surgiu a necessidade de um espaço maior e mais adequado. Assim, em 1970, a exposição foi transferida para o recém-inaugurado Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Pouco tempo depois, em 1972, o evento ganhou um novo nome: Expointer, conquistando status de exposição internacional. Foi nesse mesmo ano que ocorreu a primeira edição oficial no parque de Esteio, marco definitivo para sua consolidação.

Expansão e internacionalização da Expointer (1972 – 2000)

Durante a década de 1970 e início dos anos 1980, a Expointer acontecia de dois em dois anos. Um momento marcante desse período foi em 1974, quando a Alemanha Ocidental presenteou o parque com as três esferas nas cores da bandeira gaúcha, que até hoje são um dos símbolos mais icônicos do espaço.

Em 1984, a feira passou a ser anual, o que impulsionou seu crescimento e fortalecimento no cenário nacional e internacional.

Outro marco aconteceu em 1999, com a criação da logomarca da Expointer e a primeira edição da Feira da Agricultura Familiar. Esse espaço trouxe protagonismo aos pequenos produtores, valorizando a diversidade de alimentos e saberes do campo, além de se tornar um dos grandes atrativos do evento.

Modernização e novos desafios da Expointer (2000 em diante)

O século XXI trouxe novos rumos para a feira. Em 2006, a Expointer foi oficialmente reconhecida como patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul por lei estadual, reforçando sua importância não apenas para o agronegócio, mas também para a identidade cultural gaúcha.

Em 2012, foi lançada a maquete de remodelação do Parque Assis Brasil, com projetos de modernização da infraestrutura. Esse processo foi consolidado em etapas, entre elas a inauguração, em 2018, do novo Pavilhão da Agricultura Familiar, com 7 mil m², oferecendo mais conforto e estrutura para produtores e visitantes.

A pandemia trouxe um momento inédito: em 2020, a Expointer aconteceu de forma digital, sem público presente. No ano seguinte, 2021, retornou em formato híbrido, com limitação de visitantes. Finalmente, em 2022, voltou ao formato tradicional, celebrando a retomada e reafirmando sua força como o maior encontro do agronegócio da América Latina.

Expointer hoje: símbolo de tradição e futuro

Atualmente, a Expointer vai muito além de uma feira de negócios. Ela é um patrimônio vivo do Rio Grande do Sul, onde convivem o grande e o pequeno produtor, o moderno e o tradicional, a inovação tecnológica e a cultura do campo.

O evento é uma vitrine do agronegócio brasileiro, mas também um espaço de valorização da agricultura familiar, da cultura gaúcha e da integração entre campo e cidade.

A cada ano, a Expointer reafirma seu papel como símbolo de identidade, progresso e tradição. Uma celebração que une gerações e continua escrevendo a história do agro e do Rio Grande do Sul para o mundo.